terça-feira, 30 de novembro de 2010

O PERFEITO DO IMPERFEITO 12ª parte

 continuação do meu livro...

   Tendo idade de aprender a fazer um pouco de tudo, era também um privilégio para Francisca, pois ela gostava de aprender descobrindo. Achava sempre a maneira mais prática e mais segura, procurava o caminho ou o atalho mais útil e criativo, mas principalmente e obrigatoriamente o mais económico.
   Corria com o vento ou contra ele, apanhando Joaninhas, Borboletas ou Gafanhotos só para sentir o prazer de ter conseguido alcançá-los, e sem os magoar rendia-os de novo à liberdade. Rolava-se na relva dos campos por entre as ervas campestres, deixava entrar o ar emanado da terra, das flores, um perfume único que nascia do sossego existente naquelas terras. Francisca enchia os pulmões desse ar tão puro e misturado de aromas únicos que provinha daquelas maravilhosas serras em época Primaveril.
   Por vezes ficava deitada, depois de se tranquilizar ao verificar que o caminho estava desimpedido de qualquer bicharoco, entregava-se à tranquilidade para unicamente apreciar a brisa a segredar com o silêncio, ou a ver passear as nuvens, por vezes muito leves dissipando-se logo, mas outras vezes mais carregadas e escuras deixando escorregar algumas gotas de chuva, para simplesmente refrescar o ar e baixar a poeira.
   Lembra-se de passar horas esquecidas a sonhar acordada e a contemplar as nuvens que se transformavam em tudo um pouco, desde castelos de contos de fadas a vestidos de noiva, onde escolhia aquele que seria o seu preferido. Passando por todos os tipos de animais recorda-se que uma vez até o rosto do Menino Jesus, na cruz, ela viu. Pareceu-lhe exactamente que ele a chamava, e ela sentiu vontade de responder ao seu apelo.

   Francisca caminhava no campo, sempre com bastante cuidado e receio de ver surgir alguma cobra ou lagarto. Buscavam alimentação ou simplesmente um lugar para tomar banhos de sol, tal como no meio das giestas ou rochas, sendo algo habitual pois várias vezes já as tinha encontrado, desviando sempre o seu caminho. O medo e o respeito obrigavam-na a um percurso maior, mas não importava, pois as histórias que ouvia sobre esses répteis, faziam-na realmente sentir pavor.
   Aquela horrível história que surge sempre à superfície da sua imaginação, “ de um homem que ao descansar debaixo de uma árvore, adormece com a boca aberta, quando repentinamente a cobra lhe entra goela abaixo, o acorda e em vão tenta puxá-la, mas o animal deliciava-se com o seu interior…”. Se foi realmente verdade ou mentira, nunca saberá.
   Conseguia distinguir as diversas vozes dessa fantástica natureza, como ouvir a canção da água passeando nos ribeiros onde dançava com as pedras brancas de tão lavadas pelo balançar da água. O bafo da brisa morna à conversa com as flores das árvores, elogiando os seus rebentos com os frutos prestes a saírem do seu casulo, espreguiçava-se e sacudia a moleza que ainda restava dos dias menos quentes e inapropriados para o renascimento.
   Adorava subir ao cimo das árvores. Assim podia conversar melhor com os passarinhos e ver os seus ninhos construídos e escondidos por eles. Estes protegiam os filhotes dos olhares e das mãos alheias cada vez que eram obrigados a abandonar a casota indo caçar e matar a fome aos recém-nascidos. Ou simplesmente para lá do alto, sentir o sopro suave da brisa acariciando-lhe o rosto. Para ela este era o único e verdadeiro sabor da liberdade.

    Era logo no princípio do mês de Abril, altura em que as primeiras flores queriam espreitar fora das suas prisões, para mais facilmente respirarem o ar puro. Era a altura em que se ouvia a canção do “cuco” a ecoar por todo o lado e em todos os campos. Francisca gostava imenso de o ouvir, então desafiava-o… parecendo que ele a escutava… pois respondia sempre ao seu apelo. Era também nessa estação do ano que nasciam as suas flores preferidas, sendo bastante simples e muito lindas, apenas com seis pétalas amarelas em cima de um pé bastante frágil.
   Francisca desconhecia completamente se existia outro nome, mas para ela sempre será “ flores de cuco”, simplesmente porque nasciam na altura exacta em que o cuco despertava e anunciava a Primavera. Com o seu assobio maravilhoso dava a impressão de saírem da terra só com o seu chamamento.
   Gostava de ter sempre a casa perfumada e decorada com flores campestres e multicores. Com o cheiro característico da liberdade e da natureza.
   Muitas vezes ia com a sua mãe ou irmã levar o almoço ao pai ou irmão, que trabalhavam nos campos, pois aproveitava sempre a oportunidade de apanhar um lindo ramo muito colorido.
   Com malmequeres brancos ou amarelos faziam colares para se enfeitarem nas ocasiões de festa. Com as papoilas faziam bonequinhos. Com bastante cuidado dobravam as pétalas para trás, pois era uma flor muito frágil.
   Francisca agia pura e simplesmente como uma mulher em ponto pequeno. A mulher que ela aprendeu a ser, ansiava dominar e inclusive que ela queria conquistar, com organização e coragem.

   Chegava o tempo das cerejas, Francisca deliciava-se com elas, sendo brancas, vermelhas ou pretas não importava, eram todas muito saborosas. Então subia ao cimo das cerejeiras para as apanhar e saborear com prazer. Colhia-as e enchia a cesta para sua mãe fazer o tão apreciado doce. Gostava também de fazer “rocas” (uma espécie de arranjo com uma cana rachada e com cerejas duplas na extremidade) para durar mais tempo e saborear devagarinho a idade de permanecer criança.
   Pouco tempo depois chegava a época das amoras, as silvas cresciam por todo o lado dando origem a esse fruto tão pequeno e tão delicioso.
   Francisca oferecia a si própria a oportunidade de desfrutar e saborear instantaneamente essas delícias que deixavam sempre marcas pelo corpo, pois as silvas possuíam picos finíssimos que mais pareciam garras ou agulhas. Mesmo assim nada a impedia de procurar nos locais onde as amoras abundavam, mas para alcançar o gosto e o prazer dessa recompensa, valia o sacrifício.

sábado, 27 de novembro de 2010

ANEDOTA

Um jovem noviço chegou ao mosteiro e logo lhe deram a tarefa de ajudar os
outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele surpreendeu-se ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e
não dos manuscritos originais.

Foi falar com o abade e disse-lhe que achava um risco copiar as cópias, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro se propagaria em todas as cópias posteriores. O abade respondeu que há séculos que copiavam da cópia anterior, mas que achava procedente a observação do noviço.

Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas das caves do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais, intocados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinal de
vida.

Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido ao abade.


Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas,
a bater com a cabeça ensanguentada  nos veneráveis muros do mosteiro.

Espantado, o  jovem monge perguntou:

- Abade, o que aconteceu?


- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!!  CARIDADE...CARIDADE!!! Eram votos de "CARIDADE" o que tínhamos de fazer. Não de "CASTIDADE"!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A MAGIA DO NATAL

A MAGIA DO NATAL
Entre brisas frias e aromas festivos…
Lentamente aparece aquela magia no ar…
Nas tempestades de ventos gelados, névoas e remoinhos…
Onde pouco a pouco, chegam os flocos de neve a bailar…
Dou asas aos pensamentos mais positivos nesta data tão especial…
Entre sorrisos e lágrimas, um raio de sol quer espreitar…
Vejo ao longe luzes a brilhar…
Uma estrela que quer cintilar…
E sigo esta fantasia: do Natal a chegar…                  

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PORTUGAL VISTO DE HELICOPETRO

PARA TODOS OS QUE SEGUEM AS MINHAS AVENTURAS, E GOSTAM, CLARO QUE NAO PODERIA DE DEIXAR DE VOS CONVIDAR A VISITAR ALGUNS DOS, LINDISSIMOS, SITIOS DESTE PAÍS...


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domingo, 21 de novembro de 2010

COMO PESCA UM ESQUIMO?

Uma aula sobre o aproveitamento racional dos recursos naturais e da diversificação do engenho humano diante de obstáculos perenes .

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O PERFEITO DO IMPERFEITO (11ª PARTE)

 Aqui publico a segunda parte, ou historia, do meu livro, que ainda nao tive a sorte de ver públicado. Pois, é com muito horgulho que o publico no meu blog, dividindo estas histórias reais com quem apreciar...
                             
    Era uma vez uma criança chamada Francisca


   Chamava-se Francisca, tinha nove anos de idade e era a segunda mais nova de uma família de seis irmãos, tendo o mais velho: vinte e um anos e a mais nova dois.
    Ela possuía uns belos cabelos espessos e louros repletos de caracóis, como não existia em mais nenhuma cabeça daquelas redondezas. Usava quase sempre totós feitos por Júlia, a irmã mais velha que também confeccionava “vestidos novos” com roupas usadas.  
    A disponibilidade quase sempre obrigatória de pôr em prática as palavras, como “poupança” e “aproveitamento”, eram importantíssimas, por isso aprendeu sempre a usá-las e pô-las em movimento.
   Era o tempo em que tudo tinha utilidade, bastava um pouco de imaginação para conseguir algo novo com restos velhos. No tempo em que a orientação era a principal aliada. Na época em que qualquer oportunidade era um óptimo empreendimento. E principalmente, porque era a temporada em que a simplicidade era o recheio mais valioso da vida.
   O desejo de seu pai foi meio satisfeito, pois queria muitíssimo, um segundo rapaz ao “fechar a porta”. Foi inesperadamente confrontado com mais uma menina, não deixando a oportunidade em vão ofereceu a si mesmo a possibilidade de concretizar o seu desejo.
    A satisfação de baptizar a sua querida menina com o mesmo nome o qual também lhe foi deixado como “única herança”, não foi uma completa decepção, pois ficou Francisca sendo ele Francisco… o mais velho herdou o nome do avô em sua homenagem, “José Henriques” era o pastor do rebanho… assim se dizia em Serco, sua aldeia bem amada e única conhecida.

   Tinha uma paixão, ou melhor tinha várias, resumidas numa só. Era apaixonada pela vida… sim, amava viver… sentia-se feliz simplesmente por estar viva, poder assistir e desfrutar das brincadeiras de criança que iam descobrindo e imaginando.
    Prezava a liberdade e tudo o que nela existisse, mesmo sabendo que tudo tem o seu limite, mesmo sabendo que o tempo tudo muda, mesmo sabendo que a oportunidade de exibir a sua fama ia-se desfalecendo, exactamente como uma flor desvanece, depois de mostrar todo o seu esplendor e morre pouco a pouco.
   Pois adorava sentir cada minuto, cada segundo o sabor dessa maravilhosa natureza conhecida. Além disso sentia-se com imensa sorte em poder aproveitá-la. Em não conquistar a incapacidade, como aconteceu com o filho de um casal de primos afastados.
   Era o terceiro e último filho “de uma família de cinco irmãos” e também ele herdou a doença genética (na altura desconhecida) dos seus antepassados, sim, porque as doenças hereditárias podem estar presentes até à sétima geração. E foi o que aconteceu infelizmente.
   Sempre de bom humor, Francisca distribuía sorrisos e fazia tudo para que o pessimismo não tivesse hipóteses de entrar na comunidade do dia a dia. Muitas eram as vezes em que saia pelos campos vestidos e banhados pelo sol Primaveril. Floridos de quase todas as cores e perfumados pelo ar já aquecido da brisa pura da Primavera. Mas sempre acompanhada, seja pela mãe ou pelas irmãs, Elisa e Rita, mais velhas, de três e seis anos, para aproveitarem o tempo e fazerem alguns pequenos trabalhos. Juntavam o útil ao agradável pois era sempre necessário.

   Havia sempre algo a fazer pelo longo do dia, a questão era querer… regava sempre a pequena horta ao final da tarde… sendo para ela um prazer… pois existia sempre o privilégio da recompensa.
   Não resistia em arrancar uma cenoura ainda tenrinha, e acabada de nascer saboreando-a a com satisfação, depois de a lavar nas águas puras da nascente, tirando-lhe a terra contida em excesso.
   Ao sentir a frescura desse liquido milagroso, saído da mangueira, correndo sobre os pés descalços, ficando assim “em lama que ela patinhava com gosto” e direccionada aos rêgos feitos para esse mesmo efeito.
   Absorvia-se na terra e saciava a sede às alfaces, cenouras, feijões, tomates etc… acabados de nascer.
Satisfazia assim o que estava ressequido nessa tarde quentíssima do final de Primavera.
   Gostava de sentir o sabor “agridoce” na sua boca, o que certas ervas, plantas ou legumes continham, pois além de ter a vantagem em ser saudáveis, tinham esse gostinho que Francisca apreciava.
   As “azedas” como seu próprio nome indica… eram azedas… uma erva que escolhia nascer e expandir-se à sombra, em locais frescos e sombrios, por isso, sabia tão bem comê-las, frescas, saborosas e tenrinhas sob o calor abrasador, assim eram definidas por ela.
   Era com grande empenho e fazendo sempre questão, em acompanhar sua mãe ou irmã mais velha, irem lavar a roupa para o ribeiro que passava ali perto. Algo que apreciava porque estando a ajudar na labuta também se sentia conquistada pelo prazer da água fresquíssima e sempre corrente acariciando-lhe e refrescando-lhe os pés e pernas.
 
   Francisca apreciava passear descalça na margem do riacho sobre as ervas e os pedregulhos já gastos da água frequente. Sempre com algum receio de sucumbir à vontade das tardes quentes e secas, que convidavam a mergulhar nas suas águas tranquilas e puras, passando por entre as rochas chamavam o desejo de ceder a tal tentação. Mas o medo aprisionado dentro dela era maior, e por enquanto era preferível mantê-lo assim, mandando a vontade embora.
   Em finais de Outubro do ano anterior, numa tarde tranquila como quase em todas as outras, apanhou um dos maiores sustos vividos até então. Tudo aconteceu em questão de segundos, sendo eles suficientes para roubar uma vida, ou duas.
   Estando uma tarde ainda quente e abafada, naquele dia com restos de calor acumulado durante o Verão, Francisca brincava rabiscando e chapinhando na água, juntamente com sua prima da mesma idade. Na beira do tanque onde jorrava uma fonte de água fresca, pura e saudável capaz de satisfazer a sede a quem a procurasse. Recorda-se única e simplesmente, de escorregar e, ao agarrar-se à prima caírem as duas na água fria, lembra-se de se sentir engolida por ela, mas também forçada a engolir bastante contra vontade. Lembra-se optimamente bem do acordar… da tosse quase sufocante… a água era vomitada dos pulmões… Completamente encharcada e fria, tremia sem saber se era frio ou medo … pois sua mãe, ora a abraçava, ora lhe gritava… e foi assim que Francisca ficou com o trauma da água para o resto da vida.

continua...

domingo, 14 de novembro de 2010

A MINHA OUTRA VIDA

Para quem nao conhece a, Second Life, aqui fica, um pouco, do que na altura eu pensei, e escrevi para a revista Sábado, dois anos depois de iniciar, embora no presente eu entre menos, continuo com o mesmo pensamento, positivo.
                                                                                                                                                                                              
   Na altura em que conheci a “Second Live” fiquei, ainda mais, desinteressada em desenrolar esse recheio desconhecido. Isto unicamente, porque o peso do meu destino já era deveras difícil. Sendo essa a principal razão de eu me dizer constantemente:  - Para que desejo eu, uma segunda vida, se a primeira me é mais que suficiente…
  Mas a minha curiosidade impediram-me de desistir, e a vontade de descobrir novidades, acordaram-me novamente e fizeram-me regressar ao mundo dos sonhos, a um mundo que eu queria esquecer, mas tambem regressar...
  É verdade que este programa se parece com um filme de banda desenhada, mas também é verdade que quem o comanda somos nós, com os nossos sentimentos. Por isso, somos todos frutos da mesma árvore, apesar, das diferentes maneiras de ver, ser e ter, justamente, é essa diferença que nos ajuda a perceber os problemas.
  Pouco a pouco, fui tomando consciência de que a vida real tem um sabor mais dócil quando é envolvida pela virtual, ou seja, pelos sonhos, pois eles ajudam a viver… mas o saber controla-los ajudam a vencer…
  Foi assim que pouco a pouco me aventurei, na descoberta de novos lugares e novas pessoas, sim porque as emoções são as mesmas, real ou virtual, a pessoa é a mesma. O saber distinguir as duas vidas, embora seja uma, é o principal obstáculo.
  Vivi a experiencia de gravidez virtual, porque embora eu soubesse que era somente ficção, era deveras interessante, pois tudo era comandado por mim.
  Chorei de emoções e sorri de alegrias, tive decepções mas felicidades também, pois até as desilusões nos ensinam, seja a aceitar melhor os outros, a compreender as diferenças de cada um e até mesmo a própria vida.
  Embora a mentira esteja sempre presente, inclusive na vida real, a dúvida permanece constantemente envolvida nos misteriosos desabafos. E são esses desabafos que segredam por vezes, as verdades escondidas e os desejos esquecidos.
  Desse modo fui aprendendo, cada vez mais, porque todos os dias se aprende, mesmo aqueles que pensam saber tudo. Assim, conheci uma pessoa maravilhosa, como existem poucas, pois embora seja tudo uma ilusão, a pessoa é real. Casei nessa plataforma virtual, e tudo o que posso dizer é que em nada me arrependo, porque vivo virtualmente, um pouco, do que a vida real me roubou.
   E por fim, eu Fredyribeiro, ao fim de dois anos de Second Life, só tenho a dizer que esta forma diferente de fazer amizades, ou melhor esta plataforma de comunicação, é benéfica em todos os sentidos…

sábado, 13 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ANEDOTAS CURTAS

Dizem que mulher satisfeita não trai. Mas alguém já viu uma mulher satisfeita ?
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Se você está se sentindo sozinho, achando que ninguém liga para você, atrase um pagamento!!!______________________________
Mulher bonita é igual a tsunami: Quando chega vem cheia de onda e ninguém enxerga o perigo. Quando vai embora leva o carro, a casa e tudo mais que estiver ao seu alcance.
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Marido é igual à menstruação: Quando chega, incomoda; quando atrasa, preocupa.
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A calcinha não é a melhor coisa do mundo, mas está bem perto.
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A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier; já o homem, está sempre ao lado da mulher que vier e der.
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Se sua mulher pedir mais liberdade, compre uma corda mais comprida.
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Todo homem tem a fantasia de fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo e as mulheres deveriam gostar da idéia. Pelo menos, teriam com quem conversar depois que ele pegasse no sono.
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Mulher feia é que nem muro alto: primeiro dá um medo, mas depois a gente acaba trepando .
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Sabe o que é a Meia Idade? É a altura da vida em que o trabalho já não dá prazer e o prazer começa a dar trabalho!!!
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O homem nasce sorrindo, cresce fingindo, vive traindo e morre mentindo.
 A mulher nasce chorando, cresce amando, vive dando  e morre negando...


Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno: Purê de batata, senhor professor!·
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Professor:- Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha....
Professor:- Mais depressa!
Aluno:- Nós corremos, vós correis, eles correm!
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Professor: "Chovia" que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.
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Professor: Quantos corações nós temos?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!
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Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
- O 1º Aluno diz: Acordei tarde, senhor professor!
Sonhei que fui à Polinésia e a viagem demorou muito.
- O 2º Aluno diz: E eu fui esperá-lo no aeroporto!
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Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Sim, senhor professor. Um queijo e quatro vacas.
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Um aluno de Direito a fazer um exame oral: O que é uma fraude?
Responde o aluno: É o que o Sr. Professor está a fazer.
O professor muito indignado: Ora essa, explique-se...
Diz o aluno: Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da
ignorância do outro para o prejudicar!
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PROFESSORA: Maria, aponte no mapa onde fica a América do Norte.
MARIA: Aqui está.
PROFESSORA: Correto. Agora turma, quem descobriu a América?
TURMA: A Maria.
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PROFESSORA: Pedro, me diga sinceramente, você ora antes de cada refeição?
PEDRO: Não professora, não preciso.. A minha mãe é uma boa cozinheira.
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PROFESSORA: Artur, a tua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do seu irmão. Você copiou?
ARTUR: Não, professora. O cão é que é o mesmo.
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PROFESSORA: Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar, mesmo quando os outros não estão interessados?
BRUNO: Professora.

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Perguntaram ao General Norman, do Exército dos Estados Unidos, se ele perdoaria os terroristas do 11 de setembro de 2001.
A resposta:
"Eu creio que a tarefa de perdoá-los cabe a DEUS. A nossa é de simplesmente PROMOVER o encontro".

domingo, 7 de novembro de 2010

O PERFEITO DO IMPERFEITO 10ª parte

   Mas principalmente aprendeu, que em tudo existe uma servidão para cativar a vida. Simplesmente porque a vida é a única e verdadeira escola. E quem não conseguir ver ou saber isso, pouco tem a ganhar.
    Mas como saber? Se a vida é uma carta selada? Como aproveitar tudo o que está certo ou errado? E como prever se fizemos a escolha acertada? Como saber que exploramos o verdadeiro caminho? Ou seguimos na direcção certa? Será que a possibilidade de um dia alcançar a felicidade existe?
    Helena sentia-se uma autêntica aprendiza da vida. Interrogava-se várias vezes tentando conformar-se em aceitar a sua triste sorte. Ela queria acreditar no que ela própria se dizia, e assim tentava enganar-se ao confiar plenamente na intuição de agora ser mais feliz.
   Ela esforçava-se em ajudar para depois saborear o resultado. Mas principalmente apreciava e admirava esse gesto nobre. Gostava de se sentir útil valorizando plenamente essa dedicação com optimismo e vaidade, pois a vontade em satisfazer os desejos alheios ajudavam-na a concretizar um pouquinho do seu próprio sonho, aquele aprisionado nela saltando-lhe do coração.

   Conquistou facilmente a simpatia de alguns, outros recusavam-se simplesmente a mostrar o pouco de afecto que ainda continham e podiam partilhar. Mas a revolta sentida era a principal culpada, impedindo apenas essa pequena manifestação, que era ao mesmo tempo dificílimo para alguns demonstrarem. E assim só se enterravam cada vez mais no abismo.
   Mesmo assim Helena tentava entende-los, ela procurava encontrar uma solução, dizendo-lhe que infelizmente existiam casos piores, casos sem remédio nenhum, só para os aliviar um pouco do peso bruto do silêncio. Mas a força de viver já não morava ali.


   Helena esperava sem saber o porquê… padecia sem encontrar razões para este sufoco… vivia completamente desesperada e estava certa que a vida era e “é” uma longa espera… Onde apesar de tudo vale a pena viver, mas principalmente saber viver. Era esse o verdadeiro e principal motivo dela continuar a batalhar contra este desgosto, o de não se deixar naufragar, como tantas vezes quase se deixou afundar nas ondas do pessimismo, o de ela resistir e acompanhar sempre a certeza de um amanhã melhorado.
   Tentava encontrar forças na injustiça onde tantos pagavam os erros de outros. Onde tudo o que via era verdade e onde infelizmente a saúde se recusou a habitar. Talvez fosse essa a razão do seu maior sofrimento... O de manter a mente totalmente lúcida... Completamente sã, assim permanecia ela… mas unicamente nos pensamentos e sentimentos, a única coisa que realmente lhe pertencia, e que ela fazia intenção de continuar a preservar.
   Por vezes perguntava-se a si própria, se não seria mais fácil se ficasse alheia no tempo. Completamente perdida e fora do mundo actual, mas sim num mundo inventado e construído “pelos mesmos”, sem existir tempo nem medida, sem existir dores nem prazeres, sem existir emoções nem fracassos… talvez fosse mais claro de conquistar a felicidade… ao ficar no estado em que muitos se encontravam… vivendo exactamente como eles num mundo emprestado à realidade… unicamente habitado por sonhos e felicidades… será que era esse o recheio? Será que não havia objectivos para nada? Será que o imprevisto era só e unicamente constituído por acasos e por coincidências? Construindo a sua felicidade com simples coisas? Pelo menos assim não pensava nos pequenos problemas, quase sempre dificílimos… não enfrentava as complicações do dia a dia, nem procurava perceber as pequenas “grandes” diferenças.
    O que para muitos se transformavam em enormes dificuldades eram facilmente aceitáveis para a maioria, quanto aos outros, eram simplesmente complicadíssimas.
   Helena concordava plenamente com uma pessoa que… tendo ela uma certa deficiência mental, não deixava de ter inteiramente razão, ao dizer… “cada um é como é!... Pois cada pessoa tinha a sua diferença, embora muito parecida em certos aspectos... nunca nada era idêntico, por esse motivo, todos diferentes e todos iguais.
   A diferença reside justamente aí… nas pequenas diferenças…? Nos pequenos incidentes ocasionais, onde por vezes se tornam demasiadamente desagradáveis, nos percalços do dia a dia. O que muitas vezes se pensa ser desnecessário para a maioria é absolutamente necessário para outros.
   Por vezes basta um pequeníssimo jeito, e logo se concretiza uma enorme vontade. E era esse simples gesto cheio de boa vontade, que diversas vezes afugentavam esse mau estar tão incomodativo.
    O ditado diz que “mais vale o jeito que a força” e ela aprendeu isso e a aceitar essa verdadeira realidade que na maioria das vezes se transforma num verdadeiro pesadelo.
   Porque só quem vive isso na pele, é quem sabe dar o valor e aprende a valorizar o que na maioria das vezes é tão simples.

     Cativou a doçura e o carinho de uma velhinha com os oitenta e poucos anos que conquistou involuntariamente a doença de Alzheimer. Sempre que a via ia ao seu encontro para lhe dar um beijinho, cheio de simplicidade, como uma criança. Foi infelizmente o primeiro e último lar, pois o seu caso já estava bastante adiantado.
   Era como se navegasse no tempo, deixando-se ir ao sabor das marés. Onde, de vez em quando, surgiam recordações do passado que ela tentava projectar para o presente. Esquecia-se constantemente das coisas, insignificantes no geral, mas que para ela “sem o saber” tinham um grande significado e um grande valor moral, coisas como por exemplo seu nome, se era casada e se tinha filhos, etc…
   Helena era considerada por ela como sua neta, e sentia-se feliz com tal facto, por conseguir agora a avó que não teve, por isso lhe dedicou este poema…





         Minha avó emprestada.



    Tuas palavras ditas ao acaso… cheias de ternura e por vezes banais… em frases tão insignificantes e que faziam a alegria sobrepor-se à tristeza…

    Teus gestos tão simples… carregados de doçura faziam renascer a bondade… tantas vezes perdida ou deixada escondida…

    Teus beijos e abraços carinhosos… faziam-me lembrar a avó que infelizmente não conheci… mas tantas vezes imaginei…

    Tua pele enrugada pelas ondas do tempo… mostrava ainda a sabedoria que restava dos tempos longínquos…

    O teu sofrimento acabou, deixaste esta vida…

    Mas não deixarás nossos corações… nem o nosso pensamento…

  Simplesmente porque nós não deixamos… minha avó emprestada…




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

POEMAS

        DESILUSÃO



Sozinha…
            no meio da solidão, sinto-me triste
            só pensando em ti…
Te esperei ontem e tu não vieste
             Te espero hoje e tu não vens…
E minto a mim mesma dizendo que virás
              e com a esperança de estar certa
Eu aguardo a tua chegada a todo o instante
              Mas tu não vens e choro…
Sinto a revolta tomando conta de mim
               E dizer-me que tu não mereces
Porque te espero e tu não vens…
Talvez quando vieres seja eu a não te esperar mais
Simplesmente porque
                 Cansei de esperar por quem não vinha…





                    EXISTIR  DO  NADA




Só…
Eu olho em meu redor
Vejo apenas o branco das paredes vazias
Onde mais nada habita para além da solidão,
Tento entender o porquê de tudo isto
Mas só encontro o espaço onde o vazio se plantou
Tento ver algo, mas meus olhos só encontram o nada
O vazio desta vida que deixou de existir
Estou só tentando compeênder
Sempre só tentando esquecer
Mas no fim só procurando viver…

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

É POLITICA...


POIS É, SE OS POLITICOS BRINCAM CONNOSCO, OBRIGANDO-NOS A ADERIR A ALGUMAS INJUSTIÇAS, QUE TAL SE NÓS BRINCASSEMOS, UM POUCO, COM ELES? ALÉM DESTE SONETO, TEM ESTE JOGO PARA EMPURRAR O PRIMEIRO MINISTRO E FAZENDO-O DÁR CAMBALHOTAS, CADA VEZ QUE FICAR PRESO, QUERENDO DESCANSSAR, OBRIGUE-O A CONTINUAR, COM  AJUDA DO RATO... VERÁ QUE É DIVERTIDO...

CLIC AQUI



      Soneto quase inédito
 
       
 
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.


Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,


Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
  
 
  

 
JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos. Tão actual em 1969, como hoje...
E depois ainda dizem que a tradição já não é o que era!!!