domingo, 20 de novembro de 2016

uma históia infantil da minha autoria


          Maria Marco e Geraldo



  Estávamos numa bela tarde, quente e límpida, no princípio de um Verão calmo e abafado, enquanto um jovem macaco saltitava de ramo em ramo. Sentia-se felicíssimo, a sua jovem esposa acabara de dar à luz um lindo casal de gémeos.

   Esse jovem macaco, que não cabia em si de contente e nada era demais para dividir a sua alegria. Chamou então, todos os seus amigos dessa pequena selva, ao reunir sobre a mesa todos os mantimentos e bebidas, que encontrou, pois tinha acabado de ser pai.
  Entre os seus amigos e vizinhos existia, também, um elefante bebé que se chamava Geraldo, o qual, se perdera dos seus pais, sendo por essa razão, que ficou a viver juntamente com eles.

  Maria e Marco, além de serem os nomes escolhidos por eles, eram também, os nomes de seus pais, e aqueles que descendiam de geração em geração.

   Os dias passaram e Geraldo, como habitualmente, ia sempre ao encontro dos macaquinhos, para passear com eles, nas suas costas, protegê-los, ou ajudá-los a apanhar bananas, amendoins e todos os frutos que eles tivessem vontade de petiscar.
  Numa manhã, Geraldo acordou com algumas horríveis dores de barriga e uma tremenda indisposição. Mas mesmo assim, ele não quis faltar ao seu compromisso, como todos os dias, com os macaquinhos.

  Passados alguns minutos, quando Geraldo chegou junto deles, viu que algo se passava. Pois o rosto deles estava inchado e esquisito.

  - Ai, Dói-me tanto aqui, até me custa abrir a boca… dizia Maria ao pôr a mão na cara.

  - A mim também, não sei o porquê, mas tu não pareces melhor!… dizia Marco.

  - Pois não, acordei com uma indisposição horrível, alguma coisa que comi e não devia. Disse Geraldo, enquanto os ajudava a subir para cima das costas e irem passear como normalmente faziam.

  Mas, alguns passos, mais à frente, Geraldo sem aguentar o peso do seu corpo, deixou-se cair.

  Quase desfaleceu, e o seu corpo pesado caiu por cima das pernas, demasiado frágeis e desprotegidas, de Maria e do irmão. Marco, quando se deu conta, da triste tragédia, que acabara de lhe acontecer gritou, ao chamar imediatamente seus queridos pais.

 Quando, os seus pais, se aperceberam do sucedido, logo se apressaram ao chamar o único médico presente, naquela maravilhosa selva.  

  Foi assim que foram transportados, para o hospital, nas asas de uma linda cegonha.

  Eles mereceram a sincera amizade e respeito, de todos, ali presentes, pois eram os únicos a ter um elefante como irmão e eles sentiam orgulho nisso.

  Geraldo, depois de fazer um exame à barriga, ficou a saber que a causa dessa má disposição se devia ao facto de ter comido demasiadas bananas. Pois ele aprendeu a gostar do sabor e a apreciá-las, como os seus amigos, os macaquinhos.

  Maria e Marco, depois de abrirem a boca, também ficaram a saber o diagnóstico, tinham alguns dentes partidos, por que comeram demasiados amendoins, algo bastante duro para os seus dentes tão fracos.  

  No dia seguinte, Geraldo acordou com o barulho daquelas duas vozes bem conhecidas.

  Maria e Marco regressavam a casa, pois seu pai tinha acabado de chegar, para os levar.

  Eles aprenderam que tudo se deve consumir com moderação, mas também que em tudo e para tudo existe um limite, ou seja, nada de exageros.



 
                   Marie Marc et Gérard


              
  On était en plein après-midi, c’était une chaude et belle journée d’été. Un jeune singe jouait tout content, il sautait avec grande satisfaction, de branche en branche… car sa petite femelle venait tout juste d’accoucher.
  Alors, rempli de joie, il a tout de suite appelé ses amis et ses voisins pour fêter cet heureux événement. Il y avait, parmi ses amis, les singes, et un petit éléphant qui avait perdu ses parents et, qui justement pour cette raison, habitait avec eux.
  Marc, comme il s’appelait, voulut vite rassembler sur sa table, toutes les bananes,  tous le reste de cacahuètes et quelques autres fruits. Il a rassemblé aussi, quelques boissons qu’il voulait offrir, puisque rien n’était jamais de trop pour partager leur joie.
  Sa petite femelle était bien ainsi que leurs enfants, des jumeaux, qu’ils ont eu le bonheur et le plaisir d’accueillir dans ce monde.
  Marie et Marc, les prénoms choisis pour ses petits, étaient aussi les prénoms de leurs parents, et aussi ceux de leurs descendants de famille en famille.

  Après quelques jours, Gérard, le petit éléphant, qui était devenu le meilleur ami des petits singes, s’est réveillé avec l’étrange compagnie de douleurs à son estomac et aussi avec une indisposition. Il avait fait un grand effort pour ne pas manquer le rendez-vous avec ses amis, les singes, qui l’attendaient comme d’habitude.
  Lorsqu’il arriva, très malade, il rencontra Marie et Marc. Mais il se rendit compte, que eux aussi avaient un problème de santé, car leurs visages étaient un peu gonflés.
  -« Mais, qu’est ce qui s’est passé ?  Avez-vous mal ? Que vous est-il arrivé ? » Demandait Gérard avec une inquiétude qui se lisait dans ses yeux.
  -J’ai très mal aux dents ! Disait Marie qui caressait son visage, avec sa main.
  - Moi aussi, je ne sais pas pourquoi ! Disait Marc ! Mais tu ne sembles pas bien, non plus.
   -J’ai horriblement mal au ventre, quelque chose que j’ai mangé et je n’aurai pas dû ! Répondait Gérard en caressant son ventre.         
  Mais, malgré sa douleur, il voulut les promener sur son dos, comme il faisait tous les jours pour les aider a ramasser les  bananes, tout ce dont ils avaient envie, y compris aussi se percher dans les branches.
  Vite, la fatigue et ses douleurs remplirent son corps et ainsi, Gérard perdit ses forces et il se laissa tomber par terre.
  Marie et Marc crièrent tout de suite pour appeler leurs parents. Car ils eurent trop peur… le poids de l’éléphant avait un peu blessé ses pattes, puisqu’il était tombé en plein sur eux!
  Ses parents, quand ils virent ce spectacle, appelèrent vite le médecin qui travaillait dans ce merveilleux jardin. Alors, comme ça, ils furent transportés, sur les ailes d’une cigogne, à l’hôpital.

  Après avoir fait les examens, au ventre, Gérard a su, que son indisposition, venait des bananes dont il avait trop mangé et qu’il avait appris à aimer avec ses amis, les singes.
  Marie et Marc ont, aussi, ouvert leur bouche, pour vérifier leurs dents. Ils ont compris qu’ils avaient quelques dents cassés, tout ça à cause des cacahuètes, trop dures, qu’ils ont mangé avec leurs dents trop faibles.
  Ils étaient heureux parce qu’ils avaient conquis l’attention de tous. Dans ce sympathique hôpital, ils avaient même oublié les problèmes qu’ils avaient eus, celui de s’être tordus les chevilles.
  Marie et Marc sont devenus les plus célèbres, car ils étaient les seuls à garder précieusement le grand plaisir d’avoir un éléphant comme frère.

  Le jour suivant, Gérard, le jeune éléphant s’est réveillé avec le bruit et les voix des petits singes, simplement, parce qu’ils s’en allaient.
  Leur père est venu les chercher et ils furent très contents, mais aussi un peu tristes, car ils allaient se séparer des petits amis avec qui ils avaient fini par partager une belle amitié.
  Mais ils ont aussi appris cette leçon : de ne jamais trop manger ni mélanger les choses, puisqu’il y a toujours une limite, en tout et partout…




quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DOIS POEMAS DO MEU LIVRO

ESPERO QUE GOSTEM:
https://www.chiadoeditora.com/livraria/nas-asas-da-poesia


                                              Bouquets

 

Porque nem todas as flores


Fazem ramos ou bouquets


Mas todas ouvem louvores


Mediante a beleza que vês


 


São diferentes!


 


Umas não têm raízes no chão


Outras viajam ao sabor do vento


Mas todas refletem no coração


O perfume do puro sentimento


 


São diferentes!


 


Exalam odores


Enfeitam o mundo


Despertam amores

Em cada segundo



São diferentes


 


São flores, nada mais


Diferentes, mas iguais





FREDY


 


Papoilas


 

É no baloiçar das papoilas


Quando nasce uma emoção


E se agita o sabor do vento


Que faz fervilhar a paixão




E essas cores tão fogosas

Com os seus tons florescentes


Incendeiam a minha alma


 E a de todos os presentes


                                        

Nestes campos verdejantes


Onde aqueço o pensamento


Ficam juntos os amantes


E nasce-me um novo alento


 


FREDY


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Deixo aqui mais um capítulo do meu livro O PERFEITO DO IMPERFEITO..


  Depois de estar ausente durante alguns meses, por motivos familiares, estou de regresso... com mais poemas. Para já, aqui deixo mais um pouco do meu livro.


Cativou com doçura e carinho a ateão, repleta de simplicidade e doçura, de uma velhinha com oitenta e  poucos  anos.  Chamava-se Joaquina  e tinha adquirido, involuntariamente, uma doença de nome: Alzheimer.
Sempre que via dirigia-se, imediatamente, ao seu encontro. Só para lhe dar um abraço e um beijinho, cheios de ternura e simpatia, como se de uma criança se tratasse. Embora fosse isso o que muitas vezes parecesse. Foi infelizmente, o primeiro e último lar ou residência que conheceu, pois a sua patologia já estava bastante adiantada, agravando-se cada vez mais com o passar dos dias.
Esquecia-se constantemente das coisas mais simples. Quem era, onde estava ou se tinha família… coisas que para ela tinham um enorme significado e um grande valor moral. Tinha família, duas  filhas,  embora  o  marido   tivesse  partido desta vida, muitas vezes recordava-se dele! Tinha netos que vinham visitá-la, mas raramente, apenas quando caia nas malhas da lucidez.
Francisca era considerada por ela como sendo sua neta e sentia-se feliz com tal facto. Conseguira assim ter a avó que não chegou a conhecer, por isso lhe dedicou este poema:


Minha avó emprestada


Tuas  palavras  ditas  ao  acaso!
Cheias de ternura e por vezes tão banais,
em frases tão insignificantes,
mas que fazem a alegria
sobrepor- se à tristeza!
Teus gestos tão simples,
carregados de dura
fazem renascer a bondade,
tantas vezes perdida
ou deixada escondida!
Teus beijos e abraços carinhosos
fazem-me lembrar a avó que,
infelizmente,
não conheci,
mas tantas vezes imaginei!
Tua pele enrugada
pelas ondas do tempo,
mostra ainda  a  sabedoria
que  te resta dos tempos longínquos!
O teu sofrimento acabou,
deixaste esta vida
mas  não  deixarás  os nossos corações       
nem o nosso pensamento!
Simplesmente
porque nós não deixamos,
minha avó emprestada!