sexta-feira, 29 de novembro de 2013

POEMA DE MINHA AUTORIA

 

                                   EU QUERIA

 

 

Queria poder conseguir pintar

Esta minha emoção

Para que possam sentir somente

O peso da minha razão


Mas quero que saibam que dói muito

Abrir as portas do coração

Para assim compreenderem o motivo

De quando digo não!


E conseguir mostrar ao mundo

O que tenho de mais profundo

 
São sentimentos que crescem

 Emoções que florescem
 
Nas feridas que desvanecem


Deixando a verdadeira sensação

De uma única contradição:

A de ter a quantidade devida

Sem a qualidade de vida!

 

 

 

                                                                 Fredy 2013


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

POEMA MEU


 


Mudando


 


Querendo, amando e sentindo


Com os sentimentos a ampliar


Continuo lutando e sorrindo


Acreditando no querer mudar


 


E pela consciência de ter e poder


Vou pondo as cartas na mesa


E a grande vontade de mudar


Chega com toda a certeza...


 


E neste entusiasmo distinto


Com uma nova ligeireza


Ponho na alma o que sinto


Com muita delicadeza


 


Quero estar de bem comigo


E ser feliz ao partilhar


Pois se mudar eu consigo


Tenho que se saber mudar!


 


Fredy 2013


terça-feira, 26 de novembro de 2013


QUERO  CHAMAR  A AT ENÇÃO, PARA O F ACTO DO TITULO DESTE POEMA.
EU ATE GOSTO DE SAPATOS AL TOS, NÃO GOSTO É DE FINGIMENTOS, E É EXATAMENTE SOBRE ISSO, QUE SE REFERE O POEMA!
 
SAPATOS DE SALTO ALTO

 

Fingindo distribuir muito carinho

Com sapatos de saltos altos

Envernizados com jeitinho

Como as máscaras de um assalto

 

Sapato de bico bem fino

Com aparencias de modas

Quase que fazem o pino

E tudo corre sobre rodas

 

Tentam envernizar o salto

Sem tocar no pó do chão

Mas ao caírem de tão alto

Descobre-se-lhes a podridão

 

Fazem querer o que não são

Como o sapato bem fino

Mas a finura da alma

É polida de pequenino

E reflete-se no nosso espirito
 

-

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O MILAGRE....


 

Uma mulher que conduzia um automóvel com os seus filhos sentados no banco de trás é protagonista de um grande e aparatoso acidente entre vários automóveis. Assustada, começou a gritar de dentro do carro:
OH Deus! Por favor salva a meus meninos!

O seu olhar cheio de medo focou o acento traseiro, onde supostamente estavam os seus filhos. Porém, apenas viu vidros quebrados e duas cadeiras de criança destruídas. Os seus gémeos não estavam lá e não os escutava a chorar. Logo temeu que tivessem sido lançados para fora do veículo.

OH Deus não os deixe morrer!!!

Os bombeiros e a polícia procuraram na parte traseira do automóvel, porém não encontraram as crianças, mas verificaram que os cintos de segurança se encontravam intactos. Pensaram logo que a mulher que se encontrava, de facto, sozinha no carro, ao contrário do que dizia, provavelmente abalada pelo acidente. Porém quando a tentaram questionas descobriram que havia desaparecido.

Outros Policias viram-na passar a correr, sem rumo, gritando e suplicando desesperadamente:

Por favor ajudem-me a encontrar os meus filhos!

Eles só têm quatro anos de idade e estão vestidos de igual, com camisas azuis e jeans.  

Um policia ouviu-a e disse-
 
Estão em meu carro duas crianças sem qualquer arranhão!... Dizem que o pai as colocou ali, que deu um chupa-chupa a cada uma e que lhes disse para esperarem que a mãe voltasse para os levar para casa.

Já procurei por todos os lados mas não o encontrei. Provavelmente deixou a área, suponho, o que é muito raro.  

A Mãe abraçou os gémeos e disse, enquanto enxugava as lágrimas:
 
Ele não pode ter deixado a área, já que morreu há um ano.  

Confuso, o polícia perguntou:

Como pode ser verdade?

Os meninos exclamaram então:

Mãezinha, o paizinho veio e pediu-nos que te desse um beijo por ele. Disse que não nos preocupássemos e que a mãe estaria bem. E, colocou-nos neste carro com luzes brilhantes e bonitas. Queríamos que ele ficasse connosco, porque sentimos muita saudade dele. Porém, abraçou-nos com muita força, disse que tinha de partir e que algum dia entenderíamos. Pediu-nos que nos comportássemos bem e que te disséssemos que ele está sempre a cuidar de nós!

A Mãe não queria acreditar... Porém recordou-se das últimas palavras do Pai:

Eu cuidarei de vós. O relatório dos bombeiros não podia explicar que, com o carro totalmente destruído, os três ocupantes se tivessem salvado sem qualquer cicatriz.  

Porém no relatório da polícia estava escrito em letras muito pequenas: Um anjo esteve esta noite na Auto-estrada 109.
 

 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

POEMA MEU...


 


                                   Pintar a vida

 

Queria poder conseguir pintar a minha emoção

 

 Para que possam sentir o peso da minha razão

 

Mas dói muito abrir as portas do meu coração

 

Para assim compreenderem quando digo não!

 

E conseguir mostrar ao mundo

 

O que tenho de mais profundo

 

São sentimentos que crescem, emoções que florescem

 

Nas feridas que desvanecem

 

Deixando a sensação de uma contradição:

 

A de ter a quantidade devida sem qualidade de vida!

domingo, 17 de novembro de 2013

QUANDO UMA MULHER SE AUSENTA...


 Querida:

 
Muito obrigado pela tua linda e carinhosa carta.
 
Podes ter a certeza de que eu sei tratar de mim, por isso, não te preocupes comigo.
Durante a tua ausência, não se tem passado nada de especial cá em casa.
Enquanto estás fora, tenho preparado o meu próprio almoço, e todos os dias me espanto de como tudo tem saído bem!...
 
Já que estou sempre com pressa, ontem decidi fazer batatas fritas.
Já agora, diz-me uma coisa: era preciso descascar as batatas?
Enquanto estavam a fritar, aproveitei para ir buscar uns brioches à padaria.
Quando voltei, o esmalte da frigideira tinha derretido.
Nunca pensei que o estupor da frigideira aguentasse tão pouco.
E tu que me dizias que o Teflon aguentava tudo e mais alguma coisa!
 
Já consegui tirar toda a fuligem da cozinha, mas o nosso gato Fred, é que ficou preto que nem um tição, e agora tosse o dia inteiro… Desde esse dia entra em pânico e foge quando mexo nas panelas ou abro o bico do fogão.
 
Já que pelo menos uma vez por dia preciso de uma refeição mais elaborada, quando estou a fazê-la, o Fred dá 'às de Vila Diogo' e só aparece passadas umas horas ...
 
Diz-me outra coisa: quanto tempo é que é preciso para cozer os ovos?
Eu já os pus a ferver há duas horas, mas mesmo assim, continuam duros que nem uma pedra!
 
Também queria que me dissesses se se pode aproveitar leite queimado.
Queres que o guarde na despensa até tu voltares?
 
Na semana passada tive um pequeno contratempo ao cozinhar umas ervilhas.
Vou-te contar: agarrei numa lata e decidi aquecê-la.
Mas, infelizmente, explodiu dentro do microondas.
A porta do microondas foi projectada para fora da cozinha e foi dar contra a nossa pequena estufa de inverno, que claro, ficou partida, assim como a janela.
Como a janela estava fechada (preciso de a fechar antes de começar a cozinhar, senão os bombeiros aparecem outra vez), a porta do microondas arrancou-a também, tal foi a força.
Por sua vez, a lata de ervilhas, parecia um foguete a levantar vôo!...
Atravessou o tecto e foi embater na filha do Freitas, o nosso vizinho de cima.
Parece-me que ela ficou bem…
 
Outra coisa: já te aconteceu a louça suja ficar com mofo?
Como é que isto se pode dar em tão pouco tempo?
Afinal, tu foste de férias no mês passado, mas parece que foi ontem!
 
Aliás, atrás do lava-louças há montes de bichos; daqui a pouco até vai dar para fazer um documentário e vendê-lo ao 'National Geographic'…
De onde é que saíram tantos bichos cheios de pernas?
Puseste alguma coisa que não devias lá atrás?
 
Bom, isto acabou por fazer com que eu tomasse uma atitude e lavasse a louça.
Por favor não me insultes, meu amor, mas aquele lindo serviço de jantar de porcelana da tua avó, já era…
Eu realmente não contava com isso, afinal de contas parecia tão robusto e sólido!
Bom, talvez eu tenha exagerado um bocadinho ao pôr o lava-louças no 'programa completo com centrifugação'…
 
Aliás, a máquina de lavar roupa também se escangalhou.
A faca de aço temperado que eu pus lá dentro, sem querer, estragou o cilindro durante a centrifugação, porque ficou presa na parede interna.
 
Quanto ao cilindro, atravessou a parede de tijolos, fazendo um pequeno buraco, e foi aterrar no jardim.
 
Durante um dos almoços, sujei a carpete persa com molho de tomate.
Sempre me disseste que as manchas do molho de tomate são impossíveis de tirar.
Ficas a saber, meu amor, que com um bocadinho de aguarrás, sai tudo, mas mesmo tudo, inclusivamente, a lã e a seda da carpete.
 
O frigorífico estava a fazer muito gelo, por isso, tive que o descongelar.
Tenho que te ensinar uma coisa: o gelo sai facilmente se o raspares com uma espátula de pedreiro!
Só não sei porque é que agora passou a aquecer...
O iogurte, a água com gás e o champanhe, explodiram.
 
Sabes, querida, na passada quinta-feira, esqueci-me de, ao sair, fechar à chave a porta de casa.
Alguém deve ter entrado, porque faltam algumas coisas de valor, entre elas, aquele colar de marfim que o teu bisavô trouxe da expedição a África, no século XIX.
Mas, como tu costumas dizer, o dinheiro não dá felicidade, e tudo o que é material, é efémero.
O teu guarda-vestidos também está vazio, mas penso que não devem ter levado muita coisa, já que, sempre que saímos, tu dizes que não tens nada que vestir…
 
Bom, vou ficar por aqui, mas amanhã conto-te mais coisas!
 
Espero que te descontraias bastante no SPA e que gozes muito o teu descanso.
Beijos mil, com muito amor, do teu Afonso que muito te ama!!!
 
P.S.: A tua mãe veio cá ver como estavam as coisas, e teve um enfarte.
O velório foi ontem à tarde, mas eu preferi não te contar nada para não te estragar as férias e aborrecer-te desnecessariamente.
Afinal de contas, tens que aproveitar as tuas férias e voltares muito descontraída do teu SPA.
 
Beijos, do teu dedicado marido.
Afonso

terça-feira, 12 de novembro de 2013

POEMA MEU


Vulcão


 

 

São pensamentos a mais


Com sentimentos reais


Que até parecem banais


 

 

Parecem, mas não são


Explodiram meu coração


Que arde como um vulcão


 

 

E nesta chama cintilante


Onde a esperança se apagou


Cozi na cinza escaldante


O pão que o diabo amassou.


 


 

Fredy 2013


sábado, 9 de novembro de 2013


CERTEZA

 

 

Achei meu corpo fragmentado

Sem estar perdido nem achado

Sem ser achado nem perdido

Frágil, mas comprometido

 

Pela esperança adormecida

Nos caminhos desta vida...

Onde espero sempre sentada

E nunca acontece nada…

 

Não posso continuar assim

E isto é uma certeza

 

Espero sentir-me inteira

Inteira por dentro e por fora

Hei-de arranjar uma maneira

Para o conseguir sem demora

 

Sem incertezas ao esperar

Quero seguir ao me superar

Quero ver uma luz a brilhar

Quero morrer a tentar…

 

Vencer só me cabe a mim

E isto é uma certeza