Na minha próxima vida, quero viver de
trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois,
acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser
expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar
a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.
Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o
suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante
promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes
de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades.
Aí torno-me um bébé inocente até nascer. Por fim, passo nove meses
flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de
quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois -
"Voilá!" - desapareço num orgasmo ...
Woody Allen |
Este blog vai ser um pouco as minhas asas. Vou publicar aqui alguns dos meus poemas, textos de livros que escrevi, e algo mais...
sábado, 31 de maio de 2014
EU QUERIA...
quarta-feira, 28 de maio de 2014
POEMA MEU
Abracei
Com carinhos agridoce
Deixei a vida me abraçar
Atravessei rios de
amarguras
e sustentei o verbo amar
Deixei o meu ego voar
Nas breves ondas do
tempo
E sacudi a poeira
do meu puro sentimento
Lutando sofrendo e
amando
Assim reaprendi a viver
Igual a uma borboleta
Estando ainda a crescer
A vida me abraçou
Com abraço invisível
Todo o que ela me deixou
Foi um destino sensível!
Fredy,
2012
quinta-feira, 22 de maio de 2014
POEMA DA MINHA AUTORIA.
O jogo da vida
Como
gotas de lembrança
Que se evaporam no mar
São
os riachos de esperança
Que
me impedem de recuar
No jogo da vida eu vivi
E foi assim que eu aprendi
Nas
brincadeiras da vida
Eu
joguei e não pensei
Que
no brilho das estrelas
Encontrasse um sinal teu
No jogo da vida eu brinquei
Mas
sempre nele avancei
São
as lembranças pavorosas
Que
atormentam o meu sonhar
Como
recordações dolorosas
Que me impedem de amar
Na juventude procurei
Laços de amor encontrei
E com eles eu brinquei
Mas depois descobri
Que o amor brotou de mim
FREDY 2014
sábado, 10 de maio de 2014
Maria Marco e Geraldo
Estávamos numa bela tarde, quente e límpida,
no princípio de um Verão calmo e abafado, enquanto um jovem macaco saltitava de
ramo em ramo. Sentia-se felicíssimo, a sua jovem esposa acabara de dar à luz um
lindo casal de gémeos.
Esse jovem macaco, que não cabia em si de
contente e nada era demais para dividir a sua alegria. Chamou então, todos os
seus amigos dessa pequena selva, ao reunir sobre a mesa todos os mantimentos e
bebidas, que encontrou, pois tinha acabado de ser pai.
Entre os seus amigos e vizinhos existia,
também, um elefante bebé que se chamava Geraldo, o qual, se perdera dos seus
pais, sendo por essa razão, que ficou a viver juntamente com eles.
Maria e Marco, além de serem os nomes
escolhidos por eles, eram também, os nomes de seus pais, e aqueles que descendiam
de geração em geração.
Os dias passaram e Geraldo, como
habitualmente, ia sempre ao encontro dos macaquinhos, para passear com eles,
nas suas costas, protegê-los, ou ajudá-los a apanhar bananas, amendoins e todos
os frutos que eles tivessem vontade de petiscar.
Numa manhã, Geraldo acordou com algumas
horríveis dores de barriga e uma tremenda indisposição. Mas mesmo assim, ele
não quis faltar ao seu compromisso, como todos os dias, com os macaquinhos.
Passados alguns minutos, quando Geraldo
chegou junto deles, viu que algo se passava. Pois o rosto deles estava inchado
e esquisito.
- Ai, Dói-me tanto aqui, até me custa abrir a
boca… dizia Maria ao pôr a mão na cara.
- A mim também, não sei o porquê, mas tu não
pareces melhor!… dizia Marco.
- Pois não, acordei com uma indisposição
horrível, alguma coisa que comi e não devia. Disse Geraldo, enquanto os ajudava
a subir para cima das costas e irem passear como normalmente faziam.
Mas, alguns passos, mais à frente, Geraldo
sem aguentar o peso do seu corpo, deixou-se cair.
Quase desfaleceu, e o seu corpo pesado caiu
por cima das pernas, demasiado frágeis e desprotegidas, de Maria e do irmão.
Marco, quando se deu conta, da triste tragédia, que acabara de lhe acontecer
gritou, ao chamar imediatamente seus queridos pais.
Quando, os seus pais, se aperceberam do
sucedido, logo se apressaram ao chamar o único médico presente, naquela
maravilhosa selva.
Foi assim que foram transportados, para o
hospital, nas asas de uma linda cegonha.
Eles mereceram a sincera amizade e respeito,
de todos, ali presentes, pois eram os únicos a ter um elefante como irmão e
eles sentiam orgulho nisso.
Geraldo, depois de fazer um exame à barriga,
ficou a saber que a causa dessa má disposição se devia ao facto de ter comido
demasiadas bananas. Pois ele aprendeu a gostar do sabor e a apreciá-las, como
os seus amigos, os macaquinhos.
Maria e Marco, depois de abrirem a boca,
também ficaram a saber o diagnóstico, tinham alguns dentes partidos, por que
comeram demasiados amendoins, algo bastante duro para os seus dentes tão
fracos.
No dia seguinte, Geraldo acordou com o
barulho daquelas duas vozes bem conhecidas.
Maria e Marco regressavam a casa, pois seu
pai tinha acabado de chegar, para os levar.
Eles aprenderam que tudo se deve consumir com
moderação, mas também que em tudo e para tudo existe um limite, ou seja, nada
de exageros.
On était en plein
après-midi, c’était une chaude et belle journée d’été. Un jeune singe jouait
tout content, il sautait avec grande satisfaction, de branche en branche… car
sa petite femelle venait tout juste d’accoucher.
Alors, rempli de
joie, il a tout de suite appelé ses amis et ses voisins pour fêter cet heureux
événement. Il y avait, parmi ses amis, les singes, et un petit éléphant qui
avait perdu ses parents et, qui justement pour cette raison, habitait avec eux.
Marc, comme il
s’appelait, voulut vite rassembler sur sa table, toutes les bananes, tous le reste de cacahuètes et quelques
autres fruits. Il a rassemblé aussi, quelques boissons qu’il voulait offrir,
puisque rien n’était jamais de trop pour partager leur joie.
Sa petite femelle
était bien ainsi que leurs enfants, des jumeaux, qu’ils ont eu le bonheur et le
plaisir d’accueillir dans ce monde.
Marie et Marc,
les prénoms choisis pour ses petits, étaient aussi les prénoms de leurs parents,
et aussi ceux de leurs descendants de famille en famille.
Après quelques
jours, Gérard, le petit éléphant, qui était devenu le meilleur ami des petits
singes, s’est réveillé avec l’étrange compagnie de douleurs à son estomac
et aussi avec une indisposition. Il avait fait un grand effort pour ne pas
manquer le rendez-vous avec ses amis, les singes, qui l’attendaient comme
d’habitude.
Lorsqu’il arriva,
très malade, il rencontra Marie et Marc. Mais il se rendit compte, que eux
aussi avaient un problème de santé, car leurs visages étaient un peu gonflés.
-« Mais,
qu’est ce qui s’est passé ? Avez-vous mal ? Que vous est-il arrivé
? » Demandait Gérard avec une inquiétude qui se lisait dans ses yeux.
-J’ai très mal
aux dents ! Disait Marie qui caressait son visage, avec sa main.
- Moi aussi, je
ne sais pas pourquoi ! Disait Marc ! Mais tu ne sembles pas bien, non plus.
-J’ai
horriblement mal au ventre, quelque chose que j’ai mangé et je n’aurai pas dû !
Répondait Gérard en caressant son ventre.
Mais, malgré sa
douleur, il voulut les promener sur son dos, comme il faisait tous les jours
pour les aider a ramasser les bananes,
tout ce dont ils avaient envie, y compris aussi se percher dans les branches.
Vite, la fatigue et
ses douleurs remplirent son corps et ainsi, Gérard perdit ses forces et il se
laissa tomber par terre.
Marie et Marc
crièrent tout de suite pour appeler leurs parents. Car ils eurent trop peur… le
poids de l’éléphant avait un peu blessé ses pattes, puisqu’il était tombé en
plein sur eux!
Ses parents,
quand ils virent ce spectacle, appelèrent vite le médecin qui travaillait dans
ce merveilleux jardin. Alors, comme ça, ils furent transportés, sur les ailes
d’une cigogne, à l’hôpital.
Après avoir fait
les examens, au ventre, Gérard a su, que son indisposition, venait des bananes
dont il avait trop mangé et qu’il avait appris à aimer avec ses amis, les
singes.
Marie et Marc
ont, aussi, ouvert leur bouche, pour vérifier leurs dents. Ils ont compris
qu’ils avaient quelques dents cassés, tout ça à cause des cacahuètes, trop
dures, qu’ils ont mangé avec leurs dents trop faibles.
Ils étaient
heureux parce qu’ils avaient conquis l’attention de tous. Dans ce sympathique
hôpital, ils avaient même oublié les problèmes qu’ils avaient eus, celui de
s’être tordus les chevilles.
Marie et Marc
sont devenus les plus célèbres, car ils étaient les seuls à garder
précieusement le grand plaisir d’avoir un éléphant comme frère.
Le jour suivant,
Gérard, le jeune éléphant s’est réveillé avec le bruit et les voix des petits
singes, simplement, parce qu’ils s’en allaient.
Leur père est
venu les chercher et ils furent très contents, mais aussi un peu tristes, car
ils allaient se séparer des petits amis avec qui ils avaient fini par partager
une belle amitié.
Mais ils ont
aussi appris cette leçon : de ne jamais trop manger ni mélanger les
choses, puisqu’il y a toujours une limite, en tout et partout…
Marie Marc et Gérard
Es war an einem schönen, warmen Sommernachmittag.
Ein kleiner Affenjunge spielte ganz zufrieden und sprang mit grosser Lust von
Ast zu Ast. Sein Weibchen war hochträchtig und kurz vor der Geburt eines
Jungen.
Voll
Freude rief er sofort seine Freunde und Nachbarn zusammen, um das kommende
glückliche Ereignis zu feiern. Bei den Affen wohnte ein kleiner Elefant, der
seine Eltern verloren hatte und deshalb mit ihnen lebte.
Marc, so hiess der kleine Affe, sammelte auf
seinem Tisch rasch alles an Bananen, Resten der Erdnüsschen und einigen anderen
Früchten zusammen. Er hatte sogar etwas zu trinken geholt, das er den anderen
anbieten wollte. Nie war ihm etwas zuviel, wenn er damit er den anderen eine
Freude bereiten konnte.
Sein Weibchen und seine beiden Kinder,
Zwillinge, waren glücklich und zufrieden und allseits gut aufgenommen in der
Welt.
Marie und Marc, so hatten die Eltern – nach sich
selbst und den Vorfahren von Familie zu
Familie - sie genannt.
Gérard, der kleine
Elefant, war der beste Freund der kleinen Affen geworden.
Eines Morgens erwachte er mit Magenschmerzen,
und es war ihm schlecht. Er raffte sich aber mühsam auf, damit er sich mit
seinen Freunden, den Affen, treffen konnte, die wie immer auf ihn warteten.
Als er schliesslich kam, sehr krank, traf er
auf Marc und Marie, die auch nicht ganz auf dem Damm zu sein schienen, ihre Wangen
waren ein wenig geschwollen.
„Aber was ist denn geschehen? Geht es euch
nicht gut? Was habt ihr?“ fragte Gérard, und grosse Beunruhigung war in seinen
Augen zu lesen.
„Ich habe fürchterliche Zahnschmerzen!“ sagte
Marie und hielt sich die Wange.
„Ich auch“, sagte Marc, „und weiss nicht
warum! - Aber dir scheint es auch nicht
grade gut zu gehen.“
„Ich habe
fürchterliche Bauchschmerzen, ich muss irgendetwas gegessen haben, das ich
nicht hätte essen sollen.“
Trotz der Schmerzen wollte er, dass die
beiden auf seinen Rücken stiegen, um ihnen zu helfen, Bananen zu pflücken, was
ihnen sonst - neben dem Sitzen in den Ästen -grossen Spass machte.
Aber schnell verliessen Gérard wegen seiner
Schmerzen die Kräfte, und er musste sich auf den Boden plumpsen lassen.
Dabei verletzte der Elefant die Geschwister an
den Beinen, weil er sie bei seinem Sturz gestreifte. Marie und Marc riefen
sofort nach ihren Eltern, denn sie hatten grosse Angst.
Als die Eltern das Unglück sahen, riefen
rasch nach dem Arzt, der in derselben wunderschönen Gegend lebte. Ein Storch
brachte die beiden dann rasch auf seinen Flügeln ins Krankenhaus.
Nachdem Gérards Bauch untersucht worden war,
erfuhr er, dass es ihm von den vielen Bananen, die er gegessen hatte, so
schlecht war; er hatte sie dank seiner Freunde, den Affen, schätzen gelernt.
Im Krankenhaus stellte man fest, dass Marie
und Marc sich den Knöchel verstaucht hatten.
Sie mussten auch die Zähne untersuchen
lassen. Sie hatten einige Absplitterungen, weil sie mit ihren noch schwachen
Zähnen zu harte Erdnüsse geknackt hatten.
Trotzdem waren sie glücklich, weil sie die Aufmerksamkeit
aller hatten und vergassen im sympathischen Krankenhaus ihre Probleme beinahe.
Ja, Marc und Marie, wurden sogar berühmt,
weil sie das grosse Glück hatten, einen Elefanten zum Bruder zu haben.
Am folgenden Tag erwachte Gérard, der kleine Elefant,
vom fröhlichen Lärm der Stimmen der Affen, sie freuten sich, weil sie aus dem
Krankenhaus entlassen wurden.
Ihr Vater war gekommen, sie abzuholen und sie
waren einerseits überglücklich darüber, andrerseits auch ein wenig traurig,
weil sie sich von den neuen Bekannten in der Klinik trennen mussten, mit denen
sie rasch Freundschaft geschlossen hatten.
Aber sie hatten
auch gelernt, dass man nicht zu viel essen und nicht zu viel wollen sollte,
weil alles seine Grenzen hatte, alles und überall …
Subscrever:
Mensagens (Atom)