sábado, 31 de dezembro de 2011

FELZ 2012

DESEJO QUE TODAS AS PESSOAS DE BOM CORAÇÃO PASSEM DE 2011 PARA 2012 MAIS OPTIMISTAS E MAIS FELIZES E AS DE CORAÇÃO MENOS BOM QUE ENCONTREM O SEGREDO PARA MELHORAREM, HEHEHE BRINCADEIRA, PORQUE FAZENDO O BEM AOS OUTROS FAZEM-NO PARA ELAS MESMAS. UM  BEIJO GORDO E QUE O NOVO ANO TRAGA TUDO DE BOM.

CLIQUE AQUI EM FELIZ ANO NOVO
FELIZ ANO NOVO

domingo, 25 de dezembro de 2011

VALE A PENA

 
AONDE VOCÊ COLOCA O SAL?

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
"Qual é o gosto?" - perguntou o Mestre.
"Ruim" - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
"Beba um pouco dessa água". Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
"Qual é o gosto?"
"Bom!" disse o rapaz.
"Você sente o gosto do sal?" perguntou o Mestre.
"Não" disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
"A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras:
É deixar de Ser copo (ego) para tornar-se um Lago (Luz
)."
Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos para mudar o que somos..
'NA VIDA, VOCÊ SEGUE UM CAMINHO OU ABRE UM!






terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FRASES SOLTAS

 Aprendi que, na amargura existe sempre um valor, o de me sentir acarinhada pela doçura dos sentidos…
Decidi que, no falhanço dessa derrota, iria construir a força do meu anseio e a esperança da minha aprendizagem…
Estava certa que… nos pontos de fracasso que emergiam do meu consciente aconselhavam-me em pleno silencio…
Pois, a verdadeira escola da vida é construída em cima dos pedaços que foram derrotados pelos falhanços perdidos…
Quem não percebe, sabe o quanto a vida é injusta, mas nunca saberá o valor que ela tem nem a sua frágil beleza, escondida…
Mas a tarefa de a aproveitarmos ao máximo, só depende de nos sem medo e sem receio de ferir os sentimentos que comandam a pureza do coraçao… 

sábado, 17 de dezembro de 2011

UMA HISTORIA INFANTIL

Publico aqui uma historia do meu futuro livro para crianças e  não só... digam o que acham.

          Maria Marco e Geraldo

  Estávamos numa bela tarde, quente e límpida, no princípio de um Verão calmo e abafado, enquanto um jovem macaco saltitava de ramo em ramo. Sentia-se felicíssimo, a sua jovem esposa acabara de dar à luz um lindo casal de gémeos.

  Esse jovem macaco, que não cabia em si de contente e nada era demais para dividir a sua alegria. Chamou então, todos os seus amigos dessa pequena selva, ao reunir sobre a mesa todos os mantimentos e bebidas, que encontrou, pois tinha acabado de ser pai.

  Entre os seus amigos e vizinhos existia, também, um elefante bebé que se chamava Geraldo, o qual, se perdera dos seus pais, sendo por essa razão, que ficou a viver juntamente com eles.

  Maria e Marco, além de serem os nomes escolhidos por eles, eram também, os nomes de seus pais, e aqueles que descendiam de geração em geração.


   Os dias passaram e Geraldo, como habitualmente, ia sempre ao encontro dos macaquinhos, para passear com eles, nas suas costas, protegê-los, ou ajudá-los a apanhar bananas, amendoins e todos os frutos que eles tivessem vontade de petiscar.

  Numa manhã, Geraldo acordou com algumas horríveis dores de barriga e uma tremenda indisposição. Mas mesmo assim, ele não quis faltar ao seu compromisso, como todos os dias, com os macaquinhos.

  Passados alguns minutos, quando Geraldo chegou junto deles, viu que algo se passava. Pois o rosto deles estava inchado e esquisito.
  - Ai, Dói-me tanto aqui, até me custa abrir a boca… dizia Maria ao pôr a mão na cara.
  - A mim também, não sei o porquê, mas tu não pareces melhor!… dizia Marco.

  - Pois não, acordei com uma indisposição horrível, alguma coisa que comi e não devia. Disse Geraldo, enquanto os ajudava a subir para cima das costas e irem passear como normalmente faziam.

  Mas, alguns passos, mais à frente, Geraldo sem aguentar o peso do seu corpo, deixou-se cair.

  Quase desfaleceu, e o seu corpo pesado caiu por cima das pernas, demasiado frágeis e desprotegidas, de Maria e do irmão. Marco, quando se deu conta, da triste tragédia, que acabara de lhe acontecer gritou, ao chamar imediatamente seus queridos pais.

 Quando, os seus pais, se aperceberam do sucedido, logo se apressaram ao chamar o único médico presente, naquela maravilhosa selva.

  Foi assim que foram transportados, para o hospital, nas asas de uma linda cegonha.

  Eles mereceram a sincera amizade e respeito, de todos, ali presentes, pois eram os únicos a ter um elefante como irmão e eles sentiam orgulho nisso.

  Geraldo, depois de fazer um exame à barriga, ficou a saber que a causa dessa má disposição se devia ao facto de ter comido demasiadas bananas. Pois ele aprendeu a gostar do sabor e a apreciá-las, como os seus amigos, os macaquinhos.

  Maria e Marco, depois de abrirem a boca, também ficaram a saber o diagnóstico, tinham alguns dentes partidos, por que comeram demasiados amendoins, algo bastante duro para os seus dentes tão fracos.  

  No dia seguinte, Geraldo acordou com o barulho daquelas duas vozes bem conhecidas.

  Maria e Marco regressavam a casa, pois seu pai tinha acabado de chegar, para os levar.

  Eles aprenderam que tudo se deve consumir com moderação, mas também que em tudo e para tudo existe um limite, ou seja, nada de exageros.




                  
Marie Marc et Gérard




              
  On était en plein après-midi, c’était une chaude et belle journée d’été. Un jeune singe jouait tout content, il sautait avec grande satisfaction, de branche en branche… car sa petite femelle venait tout juste d’accoucher.
  Alors, rempli de joie, il a tout de suite appelé ses amis et ses voisins pour fêter cet heureux événement. Il y avait, parmi ses amis, les singes, et un petit éléphant qui avait perdu ses parents et, qui justement pour cette raison, habitait avec eux.
  Marc, comme il s’appelait, voulut vite rassembler sur sa table, toutes les bananes,  tous le reste de cacahuètes et quelques autres fruits. Il a rassemblé aussi, quelques boissons qu’il voulait offrir, puisque rien n’était jamais de trop pour partager leur joie.
  Sa petite femelle était bien ainsi que leurs enfants, des jumeaux, qu’ils ont eu le bonheur et le plaisir d’accueillir dans ce monde.
  Marie et Marc, les prénoms choisis pour ses petits, étaient aussi les prénoms de leurs parents, et aussi ceux de leurs descendants de famille en famille.

  Après quelques jours, Gérard, le petit éléphant, qui était devenu le meilleur ami des petits singes, s’est réveillé avec l’étrange compagnie de douleurs à son estomac et aussi avec une indisposition. Il avait fait un grand effort pour ne pas manquer le rendez-vous avec ses amis, les singes, qui l’attendaient comme d’habitude.
  Lorsqu’il arriva, très malade, il rencontra Marie et Marc. Mais il se rendit compte, que eux aussi avaient un problème de santé, car leurs visages étaient un peu gonflés.
  -« Mais, qu’est ce qui s’est passé ?  Avez-vous mal ? Que vous est-il arrivé ? » Demandait Gérard avec une inquiétude qui se lisait dans ses yeux.
  -J’ai très mal aux dents ! Disait Marie qui caressait son visage, avec sa main.
  - Moi aussi, je ne sais pas pourquoi ! Disait Marc ! Mais tu ne sembles pas bien, non plus.
   -J’ai horriblement mal au ventre, quelque chose que j’ai mangé et je n’aurai pas dû ! Répondait Gérard en caressant son ventre.         
  Mais, malgré sa douleur, il voulut les promener sur son dos, comme il faisait tous les jours pour les aider a ramasser les  bananes, tout ce dont ils avaient envie, y compris aussi se percher dans les branches.
  Vite, la fatigue et ses douleurs remplirent son corps et ainsi, Gérard perdit ses forces et il se laissa tomber par terre.
  Marie et Marc crièrent tout de suite pour appeler leurs parents. Car ils eurent trop peur… le poids de l’éléphant avait un peu blessé ses pattes, puisqu’il était tombé en plein sur eux!
  Ses parents, quand ils virent ce spectacle, appelèrent vite le médecin qui travaillait dans ce merveilleux jardin. Alors, comme ça, ils furent transportés, sur les ailes d’une cigogne, à l’hôpital.

  Après avoir fait les examens, au ventre, Gérard a su, que son indisposition, venait des bananes dont il avait trop mangé et qu’il avait appris à aimer avec ses amis, les singes.
  Marie et Marc ont, aussi, ouvert leur bouche, pour vérifier leurs dents. Ils ont compris qu’ils avaient quelques dents cassés, tout ça à cause des cacahuètes, trop dures, qu’ils ont mangé avec leurs dents trop faibles.
  Ils étaient heureux parce qu’ils avaient conquis l’attention de tous. Dans ce sympathique hôpital, ils avaient même oublié les problèmes qu’ils avaient eus, celui de s’être tordus les chevilles.
  Marie et Marc sont devenus les plus célèbres, car ils étaient les seuls à garder précieusement le grand plaisir d’avoir un éléphant comme frère.

  Le jour suivant, Gérard, le jeune éléphant s’est réveillé avec le bruit et les voix des petits singes, simplement, parce qu’ils s’en allaient.
  Leur père est venu les chercher et ils furent très contents, mais aussi un peu tristes, car ils allaient se séparer des petits amis avec qui ils avaient fini par partager une belle amitié.
  Mais ils ont aussi appris cette leçon : de ne jamais trop manger ni mélanger les choses, puisqu’il y a toujours une limite, en tout et partout…

 Marie Marc et Gérard
     Es war an einem schönen, warmen Sommernachmittag. Ein kleiner Affenjunge spielte ganz zufrieden und sprang mit grosser Lust von Ast zu Ast. Sein Weibchen war hochträchtig und kurz vor der Geburt eines Jungen.

  Voll Freude rief er sofort seine Freunde und Nachbarn zusammen, um das kommende glückliche Ereignis zu feiern. Bei den Affen wohnte ein kleiner Elefant, der seine Eltern verloren hatte und deshalb mit ihnen lebte.

  Marc, so hiess der kleine Affe, sammelte auf seinem Tisch rasch alles an Bananen, Resten der Erdnüsschen und einigen anderen Früchten zusammen. Er hatte sogar etwas zu trinken geholt, das er den anderen anbieten wollte. Nie war ihm etwas zuviel, wenn er damit er den anderen eine Freude bereiten konnte.

  Sein Weibchen und seine beiden Kinder, Zwillinge, waren glücklich und zufrieden und allseits gut aufgenommen in der Welt.

  Marie und Marc, so hatten die Eltern – nach sich selbst  und den Vorfahren von Familie zu Familie - sie genannt.

Gérard, der kleine Elefant, war der beste Freund der kleinen Affen geworden.

  Eines Morgens erwachte er mit Magenschmerzen, und es war ihm schlecht. Er raffte sich aber mühsam auf, damit er sich mit seinen Freunden, den Affen, treffen konnte, die wie immer auf ihn warteten.

  Als er schliesslich kam, sehr krank, traf er auf Marc und Marie, die auch nicht ganz auf dem Damm zu sein schienen, ihre Wangen waren ein wenig geschwollen.

 „Aber was ist denn geschehen? Geht es euch nicht gut? Was habt ihr?“ fragte Gérard, und grosse Beunruhigung war in seinen Augen zu lesen.

 „Ich habe fürchterliche Zahnschmerzen!“ sagte Marie und hielt sich die Wange.

 „Ich auch“, sagte Marc, „und weiss nicht warum!  - Aber dir scheint es auch nicht grade gut zu gehen.“

„Ich habe fürchterliche Bauchschmerzen, ich muss irgendetwas gegessen haben, das ich nicht hätte essen sollen.“

  Trotz der Schmerzen wollte er, dass die beiden auf seinen Rücken stiegen, um ihnen zu helfen, Bananen zu pflücken, was ihnen sonst - neben dem Sitzen in den Ästen -grossen Spass machte.
   Aber schnell verliessen Gérard wegen seiner Schmerzen die Kräfte, und er musste sich auf den Boden plumpsen lassen.

  Dabei verletzte der Elefant die Geschwister an den Beinen, weil er sie bei seinem Sturz gestreifte. Marie und Marc riefen sofort nach ihren Eltern, denn sie hatten grosse Angst.

  Als die Eltern das Unglück sahen, riefen rasch nach dem Arzt, der in derselben wunderschönen Gegend lebte. Ein Storch brachte die beiden dann rasch auf seinen Flügeln ins Krankenhaus.

  Nachdem Gérards Bauch untersucht worden war, erfuhr er, dass es ihm von den vielen Bananen, die er gegessen hatte, so schlecht war; er hatte sie dank seiner Freunde, den Affen, schätzen gelernt.

  Im Krankenhaus stellte man fest, dass Marie und Marc sich den Knöchel verstaucht hatten.

  Sie mussten auch die Zähne untersuchen lassen. Sie hatten einige Absplitterungen, weil sie mit ihren noch schwachen Zähnen zu harte Erdnüsse geknackt hatten.

  Trotzdem waren sie glücklich, weil sie die Aufmerksamkeit aller hatten und vergassen im sympathischen Krankenhaus ihre Probleme beinahe.

  Ja, Marc und Marie, wurden sogar berühmt, weil sie das grosse Glück hatten, einen Elefanten zum Bruder zu haben.

  Am folgenden Tag erwachte Gérard, der kleine Elefant, vom fröhlichen Lärm der Stimmen der Affen, sie freuten sich, weil sie aus dem Krankenhaus entlassen wurden.

  Ihr Vater war gekommen, sie abzuholen und sie waren einerseits überglücklich darüber, andrerseits auch ein wenig traurig, weil sie sich von den neuen Bekannten in der Klinik trennen mussten, mit denen sie rasch Freundschaft geschlossen hatten.

Aber sie hatten auch gelernt, dass man nicht zu viel essen und nicht zu viel wollen sollte, weil alles seine Grenzen hatte, alles und überall …

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O PERFEITO DO IMPERFEITO parte 27

 AQUI   DEIXO MAIS UMA PARTE DO MEU LIVRO


   Filipa estava nos trinta anos, uma bonita idade como sempre pensou, o que sempre pensou também é que era com essa idade que deixaria esta vida, talvez porque ouvia falar repetidamente, que no ano dois mil acabava o mundo!
   Mas feliz ou infelizmente ainda continuava ali, no sítio que escolheu para viver, na casa onde se refugiou com os seus problemas. Era uma casa de acolhimento onde vivia muita gente com as mais diversas deficiências, ali as pessoas com quem mais se relacionava eram a Francisca e a Helena. Que involuntariamente carregavam a azeda e pesada fatia do destino.
   Sem dizer a ninguém, excepto Sofia, com quem se contactava e de vez em quando era visitada, viu-se confrontada com algo inesperado, totalmente imprevisto… e desconhecido… Sem saber como nem porquê, repentinamente sentiu atracção…
   Era uma experiência nova, um sentimento que, embora conhecido, era novíssimo para Filipa. Até parecia que estava apaixonada pela primeira vez, o que não deixava de ser verdade… pois ela amava pela primeira vez… alguém diferente.
   Uma mulher despertava algo nela… sem ela própria saber o quê? Não podia ser possível, como ela mexia com os seus sentimentos? Subitamente aconteceu com ela, e ainda por cima agora? Na altura em que Filipa pensava que o desejo já não existia? Na altura em que cansou de esperar deixando “o seu lado romântico” adormecer serenamente para sempre.
   Será que pela primeira vez, Filipa pretendia despertar e atrair o interesse dessa pessoa? Será que pela primeira vez o desejo pelo mesmo sexo nasceu nela? O sentimento adormecido brotava de novo no seu íntimo? E Filipa sentia-se alegre, uma completa adolescente, timidamente nervosa e felicíssima…
   Filipa saboreava esse despertar… diferente embora igual… idêntico embora distinto… e demasiadamente semelhante… com uma ligeira diferença… talvez mais suave… talvez mais meigo e mais carinhoso…
   Ela queria não abrigar este pensamento, recusava-se a ter esta intenção, mas ao mesmo tempo desejava essa vontade. Ansiava por esta nova experiência crescente na obscuridade. Inclusivamente sentia medo, um enorme receio apoderava-se dela.
    Ela sabia simplesmente que estava a sustentar uma loucura, uma novidade repleta de doçura, meiguice e encantamento mas também interdita… inteiramente proibida…
    Filipa despertava este sentimento pela primeira vez. O que por um lado ela recusava aceitar, por outro queria saborear… o gosto proibido… o que teimava em querer mostrar-se, em sair do anonimato.
    Era um sentimento diferente, lindo e puro, que até agora estava completamente adormecido, sendo desconhecido por Filipa era também involuntariamente desejado pelo seu íntimo… E perguntava-se se realmente era isso que pretendia?... E o seu “ eu ” respondia-lhe que sim… ela desejava e precisava. Amar como uma adolescente, amar como a primeira vez… Mas principalmente amar de coração… amar de corpo e alma.
   O poder do desejo ainda habitava nela, e recusava-se ir embora enquanto ainda permanecesse algum resto de existência predominando seus actos.
   Ela considerava-se no direito de ainda conquistar alguns momentos felizes, alguns momentos que segundo a maioria eram proibidos, só porque seu corpo recusava fazer a vontade ao pensamento.
   Será que por ter uma deficiência motora podem impedir a felicidade de ocupar um lugar no coração? Não será injusto obrigarem-na a pensar não ter o direito à felicidade?
   O que desperta o verdadeiro sentimento, não é a perfeição de uma mente sã e de um coração sadio!... Não é isso que activa o interesse?
   Filipa prevalecia na injustiça da dúvida… pois tinha medo, muito medo só de pensar que poderia estragar uma grande amizade… em não fazer absolutamente nada, por tudo isso a indecisão reinava…   

domingo, 11 de dezembro de 2011

POEMA DE MINHA AUTORIA



                       SE EU PUDESSE…
Se eu pudesse correr contra o vento, não esperaria pela tua ausência ingrata...
Se eu pudesse viver no meu sonho, guardaria os momentos felizes para sempre…
Se eu pudesse mudar o mundo, apagaria dele todas as sombras que o minimizam...
Se eu conseguisse mandar a tristeza embora, a felicidade jamais se apagaria na vida…
Se eu conseguisse salvar o amor que nele existe, nenhuma maldade o tocaria nunca…
Mas nada posso contra essas certezas que nos cercam, a não ser dar o melhor de mim…
Mas de uma coisa tenho a certeza, SE EU PUDESSE, nunca poderia ser eu mesma…
Nunca me amarias como desejo nem como mereço e eu jamais te encontraria…

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

LINDO...

A Ostra e a Pérola.
."Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
.Como resultado, uma linda pérola vai se formando.
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
.O mesmo pode acontecer connosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas ideias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?
.Então, produza uma pérola.Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR.
..Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem. Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ELOGIO



Terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram numa recente pesquisa
que os membros das famílias estão cada vez mais frios e distantes.
O carinho é cada vez menor, não se valorizam as qualidades e facilmente se ouvem críticas.
As pessoas estão mais intolerantes e desgastam-se na valorização dos defeitos dos outros.

 
Por isso, as relações de hoje não duram como outrora.


A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias.
Não vemos mais os homens a elogiar as suas mulheres ou vice-versa,
não vemos os chefes a elogiar o trabalho de seus subordinados,
não vemos pais e filhos  a elogiar-se; etc.



Só vemos futilidades:  valorizam-se artistas, cantores, jogadores, pessoas
que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência,
são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto,
das aparências.


A ausência de elogio afecta muito as pessoas e as famílias.

Há falta de diálogo nos lares.
O orgulho e a agitação da vida impede que as pessoas digam o que sentem.
 
Depois despejam-se essas carências nos consultórios.
 
Acabam-se casamentos, alguns procurando noutra pessoa o que não conseguem dentro de casa.


Vamos começar a valorizar as nossas famílias, os nossos amigos, alunos ou subordinados.

Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza do parceiro ou parceira, o comportamento de nossos filhos.
  O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho fica feliz por ser louvado,
o pai e a boa mãe sentem-se bem ao serem amados e amparados.
O amigo quer sentir-se querido.
Vivemos numa sociedade em que cada um precisa do outro;
é impossível uma pessoa viver sozinha e sentir-se feliz.
Os elogios são forte motivação na vida de cada um.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MAIS UM POEMA DA MINHA AUTORIA

                   O  MEDO




 Sinto medo…
 Medo de não saber do quê
 Talvez do presente desconhecido
 Ou da grandeza do vazio,
 Tenho medo…
 De esquecer ou de ter esquecido,
 O prazer, o tocar e as emoções perdido
 Tive medo no passado,
 Medo do futuro incerto
 Talvez da ausência esquecida
 Da incerteza vivida e talvez escondida
 Sentirei medo depois
 Da exigência devida e alegria perdida
 No jogo da vida

sábado, 19 de novembro de 2011

PIADINHAS...

Qual é a única comida que liga e desliga?
- O Strog-On-Off.
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O que é que um tubarão diz para o outro?
-Tubaralhas-me
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O que é que uma impressora diz para a outra?
-Essa folha é tua ou é impressão minha?
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Diz a massa para o queijo:
- Que maçada!
Responde o queijo:
- E eu ralado!
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Sabem quando é que os americanos comeram carne pela primeira vez?
- Foi quando lá chegou o cristovão co-lombo

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No hospital, diz o médico:
- O senhor é o dador de sangue?
- Não, eu sou o da dor de cabeça!
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Dois iogurtes atravessaram a rua e foram atropelados. 
Um morreu, o outro não, porquê?
- Por que um deles era Longa Vida.
(áááiiii tristeza!!!)

Porque é que o elefante não pega fogo?
- Porque ele já é cinza.
(sem comentários)

O que é que a galinha foi fazer na igreja?
- Assistir à Missa do Galo.
(ah ah ah...)

Como é que as enzimas se reproduzem?
- Fica uma enzima da outra.
( Loooool)

O Batman pegou no seu bat-sapato social e no seu bat-blazer. Onde ele foi?
- A um Bat-zado.

(dahhhh!!!)
 

Como é que o Batman faz para que abram a bat-caverna?
- Ele bat-palmas.
(Uauuuu... Fantástico!)
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Como se faz uma omeleta de chocolate ?
- Com ovos da Páscoa!
(LIIINDO!!!)
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Por que é que na Argentina as Vacas vivem a olhar para o céu?
- Porque tem 'Boi nos Ares'!

(esta ganha a todas!!!)

Para que servem óculos verdes?
- Para verde perto.
(acho que vou me matar...)
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Para que servem óculos vermelhos ?
- Para vermelhor.

(Grrrrrrrrrrrrrrrr!)
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Por que é que a mulher do Hulk se divorciou dele ?
- Porque queria um homem mais maduro.
(GET IT ?)

Já conheces a piada do fotógrafo?
- Ainda não foi revelada.
(tão O R I G I N A L)

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Como se diz top-less em chinês?
- Xem-chu-tian.
(ááááiiiii, meu Deus!!!)
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Sabes qual a diferença entre uma lagoa e uma padaria ?
- Na lagoa há sapinho, e na padaria 'assa pão'.

(nãããããããão!!!)
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O que é que um cromossoma diz pró outro?
- Cromossomos bonitos!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O PERFEITO DO IMPERFEITO parte 26

Aqui fica mais uma parte do meu livro...

   Alguns dias após esse acontecimento, estando Filipa pronta para dormir, no seu lugar de sempre, um pequeno divã na sala, o único espaço que lhe “pertencia” (sem na verdade lhe pertencer), viu surgir da escuridão a mesma pessoa, Zé Pedro.

   Sentou-se juntinho dela, e falaram de várias coisas banais, quando ele lhe confessou que a observava todas as noites a despir-se, e que gostava muito da visão descoberta pelos seus olhos. Quando Filipa sentiu repentinamente a aproximação da sua boca colar-se na dela. Foi outra vez beijada por ele, mas agora mais demorado e de lábios abertos, primeiro com jeito forçando a entrada com a língua, explorando à vontade o interior de sua boca…
    Filipa rendia-se a essa nova prova de sabores, a essa sensação novíssima, dava-lhe plena liberdade, para saborear dividindo com ele, esse gosto tão agradável, o de uma experiência nova...
   Filipa já estava enfeitiçada por ele, de vez em quando Zé Pedro ia esperá-la à saída da escola como combinado, então felicíssima, seguia-o para qualquer lado. Quando isso não acontecia, Filipa sentia imensa falta da pessoa que despertou tudo nela.
   Era rara a noite em que não ia procurá-la para a beijar, acariciar nos sítios mais secretos e deixá-la louca de desejo. Esse foi o homem que acordou nela a vontade de ir mais além, explorando novos horizontes.

   Foi num desses fins de tarde que, aproveitando a ausência da mulher, utilizou a bebida como desculpa, ou simplesmente o puro despertar do desejo habitado nela, servir-se do seu poder de sedução e enfiou-se na cama com ela. Filipa já sabia o que ia surgir dali, pois ela também tinha muita curiosidade em conhecer o gosto do fruto proibido, o tal sabor do pecado que ouvia tanto elogiar pelas amigas, como sendo uma das oitavas maravilhas.
   Lá no fundo, a voz da sua consciência gritava, mas Filipa não queria ouvir, estava demasiado ocupada com coisas muito mais agradáveis. Despida de roupa, sentiu-se desconfortavelmente envergonhada, primeiro olhou para dentro de si, sem achar resposta ajustada ao que estava prestes a acontecer… depois para ele, e viu o seu pénis preparado para a acção, algo que lhe era completamente desconhecido “ao vivo…”
   Fechou os olhos novamente e deixou-se levar pelas carícias… sem desejar ouvir a sua própria intuição… que lhe gritava: “não faças isso, nem desperdices a tua juventude… não dês a virgindade a alguém que não merece”. A timidez alcançava-a cada vez mais, e de repente ela deu-se conta da grandessíssima asneira acabada de cometer.
    Então despertou da teia do feitiço em que estava encurralada. Mas já era tarde demais para apagar o fogo que a curiosidade fez acender.
   Filipa não gostou dessa descoberta, do ser mulher, pois o arrependimento e a vergonha morariam nela para sempre, mas também se apercebeu da incrível revelação de seus sentimentos. Ela amou a pessoa que a ensinou a descobrir o seu corpo, a partilhar o primeiro beijo e a chorar “silenciosamente”, disso não tinha a mínima dúvida.
   Pois foi a primeira ilusão feita desilusão, daí nasceu o primeiro amor e o primeiro sinal de amadurecimento, apesar de ser com a pessoa errada. A primeira pessoa a aproveitar-se da sua fraqueza, da sua sinceridade, e assim da sua inocência a todos os níveis.
   Mas que ela passou a odiar constantemente, pois deu-se conta do seu constante egoísmo, do demasiado interesse pelo seu corpo só unicamente para satisfazer o próprio desejo.

   Foi exactamente passado dois dias, depois de Filipa ter completado os dezoito anos… dia em que a independência se apoderou dela… dia em que a autonomia lhe bateu à porta dando-lhe oportunidade de escolha… que ela viu Zé Pedro outra vez à sua espera, imediatamente se lembrou da primeira vez que ele a levou ao sítio do costume.
   Sentiu-se abusada e ofendida, um sentimento desconhecido até então, mas que permaneceria com ela eternamente.
   Ele encontrava-se no lugar de sempre, à espera de Filipa, mas desta vez ela negou-se a segui-lo, não quis acordar a vontade aos sentimentos adormecidos, e pela primeira vez recusou sair dali com ele, pois Filipa acreditou sinceramente que foi um sinal de seus pais, despertando-a da loucura já cometida.
    Zé Pedro apercebeu-se do que se estava a passar e limitou-se a esquecer esse acontecimento, pois ele também estava consciente do perigo que correria se insistisse mais no assunto. O que Filipa pretendia mesmo era conquistar a paz e a felicidade sem trazer problemas para ninguém, muito menos para o casal que a acolheu.
   Filipa deu a entender essa vontade e o seu desejo foi respeitado. A amizade e gratidão ficaram guardadas para sempre.
  


   Regressou à rua e à casa onde cresceu só para se despedir do sítio onde viveu os primeiros anos da sua adolescência. Não tinha intenção nem esperanças em voltar a morar ali. Gostava muito daquele lugar, mas não para habitar, pois faltava o que se considera indispensável para viver com um pouco de conforto e bem estar.
   Encostou-se à parede e respirou fundo de alívio “sentindo-se esgotada e frágil”, deixou-se escorregar lentamente até ao chão, sentiu os seus olhos encherem-se de lágrimas e olhou fixamente para o que estava exposto à sua frente.
   Era a foto de seus pais. Por instantes teve a sensação de ser observada também por eles e entre soluços perguntou-lhes, com a sua voz trémula:
   -Porquê pai? Porquê mãe? Não me façam isto! Porquê eu agora? O que é que estou a pagar e porquê? Não chegava já de desgraças? Porque me condenam a isto também? Serei também obrigada a carregar este fardo pela vida fora? Será que mereço este castigo?

    Naquele momento todas essas dúvidas se misturaram na sua mente! E procurou respostas a todo o custo, num diálogo de surdos. Mãe, Pai, ouçam-me por favor, livrem-me deste peso. Não me obriguem a passar por isto, não me dêem esta herança indesejada! E sem obter respostas, perguntou a Deus:
   -Porquê? Porquê eu? Porque é que eu estou a pagar, não sei o quê e não sei o porquê? Porque é que me dás este castigo também? Vou ter que viver assim,”cada vez mais limitada” para o resto de minha vida? Que estou eu a pagar? Será que mereço?
   E, das dúvidas (sendo já certezas) passou às súplicas, com o pressentimento de ser ouvida por alguém, ou alguma coisa invisível:
   -Não me castigues… não me faças passar por isto também… Por favor meu Deus, ouve-me, tem piedade de mim. Eu sei que és bom, por isso dá-me uma prova, não me abandones, imploro-te não me deixes! Por favor, Meu Deus tem piedade de mim.
   Por mais que se questionasse, ninguém lhe podia responder, só o eco dos seus sentimentos e a profundidade do seu olhar, lhe poderia oferecer o que ela tentava a todo o custo extrair: uma resposta a todas estas perguntas feitas com desespero. Talvez só o seu “eu” mais íntimo lhe pudesse dar o sinal tão desejado.
   Ela implorava, precisava tanto de uma luz que iluminasse o seu caminho mais escuro, de uma mão amiga que não a deixasse cair, de um abraço reconfortante segurando-a cada vez que tropeçasse, nesse caminho tão cheio de incertezas e umas palavras de conforto e esperança, algo que lhe desse a coragem para seguir em frente e atenuasse o peso do vazio...
   “-Vai em frente e tem coragem, não desesperes e acredita, que eu não te abandonarei nunca…“ -respondeu-lhe o seu inconsciente...