terça-feira, 11 de dezembro de 2018

POEMA MEU

A minha aldeia


Na terra onde nasci….
Na aldeia de onde vim
Existem riachos de água pura
Onde saciávamos a secura
Dessas tardes de loucura
Numa frescura sem fim…

Nessa aldeia há rios e fontes…
Onde pescávamos o peixe,
Regávamos a horta
E lavávamos a roupa
Que secava entre os montes
A minha aldeia ficou:
De ruas quase desertas
De casas e famílias incertas
Que com os anos a passar
É difícil de aceitar...

Eu aprendi a mudar…
Para agora recordar…
O maravilhoso odor campestre
Que com a primavera floresce
Entrando pelas janelas abertas
O que é difícil não lembrar…

Na minha aldeia
Ao som dos grilos a cantar
Eu tinha sempre a ideia
De que falava com o horizonte
E com as estrelas a brilhar
E era feliz por lá estar…
E sei que para sempre recordarei
Aquela aldeia perdida no nada
A criança que fui e que sonhei
Numa terra por mim amada




Sei que nunca vou esquecer
Os Invernos que ali passei
Como os dias tão incrivelmente frios
E as noites em que quase gelei
Mas ao sabor das brasas
Que me aqueciam e davam asas
Nós fazíamos o fumeiro
Para saborearmos o ano inteiro
Com o que cultivávamos
E assim os anos passavam…

Foram tempos difíceis
Nessa época de outrora
Apesar da pobreza que passei
Trocá-los-ia pelos d’agora?
Um bom vinho para degustar
Umas alheiras, para assar
Bolas de neve, para guerrear…

E enfim…
Enfim…
Enfim…
Deixo o meu pensamento divagar
Como borboletas a dançar…

E volto sempre àquele lugar
Para rever as coisas e lembrar
Brincadeiras de horas mortas
Com os risos de quem lá vivia
Sem nunca trancar as portas
Nem de noite nem de dia…


FREDY


DANS MON VILLAGE


Dans le village d’où je viens
Du coin qui m’a vu grandir
Il y a des flots d'eau qui naissent
Et nous sèchent  la soif
De la chaleur qui vas venir

Dans ce beau village
Il y a une rivière avec des poissons,
Mais aussi des fontaines
Où  nous arrosions nos jardins
Et nous lavions nos vêtements
Qui séchaient sur la montagne
Même en pleine campagne

Dans mon village
Il y a des oiseaux qui chantent
Dans le silence de l’horizon
Et des papillons qui dansent
Quand le temps n’a pas raison

Les années sont passées
Et j’ai appris á changée
Et á retenir tendrement
La belle odeur d’un village
Avec des fleurs de printemps

Je laisse mon esprit vagabondée
Quand je retourne á cet endroit
Où les mémoires me câlinent
Et revoir les choses de là-bas
C’est très difficile
De ne pas se souvenir ...

Blaguer sur le temps passé
Avec des regards d’enfant
Et de ne jamais oublier
Ce village que j’aime tant.