domingo, 28 de outubro de 2012


ABRAÇO

 

Abracei a saudade

Numa noite ao relento

O luar penetrou-me

Até ao pensamento

 

Viajei até ti

Envolvi-te em saudade

E o que senti

Foi mais que amizade

 

Uma carícia pura

Um gesto de protecção

De quem ainda procura

Metade do seu coração

 

Quisera estar contigo

Juntinho ao meu peito

Pode ser como amigo

Se não for de outro jeito

domingo, 14 de outubro de 2012

POEMA DE MINHA AUTORIA


Abracei
 

 

Com carinhos agridoce

Deixei a vida me abraçar

Atravessei rios de amarguras

 e sustentei o verbo amar

 

Deixei o meu ego voar

Nas breves ondas do tempo

E sacudi a poeira

do meu puro sentimento

 

Lutando sofrendo e amando

Assim reaprendi a viver

Igual a uma borboleta

Estando ainda a crescer

 

A vida me abraçou

Com abraço invisível

Todo o que ela me deixou

Foi um destino sensível!

 

sábado, 13 de outubro de 2012

ATITUDE

ELOGIO DOS PORCOS

Um agricultor coleccionava cavalos e só lhe faltava uma
determinada raça.


Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha esse determinado
cavalo e atazanou-o até conseguir comprá-lo.

Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:

- Bem, o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este
medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e, caso
ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.

Alí perto, o porco escutava a conversa toda...

No dia seguinte deram o medicamento e foram-se embora. O porco
aproximou-se do cavalo e disse:

- Força amigo! Levanta-te daí, senão serás sacrificado!!!

No segundo dia, deram-lhe o medicamento e foram-se embora. O
porco aproximou-se do cavalo e disse:

- Vamos lá amigo, levanta-te senão vais morrer!
- Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três.

No terceiro dia deram-lhe o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a
virose pode contaminar os outros cavalos.

- Quando se foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse:
- É agora ou nunca, levanta-te depressa! Coragem! Upa! Upa!
Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, agora mais
depressa,  vá...
Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Tu venceste,
Campeão!!!

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr no
campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou! Isto merece uma festa... para
comemorar ' Vamos matar o porco!
 

Reflexão:

Isto acontece com frequência no ambiente de trabalho e na vida
também.
Dificilmente se percebe quem é o funcionário que tem o mérito
pelo sucesso, por isso saber viver sem ser reconhecido é uma arte.
Se algum dia, alguém lhe disser que o seu trabalho
não é de um profissional, lembra-te:
'Amadores construíram a Arca de Noé e
os profissionais, construíram o Titanic '.

'Procure ser uma pessoa de valor,
em vez de uma pessoa de sucesso

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

POEMA DA MINHA AUTORIA


                    CRIANÇA EU  SOU

 

Rios de esperança que brotaram do infinito
Brincadeiras de criança evaporam num grito
Sonhos felizes de uma criança a crescer
Ao lembrar desses dias que nunca irá esquecer.
Os anos passavam e a criança crescia
Os sonhos mudavam e algo acontecia…
Nas saudades passadas que viveu e vivia
Mas que espera ainda recordar um dia...

domingo, 7 de outubro de 2012

POEMA DE MINHA AUTORIA


            SE EU PUDESSE…

 

 

Se eu pudesse correr contra o vento, não esperaria pela tua ausência ingrata...

Se eu pudesse viver no meu sonho, guardaria todos os momentos felizes para sempre…

Se eu pudesse mudar o mundo, apagaria dele todas as sombras que o minimizam...

Se eu conseguisse mandar a tristeza embora, a felicidade jamais morreria na vida…

Se eu conseguisse salvar o amor que nele existe, nenhuma maldade o tocaria nunca…

Mas nada posso contra essas certezas que nos cercam, a não ser dar o melhor de mim…

Mas de uma coisa tenho a certeza, SE EU PUDESSE, nunca poderia ser eu mesma…

Nunca me amarias como desejo nem como mereço e eu jamais te encontraria…

 

 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O PERFEITO DO IMPERFEITO " FIM"

DEIXO AQUI, A ULIMA PARTE DO MEU LIVRO, O QUAL VOLTAREI A PUBLICAR BREVEMENTE
   Presentemente, Francisca encontrava-se no hospital para futuros testes e diagnósticos, o que deixava Filipa optimista, porque sendo a doença da amiga parecida à sua, por essa razão, as hipóteses de melhorias eram maiores.

   Recorda-se com saudade, da última parodia, em que as três amigas se reuniram. Francisca encontrava-se ausente há exactamente oito dias, e as saudades já apertavam.

   -Se ganhasse na lotaria, ia dar a volta ao mundo, num cruzeiro… -Dizia Helena.

   - Eu… fazia todos os possíveis para alcançar uma cura para a minha doença… ou pelo menos parar com esta evolução. Dizia Francisca. 

   - Depende do que saísse, se chegasse para isso tudo, comprava inclusivamente, uma casa com todas as condições necessárias a uma pessoa de cadeira de rodas… E claro não podia faltar um bom borracho, bom em todos os sentidos…

   - Deixa lá que se ganhasses uns bons milhões, homens não te faltavam… tinhas escolha… para todos os gostos… embora eu ache que as aparências enganam.

   - Eu também acho que o que conta é a qualidade e não a quantidade! Dizia Francisca…

   - E eu não sei?! Por vezes, aquele que parece não é, e aquilo que na realidade é não parece. Mas, não acham que estamos a sonhar alto demais?...

   Claro que era verdade, mas também era certo que era uma enorme ajuda para a coloração das poucas fantasias.
 

   Nessa noite custou-lhe a pegar no sono, algo que lhe acontecia por diversas vezes. Mas quando conseguiu, teve o sonho mais belo que alguma vez imaginara.

    Filipa abriu lentamente os olhos, querendo algemar e saborear a maravilhosa recordação repleta de serenidade, paz e doçura. Sentida tão nitidamente enquanto esse sonho durou sendo ele demasiado lindo e breve.


    Pouco a pouco o sonho apagava-se, mas Filipa sabia que ficava exclusivamente a poeira dessa maravilhosa lembrança que ela tentava a todo o custo preservar.

   Fazia os possíveis para reavivar o conteúdo desses brevíssimos instantes. Continha única e simplesmente um rosto, que sorrindo para ela transmitia-lhe todo o amor adormecido. Filipa só desejava poder abraçar essa imagem e permanecer assim eternamente.

   Foi o sonho mais autêntico que Filipa já viveu, sendo ele demasiado simples. Mas que armazenava demasiada importância. Com a única particularidade de ser o rosto da pessoa que ela tanto amara um dia, o Paulo.

   Estava assim guardado, colado e repartido entre a sua memória e o seu coração, como quem retém o mapa de um tesouro e se recusa a revelar o seu paradeiro.

   De corpo e alma habitava ali, permanecia meio escondido no recanto da sua consciência recusando-se desfalecer sorrindo para ela, só e carinhosamente para ela.

   Com uma expressão que só ele irradiava. Repleta de raios de felicidade iluminando os recantos mais sombrios existentes no fundo do seu ser.

   Foi a primeira vez que Filipa teve o privilégio dessa sensação maravilhosa. Um sonho com Paulo, não foi o único sonho que o incluía, mas foi o primeiro demasiado real, repleto de emoções encantadoras e fiéis, exactamente como se ainda existisse.

   Foi o sonho mais lindo, e mais pequenino, repleto de amor e garantia que somente ele sabia oferecer-lhe, e transmitia-lhe a mesma segurança de sempre. De que o amor existente por ela continuava precisamente igual ao que sempre foi.

   Dava-lhe a certeza de ser premiada pela brisa de carinho que saia dos seus olhos e penetrava dentro de Filipa, inundando-a completamente e fazendo-a transbordar de alegria e felicidade.

   Deixou-se ficar deitada, com os olhos fechados, a saborear os restos desse sonho, e pensou:

   Será um sinal, que Paulo me quis transmitir?

 

   Lembra-se das palavras ditas por uma cigana que lhe quis ler a sina. Como esse episodio já tinha uns bons anos, na altura fazia pouco sentido, mas agora fazia-o totalmente:

   -“Tu és como uma gota de orvalho, na pétala de uma rosa campestre, forte mas delicada ao mesmo tempo! – Ela achou aquelas belas palavras cheias de encanto e sorriu, mas o medo apoderou-se dela quando ela continuou: -vais padecer de uma doença, a qual te trará vários problemas, mas sairás vencedora.