terça-feira, 31 de agosto de 2010

AINDA BEM QUE EU NÃO SOU CASADA

POIS É, DEPOIS DE MUITO TEMPO DE MATRIMÓNIO, É NORMALISSIMO HAVER ALGUNS DESACORDOS OU DESENTENDIMENTOS ENTRE O CASAL, MESMO QUE SEJA O MAIS APAIXONADO... PARA DEPOIS A PAIXÃO TER UM NOVO SABOR E ONDE, O AMOR, O RESPEITO E A BRINCADEIRA GIRAM...
ESPOSA VS. MARIDO

Um casal viajava de carro numa estrada do interior há vários quilómetros, sem dizerem uma palavra.

Uma discussão anterior levou-os a um impasse e nenhum deles queria dar o braço a torcer.

Quando passaram por um grupo de mulas, cabras e porcos,

o marido perguntou sarcásticamente,

'Parentes teus?'

'Sim', disse a mulher 'São os meus sogros e os meus cunhados'!!


PALAVRAS

O marido lê um artigo de uma revista à mulher sobre quantas palavras usam as mulheres por dia... 30,000 e os homens apenas 15,000.

A mulher contesta, ' Isso deve-se ao facto de termos que repetir tudo o que dizemos aos homens...'


O homem vira-se para a mulher e diz 'O quê?


A CRIAÇÃO

Um homem disse à sua mulher um dia, 'Não sei como consegues ser tão bonita e tão estúpida ao mesmo tempo '.

Ao que a mulher respondeu, 'Permite-me que explique. Deus fez-me bonita para que te sentisses atraído por mim; e Deus fez-me estúpida para que me sentisse atraída por

ti'.


O Tratamento do Silêncio

Um casal estava a ter alguns problemas em casa estavam a dar um ao outro o tratamento de silêncio. De repente, o homem lembra-se de que no dia seguinte vai precisar que a sua mulher o acorde

ás 5:00 da manhã pois têm um voo de negócios. Não querendo ser o primeiro a quebrar o silêncio ( e PERDER), ele escreve num papel , 'Por favor acorda-me ás 5 da manhã'.





Ele deixa o bilhete onde sabe que ela o encontrará. Na manhã seguinte, o homem acorda, e descobre que já são 9h e que perdeu o voo. Furioso, levanta-se e quando ia ver porque é que a mulher não o acordou, repara num pedaço de papel deixado na cabeceira da cama.


O papel dizia, 'São 5:00 horas. Acorda!'



A vingança da mulher

'Dinheiro, cheque ou crédito?', perguntei ao dobrar as peças de roupa que a mulher Queria comprar. Enquanto procurava pela carteira, reparei no controlo remoto de uma televisão que ela tinha na mala.

'Você anda sempre com o controlo remoto da sua tv ?' perguntei.

'Não,' ela respondeu, 'mas o meu marido recusou-se a vir comigo ao shopping, E eu achei que esta era a melhor maneira de me vingar dele legalmente!'.

domingo, 29 de agosto de 2010

O PERFEITO DO IMPERFEITO 2

AI VAI A CONTINUAÇÃO:

Foi uma noite bastante custosa, agitada e perturbada, parecia não querer terminar nunca, dormia aos poucos e acordava sobressaltada. Simplesmente porque crescia, pouco a pouco, a sombra da última imagem escondida no cantinho da memória, tal como um quadro tornando-se cada vez maior e mais autêntico.

O sorriso da criança prisioneira na sua memória, depois o som do tiro ecoando nos seus ouvidos, fazendo-a mergulhar no inconsciente. Supostos acontecimentos que eram um autêntico pesadelo e teimavam em permanecer.

Tentou mexer-se, mas em vão, as dores impediam seu corpo de fazer qualquer movimento. Helena sabia que continuava lá mas tudo parecia irreal. Era uma lembrança demasiado penosa e maçadora atormentando o seu incómodo descanso.

Eram gritos, eram risos… era sangue… eram sombras, pequenas, grandes… ora fazia escuro ora fazia claro…tudo se misturava… o turbilhão prevalecia.

Até que a aurora entrou pela janela dentro rompendo a noite. Helena sabia que era Outono, pois via as folhas caírem devagarinho, secas e amarelas, da árvore situada no jardim, em frente à única janela do quarto.

Mantinha o corpo dormente, com uma sensação de pavor, demasiado esquisita. A sua memória continuava adormecida, pois tinha medo, muito medo do passo que viria a seguir. Sentia imenso receio do que poderia encontrar ou do que estaria escondido para além da escuridão, esta preenchia o vazio “pesado” da sua mente.

Fez mais um esforço para reavivar a memória, tentava descobrir o que a aguardaria brevemente. Precisava urgentemente saber o que a amedrontava. Fazia-se perguntas a si própria, às quais respondia em pensamento. Ao mesmo tempo olhava em seu redor, na esperança de descobrir alguma pista positiva.

Quem era? Isso sabia. Onde estava? Também sabia. Que fazia naquele sítio? Pressentia algo de grave, pois tinha seringas e estava ligada a máquinas. Como foi lá parar, e há quanto tempo? Não imaginava…

Mas o mais importante era saber o porquê de acordar e permanecer ali? E qual o motivo que derivou toda esta situação? E aquele peluche? O que fazia naquele lugar? Continuava com imensas dúvidas.

Helena sentiu um arrepio, ao puxar e reavivar a última imagem guardada no seu cérebro, “aquela que se recusava acordar”. A maneira simpática como o menino conhecido a “abordou” dizendo-lhe:

- Mãos ao ar, rápido ou disparo! Nisto ouviu a gargalhada cheia de felicidade lançada ao ar pela criança.

Ela sorriu e ao mesmo tempo deu um pequeno passo para se voltar para ele, quando ouviu e “sentiu” exactamente no mesmo instante um disparo… tudo parou… a luz da sua memória apagou-se… sentiu uma dor tão profunda ao ressuscitar aqueles momentos únicos, que estremeceu de medo.

Helena esticou-se na tentativa de conseguir alcançar o peluche azul que estava na sua cama. Quando satisfez a vontade olhou-o bem “como se lhe perguntasse, -que significa a tua presença aqui?”

Sim, ela lembrava-se perfeitamente bem “quando e a quem” tinha oferecido aquela prenda, só não percebia o que fazia ali e agora. Abraçou-o tão fortemente como se quisesse aliviar o pavor que iria sentir, ou buscasse nele a tranquilidade pretendida e a paz interior.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PODE ACONTECER A QUALQUER UM


PODE ACONTECER A QUALQUER UM




A vida é bela

mas é curta.



E sobretudo é frágil,

muito frágil.





Quando seu dia é longo



E a noite - a noite é solitária,



Quando tem a certeza de que já teve o bastante desta vida,



Continue em frente







Não desista de si mesmo,



Pois todo mundo chora



E todo mundo se magoa, às vezes...







Às vezes tudo está errado,



Agora é hora de cantar sozinho.



Quando o seu dia é uma noite solitária (aguente firme, aguente firme)



Se você tiver vontade de desistir (aguente firme)



Se você achar que teve demais desta vida,



Para prosseguir...







REM (Everybody Hurts)

VEJA AQUI...




Toda a atenção aos 5m22s deste vídeo, pelo menos uma vez,

tem seguramente que valer a pena.

Em Dezembro de 1989, uma das maiores empresas de marketing do mundo,

resolveu passar uma mensagem para todos,

através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission)

que teve um efeito drástico na Inglaterra.

Depois desta mensagem,

40% da população da Inglaterra deixou de usar drogas e de consumir álcool

pelo menos nas datas comemorativas.

Nnão temos este tipo de iniciativa aqui em Portugal.

Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolize ou use algum tipo de drogas, e que reflicta e passe para os seus contactos.

Oriente seus filhos, sobrinhos, amigos etc...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

HISTÓRIA INFANTIL

6 A VIDA DE LISIA










Era uma vez, uma nova, pequena e solitária ratinha que morava no sótão de uma grande e antiga casa.

Lisia, como ela se chamava, tinha bastante medo de sair de sua casota, ou melhor, do seu buraquinho.



Pois nessa casa também existia uma enorme gata chamada Rita, com os três filhos, Ric, Roc e Ruc os quais ela ensinava a caçar, nesse local e arredores.



Uma bela manhã, em que Lisia só ouviu o silêncio, ao espreitar cá para fora encheu-se de coragem e saiu, para ficar a conhecer um pouco melhor o lugar do seu esconderijo.

Quando de repente, ela vê um vulto a passar, e silenciosamente, ela segui-o um pouco. Nisto ela viu que era um ratinho, mas um lindo macho, que descia rapidamente as escadas em direcção à cave, talvez o seu refúgio.



Porem ela vê surgir logo atrás deles, um gato que, atentamente, os aguardava, então achando-se completamente desprotegida, insegura e assustada, e enfiou-se no primeiro buraco que achou, ou seja, no mesmo que ele.



- Que susto! Quase nos apanhou! Dizia ela, com o coração a bater descompassadamente de medo mas também de emoção, pois era a primeira vez que tal, lhe acontecia.

- Quem és tu? Nunca te vi por aqui! Eu chamo-me Luís, e tu, vives cá? Perguntou-lhe ele curioso e muito interessado em saber algo mais sobre quem acabara de conhecer.

- Sim, chamo-me Lisia e moro no sótão, se o quiseres conhecer, posso mostrar-to amanhã...



E, assim ficaram a conversar o resto da manhã, sobre eles e sobre o tempo, que nem deram pelos minutos passarem.



- Luís vem comer! Ouviu ele a voz de sua mãe que o chamava, outro lado da sala.

- Queres vir comer connosco? Depois acompanho-te, sempre é mais seguro! Perguntou ele com afeição.

- Sim, claro que aceito e fico muito feliz, disse Lizia com um enorme sorriso cheio de satisfação.



Depois de comerem e conhecer a família de Luís, ele acompanhou-a como prometido.



A avó de Lisia, quando viu, ao longe, a neta sã e salva correu ao abraça-la, pois encontrava-se bastante inquieta. Mas ficou muito contente ao notar a felicidade dela.

Depois de ela ter ficado em segurança, Luís e Lisia despediram-se amigavelmente e amorosamente, e marcaram encontro, no mesmo local, para o dia seguinte.



Nessa manhã, Lisia esperou e nada, a tarde chegou e Luís sem aparecer, então ela encheu-se de coragem e decidiu ir procura-lo, pois queria satisfazer a curiosidade.



Quando chegou junto da casa dele, deparou-se com o mesmo gato, o Ric, que vigiava a saída, ou a entrada do local. Mas Lizia ficou com bastante medo, ao vê-lo lamber-se.



Lizia sentiu-se deveras frustrada triste e impotente, mas esse pensamento, negativo, só a encheu de coragem e desesperadamente desafiou-o obrigando-o a correr, atrás dela, para o outro lado dessa, enorme, sala.



Estando Ric, quase a alcança-la, ele deu um grande salto, com a certeza de a apanhar, quando, caiu dentro de um alguidar cheio de água, e cheio de aflição, começou a gritar.



Porém, ela vê chegar um pouco mais distante, o seu apaixonado que alegremente vinha ao seu encontro. Abraçaram-se de tão contentes que se encontravam desejando esquecer esse triste episódio. Mas eis que ouvem, repetidamente, os gritos desesperados do pequeno Ric.



Lizia e Luís decidiram, nem mais nem menos, do que ajudá-lo, pois foi graças a ele que se conheceram. Então encontraram, ali mesmo ao lado, um novelo de lã, que lhe atiraram.

Rapidamente se esconderam dele, pois desejavam, unicamente, serem esquecidos. Pois tinham muito medo do que ainda os poderia esperar.



Mas Ric, não os esqueceu, antes pelo contrário, logo que saiu da água, completamente encharcado disse:

- Não tenham medo, eu não vos farei mal, nunca mais, este acidente serviu-me de lição, como poderei tirar a vida a alguém que ma salvou? Prometo também que não deixarei ninguém fazer-vos mal, enquanto puder.



Lizia e Luís, quando ouviram aquelas palavras ficam mais leves e sossegados, claro que em tudo e para tudo existe um porquê, mesmo nas coisas más existe um lado bom. E assim nasceu a amizade e o amor na vida de Lizia…



sábado, 21 de agosto de 2010

O PERFEITO DO IMPERFEITO 1

E SE EU ADICIONAR AQUI, AS PRIMEIRAS PÁGINAS DE UM LIVRO QUE ESCREVI? QUEM ESTIVER INTERESSADO, PEÇO QUE ME DIGA O QUE ACHA...





Despertando da longa viagem, o corpo que até agora estava hirto e inconscientemente indefeso, pouco a pouco regressou ao mundo dos vivos. Retomou a realidade que a raptou por um tempo indefinido, voltou à certeza, que a rejeitou, para um presente “imperfeito”. E, principalmente à vida serena, que a tinha esperado em todos os instantes, em todos os momentos incertos.

Fazendo despertar e florescer nela, toda a beleza e todo o encanto resplandecentes em cada minuto e em cada segundo, os quais eram simplesmente passados despercebidos, e onde a sua ingenuidade e juventude foi conservada. Mas agora eram resgatados inteiramente.

O corpo mantinha-se anestesiado, Helena tentou mexer-se e tudo permanecia intacto, só a mente começava a despertar. O lado físico continuava dormente e tudo ao seu redor era silêncio. Só ouvia repetidamente, envolvido na calmaria, o som da máquina que permanecia ao seu lado e fazia baixinho bip… bip... bip…

Tentou abrir os olhos lentamente mas eles teimavam em fechar-se, o motivo era a claridade que calmamente se fazia notar ao seu redor. Helena continuava com dores, sem saber de onde provinham exactamente.

Sentia-se completamente perdida, sem vontade sequer para pensar, como se acordasse de uma embriaguez “igual à que provou em criança quando quis saborear o gosto proibido”. Depois de abrir os olhos, com bastante custo, olhou ao seu redor e viu que se encontrava num lugar “desconhecido” completamente alheio ao seu raciocínio. Com as paredes recentemente pintadas de branco e o conteúdo “novo, a cama ao lado estava vazia só com uma colcha, em algodão cor-de-rosa, a cobrir o colchão igualmente novíssimo.

O seu corpo permanecia imóvel e delicado, pesado e leve em simultâneo. Como se acabasse de acordar de uma ressaca, de uma tareia ou talvez de um desmaio! Helena continuava desorientada e perdida. Principalmente sem saber onde estava, nem qual o motivo ou a razão exacta de lá permanecer!

Como se tivesse dormido uma eternidade, e deixado tudo para fazer à ultima hora. Despertava agora de um sono, profundo, sem perder mais tempo tentou pôr as mil e uma ideias em ordem. Exactamente como se encontrasse a casa numa completa desarrumação após uma ausência longínqua, embora sem saber por onde começar, pois tudo se acumulava na sua cabeça.

Ora se amontoavam os diversos pensamentos, ora não encontrava nenhum, quer as ideias eram repletas de felicidade quer ficavam vazias e transparentes.

Tudo se confundia, dentro de si e à sua volta, parecendo um total remoinho, precisava de pensar mas ao mesmo tempo não queria, pois nem descobria forças para tal.



Passado uns minutos, sem saber ao certo quantos, apareceu uma moça vestida de branco, talvez alertada pelo som da máquina, à qual ela estava ligada. Abriu a porta e entrou, parecia apressada ou seria apenas imaginação dela? Teimou abrir os olhos e fixos nela, pouco a pouco, eles habituaram-se à pouca intensidade da luz finalizando o dia.

- Olá… como se sente?... esta bem disposta?

Perguntou a moça de branco, bem perto dela. Lançando-lhe um lindo sorriso carinhoso e cheio de simpatia, onde Helena pode apreciar seus dentes brancos, os quais, sobressaíam por entre os lábios vermelhos e carnudos.

Aproximou-se das máquinas que estavam em seu redor para as observar melhor.

Helena esforçou-se para conseguir responder-lhe: como é que achas que me sinto, bem? Mas limitou-se a pensar, pois o som não queria sair.

Olhou admirada para a moça de branco, com uma expressão interrogativa, enquanto ela desviava o olhar para o relógio. Já era final de tarde pois o tempo começava a escurecer. Ainda se diferenciava bem, o lindo ramo de flores, que se destacava em cima do pequeno e único móvel, que permanecia no quarto.

A moça olhou novamente para ela e sorriu outra vez. Helena sentia-se a naufragar no vazio incompleto, sem força nem disposição para nada, nem para perguntar o que a afligia tanto.

- Onde estou eu? Que faço aqui? Quem é a senhora? - Conseguiu ela pronunciar com algum esforço…

- Calma, estás em boas mãos, não te preocupes não vale a pena entrares no desassossego, vamos começar do princípio, sim? Respondeu ela com outra pergunta.

Então o ar de simpatia e carinho que lançou a Helena, fê-la sentir-se mais tranquila, por fim pegou-lhe na mão fria e respondeu dizendo:

-Chamo-me Elsa e sou enfermeira, como deves ter percebido estás no hospital, a recuperar de um acidente que sofreste há dias … acabando de dizer isto calou-se instantaneamente …

O sorriso que a moça de branco lhe transmitia ficou de repente mais triste e sombrio. Então acariciou-lhe a mão agora mais quente e enviou-lhe um olhar, como se necessitasse de lhe transmitir algo.

Helena sentiu uma tremura na voz e, dentro da sua cabeça só ouvia repetidamente estas palavras: “há dias, há dias”… há quantos dias? Perguntava-se ela…

De repente, sem ter tempo de falar mais, entra um bonito homem de bata branca, cabelo encaracolado preto e com o ar de bom humor, acendeu a luz do tecto provocando-lhe um impacto à visão, mas também onde ela pode apreciar o quanto ele era atraente, e disse:

- Viva !… até que enfim que acordaste… venho eu aqui todos os dias à tua cabeceira, e tu não me ligas népia…, isso não se faz…

Reconhecia aquela voz, sim, parecia vinda do fundo de um sonho distante, era aquela mesma voz que ouvia tantas vezes ao longe, e ao mesmo tempo tão perto, era a voz mais meiga e carinhosa que ouvira até agora.

Brincava com ela, fazia-lhe perguntas, até lhe contava anedotas, e ela tentava responder em pensamentos, mas em vão, pois qualquer sentimento adormecia antes de chegar à meta.

Helena esforçava-se por lançá-los pela boca, mas de nada valia, eles morriam antes de chegarem ao destino, seus lábios já não obedeciam aos seus sentidos.

Então ouvia como se fosse um eco, vindo sem saber de onde, nem como, talvez do fundo do nada, só ouvia o “eco” da voz que preenchia a solidão, o vazio e o acaso onde ela mergulhara.

Helena sem conseguir responder, ficava na dúvida se essa “pessoa” era verdadeira, ou se era apenas um sonho, querendo-o projectar para a realidade.

Agora sabia que realmente existia e ofereceu-lhe um belo sorriso repleto de gratidão e carinho. A única coisa que realmente lhe pertencia. Algo que era só e unicamente seu, sabia poder partilhar com quem quisesse, principalmente com essa pessoa, esse alguém que a renovou.

- Que faço aqui? O que se passou? Desde quando estou aqui?

Perguntou ela outra vez…O desassossego começava a fazer-se notar dentro de si.

- Calma. Respondeu-lhe ele, direccionando-lhe um lindo olhar carinhoso e inquieto.

Então olhou para as máquinas, depois para a enfermeira e viu o seu ar amargurado, depois outra vez para o homem de branco e esperou pela resposta.

Ele expressou um ar mais sério e nessa troca de olhares repentinos, entre eles, brilhou algo que transmitiu um sinal. Então perguntou à enfermeira se já lhe tinha molhado os lábios, ao que ela respondeu um sinal negativo com a cabeça.

- Queres beber um pouco de água? Perguntou-lhe ele com amabilidade, Helena assenou-lhe que sim, pois sentia a garganta ressequida, talvez depois ficasse mais descontraída e mais forte.

Então ele colocou umas gotas de um líquido amarelo, do frasco que a enfermeira lhe estendeu. Pegando-lhe na cabeça, levantou-a um pouquinho com delicadeza, e levou-lhe o copo com água à boca.

Helena olhou para o recipiente, desconfiada e receosa pois parecia conter água suja, água acastanhada e ouviu ele dizer-lhe…

- Não te preocupes que este líquido são apenas vitaminas para melhorares, nem te esforces por falar mais, por agora chega. Descansa hoje que amanhã falamos e farás as perguntas que quiseres, está bem?

Helena bebeu um gole e acenou com a cabeça, tinha um sabor esquisito, misturando o doce e o amargo. Mas soube optimamente bem sentir um líquido a escorregar de novo pela garganta, quando viu, aos pés da cama, sentado, o bem conhecido ursinho de peluche.

Depois de saborear o liquido, fechou os olhos cedendo à tentação de dormir outra vez… de entrar novamente num mundo alugado pela realidade e desafiando o destino…

continua...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

HISTÓRIA INFANTIL

 A FAMILIA MICLINA












Era uma vez uma pequena e nova família de coelhos, que morava mesmo por baixo dos troncos secos, das árvores que enfeitavam a entrada de um belo bosque. Lugar esse que ficava, mesmo ao lado de um hospital para crianças e o qual continha no centro um lindo jardim.



Essa nova e pequena família de coelhos era constituída, pelos pais e três filhos. Mico, Mimo e Mimi, era como eles se chamavam, e sentiam-se felizes simplesmente, por ainda continuarem vivos e felizes.



Neste hospital, que acolhia crianças com todo o tipo de problemas acidentais, tinha acabado de chegar uma menina com um braço ao peito. Micaela, como ela se chamava, tinha partido o braço, ao tentar salvar um gatinho, que ficara com a coleira presa no tronco de uma árvore. Ao ouvi-lo miar, desesperadamente, ela assustou-se e fez o possível para o salvar.



Micaela, estava prestes a completar os seis anos de idade, no dia seguinte, mas sentia-se muito triste e só, pois além de ser órfã passaria o dia do seu aniversário naquela casa, sem a companhia dos amigos.



Nesse final de tarde, primaveril, estando ela sentada, num banco desse lindo jardim, enquanto admirava a paisagem do fim do dia, contemplava a paz da calmaria ao ouvir o simples som do chilrear dos pássaros.



Quando, subitamente, ela viu sair de um buraco mesmo defronte dela, três coelhinhos que dançavam e saltitavam ao redor de Micaela. Ela sentiu um enorme desejo de viver um pouco da alegria que os contagiava, e então, sem receio algum, perguntou-lhe:

- Olá lindos, como se chamam vocês, será que também posso brincar? Parecem tão felizes.



Quando ouviram essa nova voz, esquisita e chorosa, a primeira reacção deles, foi a de se esconder, logo atrás do primeiro tronco que encontraram, pois o medo começava a contagia-los…

Mas Mimi, sendo a mais corajosa, logo se pôs à espreita e pondo a cabeça de fora, respondeu:

- Olá, eu sou a Mimi, e eles Mico e Mimo, os meus irmãos, e tu quem és?



Depois de Micaela lhes ter contado o acidente e mostrado verdadeira amizade, ela disse insatisfeita:

- Vês… eu parti o meu braço… ao querer ajudar. Concluiu ela mostrando-se arrependida.



- Não fiques assim, tão triste, lembra-te que para tudo existe uma verdadeira razão, e, nunca te arrependas do bem que fazes.



Sim, a verdadeira razão da sua estadia ali, Micaela percebeu-a no dia seguinte, quando os três coelhinhos, no parapeito da janela entreaberta, a acordaram ao cantarem-lhe os parabéns.



Micaela viveu o dia mais feliz, da sua existência, teve a maravilhosa surpresa dos seus amigos de escola, com um bolo de aniversário. Mas, logo a seguir ao jantar, ela teve a maravilhosa ideia e, sem ninguém se aperceber, escapulir-se até à cozinha, com uma única intenção, de encontrar algumas cenouras.



E encontrou o que queria, então satisfeita, ela dirigiu-se, ao local do costume, onde se encontrava com eles. Então ofereceu uma a cada um.



- Que óptima e bela cenoura… estava com tanta vontade… Dizia Mimi enquanto a degustava.

Riram todos juntos, quando, no final de comer a segunda cenoura, a ouviram dizer que estava mal disposta e com dores de barriga.



Micaela, apercebeu-se que os verdadeiros amigos encontram-se, por vezes quando menos se espera, e em qualquer altura e circunstância.



Compreendeu também, que não existem dias próprios, para satisfazer os desejos tão ambicionados dos verdadeiros amigos…

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

LOIRAS E NÃO SÓ...

MAIS DOIS POEMAS

SER AMIGO



Ser amigo é ser supremo

Às crueldades da vida

E aos tropeções da viagem



Ser amigo é ser sereno

Sem lamuria desmedida

Nos abalos da coragem



Ser amigo é ser imenso

Talentoso em devoção

Réstea de luz na esperança

Singular de coração



Ser amigo é ser diferente

É ter presente o ausente

É ser igual de condição








SORRI





Um sorriso é tão simples

Um sorriso não custa a dar

Um sorriso pode significar muito

Como enxugar uma lágrima no rosto de uma criança

E fazer renascer a esperança

Um sorriso pode iluminar a noite escura

Aquecer alguém perdido na noite fria

Um sorriso significa tanto e custa tão pouco

Por isso não percas o teu, dá-o

Porque sorrindo aos outros é a ti próprio

Que sorris…

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FRASE DA SEMANA

O TALENTO SEM A FORÇA DE VONTADE, NÃO EXISTE.

               Honoré de Balzac

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VAI UM POEMA,PARA ABRIR O APETITE


Despertar



Hoje AO Despertar QUANDO abri uma Janela do Meu Quarto


Olhei o sol e as  flores e sorri ...



Ouvi o chilrear dos pássaros e sorri ...


Lembrei -me de ti e chorei ...



Talvez por Não te ver Nem te SENTIR



Talvez por Querer ver em ti a pureza e o Brilho


Como no sol e flores



Talvez por Querer SENTIR AO Recordar



Uma calma , uma meiguice e uma ternura



Que só eu imaginava Existir em ti ...

 
Chorei e sorri um PORQUE A ESPERANÇA NÃO TEM FIM.