1ª A FAMILIA MICLINA
PUBLICO AQUI MAIS UMA VEZ UMA DAS HISTÓRIAS QUE EU ESCREVI E QUE ESTA PRESTES A SAIR EM LIVRO.
Era uma vez uma pequena e nova família de
coelhos, que morava mesmo por baixo dos troncos secos, das árvores que
enfeitavam a entrada de um belo bosque. Lugar esse que ficava, mesmo ao lado de
um hospital para crianças e o qual continha no centro um lindo jardim.
Essa nova e pequena família de coelhos era
constituída, pelos pais e três filhos. Mico, Mimo e Mimi, era como eles se
chamavam, e sentiam-se felizes simplesmente, por ainda continuarem vivos e felizes.
Neste hospital, que acolhia crianças com todo
o tipo de problemas acidentais, tinha acabado de chegar uma menina com um braço
ao peito. Micaela, como ela se chamava, tinha partido o braço, ao tentar salvar
um gatinho, que ficara com a coleira presa no tronco de uma árvore. Ao ouvi-lo
miar, desesperadamente, ela assustou-se e fez o possível para o salvar.
Micaela, estava prestes a completar os seis
anos de idade, no dia seguinte, mas sentia-se muito triste e só, pois além de
ser órfã passaria o dia do seu aniversário naquela casa, sem a companhia dos
amigos.
Nesse final de tarde, primaveril, estando ela
sentada, num banco desse lindo jardim, enquanto admirava a paisagem do fim do
dia, contemplava a paz da calmaria ao ouvir o simples som do chilrear dos pássaros.
Quando, subitamente, ela viu sair de um
buraco mesmo defronte dela, três coelhinhos que dançavam e saltitavam ao redor
de Micaela. Ela sentiu um enorme desejo de viver um pouco da alegria que os
contagiava, e então, sem receio algum, perguntou-lhe:
- Olá lindos, como se chamam vocês, será que
também posso brincar? Parecem tão felizes.
Quando ouviram essa nova voz, esquisita e
chorosa, a primeira reacção deles, foi a de se esconder, logo atrás do primeiro
tronco que encontraram, pois o medo começava a contagia-los…
Mas Mimi, sendo a mais corajosa, logo se pôs
à espreita e pondo a cabeça de fora, respondeu:
- Olá, eu sou a Mimi, e eles Mico e Mimo, os
meus irmãos, e tu quem és?
Depois de Micaela lhes ter contado o acidente
e mostrado verdadeira amizade, ela disse insatisfeita:
- Vês… eu parti o meu braço… ao querer ajudar.
Concluiu ela mostrando-se arrependida.
- Não fiques assim, tão triste, lembra-te que
para tudo existe uma verdadeira razão, e, nunca te arrependas do bem que fazes.
Sim, a verdadeira razão da sua estadia ali,
Micaela percebeu-a no dia seguinte, quando os três coelhinhos, no parapeito da
janela entreaberta, a acordaram ao cantarem-lhe os parabéns.
Micaela viveu o dia mais feliz, da sua
existência, teve a maravilhosa surpresa dos seus amigos de escola, com um bolo
de aniversário. Mas, logo a seguir ao jantar, ela teve a maravilhosa ideia e,
sem ninguém se aperceber, escapulir-se até à cozinha, com uma única intenção,
de encontrar algumas cenouras.
E
encontrou o que queria, então satisfeita, ela dirigiu-se, ao local do costume, onde
se encontrava com eles. Então ofereceu uma a cada um.
- Que óptima e bela cenoura… estava com tanta
vontade… Dizia Mimi enquanto a degustava.
Riram todos juntos, quando, no final de comer
a segunda cenoura, a ouviram dizer que estava mal disposta e com dores de
barriga.
Micaela, apercebeu-se que os verdadeiros
amigos encontram-se, por vezes quando menos se espera, e em qualquer altura e circunstância.
Compreendeu também, que não existem dias
próprios, para satisfazer os desejos tão ambicionados dos verdadeiros amigos…