terça-feira, 19 de agosto de 2014

HOMENAGEM Á VIDA


 

      FREDY

 

Homenagem  á vida

 

Homenageio tudo o que passou

Desde personagens a momentos

Mas principalmente o futuro

Que nos invade os sentimentos

 

Toda a homenagem sincera

Nasce das saudades vividas

Das lembranças passadas

Ou das alegrias perdidas

 

Toda a homenagem perfeita

É feita de pura emoção

Dos que nos deram a vida

E que nos invadem o coração

 

A homenagem é um elogio

Um elogio de lembranças

Que nos momentos futuros

Nos invadem de esperanças

 

Homenageio o dia de hoje

Pois o amanhã é incerto

Corro ao passar no caminho

Onde tudo está incorreto

 

      Fredy 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014


A minha aldeia

 

Na terra onde nasci….

Na aldeia de onde vim

Existem riachos de água pura

Onde saciávamos a secura

Dessas tardes de loucura

Numa frescura sem fim…

 

Nessa aldeia há rios e fontes…

Onde pescávamos o peixe,

Regávamos a horta

E lavávamos a roupa

Que secava entre os montes

A minha aldeia ficou:

De ruas quase desertas

De casas e famílias incertas

Que com os anos a passar

É difícil de aceitar...

 

Eu aprendi a mudar…

Para agora recordar…

O maravilhoso odor campestre

Que com a primavera floresce

Entrando pelas janelas abertas

O que é difícil não lembrar…

 

Na minha aldeia

Ao som dos grilos a cantar

Eu tinha sempre a ideia

De que falava com o horizonte

E com as estrelas a brilhar

E era feliz por lá estar…   

E sei que para sempre recordarei

Aquela aldeia perdida no nada

A criança que fui e que sonhei

Numa terra por mim amada

 

 

 

 

Sei que nunca vou esquecer

Os Invernos que ali passei

Como os dias tão incrivelmente frios

E as noites em que quase gelei

Mas ao sabor das brasas

Que me aqueciam e davam asas

Nós fazíamos o fumeiro

Para saborearmos o ano inteiro

Com o que cultivávamos

E assim os anos passavam…

 

Foram tempos difíceis

Nessa época de outrora

Apesar da pobreza que passei

Trocá-los-ia pelos d’agora?

Um bom vinho para degustar

Umas alheiras, para assar

Bolas de neve, para guerrear…

E enfim…

 

Deixo o meu pensamento divagar

Como borboletas a dançar

E volto sempre àquele lugar

Para rever as coisas e lembrar

Brincadeiras de horas mortas

Com os risos de quem lá vivia

Sem nunca trancar as portas

Nem de noite nem de dia…

 

Fredy, 2014