sábado, 29 de dezembro de 2012

Nas Asas da Poesia: APRENDE

Nas Asas da Poesia: APRENDE:  Aprendi....que ninguém  é perfeito enquanto não te apaixonas.  Aprendi....que a vida é dura  mas eu sou mais que ela!!  Aprendi qu...

APRENDE


 Aprendi....que ninguém
 é perfeito enquanto não te apaixonas.

 Aprendi....que a vida é dura
 mas eu sou mais que ela!!

 Aprendi que...as oportunidades nunca se perdem
 aquelas que desperdiças... alguém as aproveita

Aprendi que... quando te importas com rancores e amarguras a felicidade vai para outra parte.

Aprendi que... devemos sempre dar palavras boas... porque amanhã nunca se sabe
as que temos que ouvir.

Aprendi que...um sorriso é uma maneira económica de melhorar teu aspecto.

Aprendi que... não posso escolher como me sinto... mas posso sempre fazer alguma coisa.

Aprendi que...quando o teu filho recém-nascido
segura o teu dedo na sua mão tente prende-lo para toda a vida

Aprendi que...todos, todos querem viver no topo da montanha... mas toda a felicidade está durante a subida.

Aprendi que... temos que aproveitar da viagem
e não apenas pensar na chegada.

Aprendi que...o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias... quando são pedidos e
quando deles depende a vida.

Aprendi que...quanto menos tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

POEMA DE MINHA AUTORIA


                    CRIANÇA EU  SOU

 

 

Rios de esperança que brotaram do infinito

Brincadeiras de criança evaporam num grito

Sonhos felizes de uma criança a crescer

Ao lembrar desses dias que nunca irá esquecer.

Os anos passavam e a criança crescia

Os sonhos mudavam e algo acontecia…

Nas saudades passadas que viveu e vivia

Mas que espera ainda recordar um dia...

 

                                     Fredy, 2012

 

sábado, 22 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

poema de minha autoria


          Noite magica

 A sala estava repleta de segredos e sorrisos
Como num quadro ilusório…
No ar sufocante, apenas uma música suave
Dividia os sentimentos
Como se de um confortavel abrigo se tratasse
De repente...  
Um toque de magia preencheu os meus sentidos 
   Igual a uma carícia a entrar nos meus segredos…
Fechei os olhos deixando-a passear ate ao meu coração…
Mas ao abri-los, cruzei o teu olhar e
deixei-me envolver por essa brisa de paixão…



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O PERFEITO DO IMPERFEITO 2ª parte


   Foi uma noite bastante custosa, e perturbada, parecia não querer terminar nunca, dormia aos poucos e acordava sobressaltada. Simplesmente porque crescia, pouco a pouco, a sombra da última imagem escondida no cantinho da memória, tal como um quadro tornando-se cada vez maior e mais nítido. O sorriso da criança prisioneira na sua mente, depois o som do tiro ecoando nos seus ouvidos, fazendo-a mergulhar no vazio. Supostos acontecimentos que eram um autêntico pesadelo e teimavam em permanecer.

    Tentou mexer-se, mas em vão, as dores impediam seu corpo de movimentar-se para qualquer movimento. Helena sabia que continuava lá mas tudo parecia irreal. Era uma lembrança demasiado penosa e maçadora atormentando o seu incómodo descanso.

   Eram gritos, eram risos, era sangue, eram sombras, pequenas ou grandes, ora fazia escuro, ora fazia claro e tudo se misturava, o enorme turbilhão, prevalecia dentro de si.

   Até que a aurora entrou pela janela dentro rompendo a noite. Helena sabia que era Outono, pois via as folhas caírem devagarinho, amarelas e quase secas, das árvores situadas no jardim, em frente à janela do quarto, via e ouvia o uivar do vento dançando com as mesmas.

   Mantinha o corpo dormente, com uma sensação de pavor, demasiado esquisita. A sua memória continuava adormecida, pois tinha medo, muito medo do passo que viria a seguir. Sentia imenso receio do que poderia encontrar ou do que estaria escondido para além da escuridão, esta preenchia o vazio “pesado” da sua mente.

     Fez mais um esforço para reavivar a memória, tentava descobrir o que a aguardaria brevemente, precisava urgentemente saber o que, tanto, a amedrontava. Fazia-se perguntas a si própria, às quais respondia em pensamento. Ao mesmo tempo olhava em seu redor, na esperança de descobrir alguma pista positiva.

    Quem era? Isso sabia. Onde estava? Também sabia. Que fazia naquele sítio? Pressentia algo de grave, pois tinha seringas e estava ligada á máquina. Como foi lá parar, e há quanto tempo? Não imaginava. Mas o mais importante era saber o porquê de acordar e permanecer ali? E qual o motivo que derivou toda esta situação? E aquele peluche? O que fazia naquele lugar? Continuava com imensas dúvidas. Helena sentiu um arrepio, ao puxar e reavivar a última imagem guardada no seu cérebro, aquela que se recusava acordar. A maneira simpática como o menino conhecido a abordou dizendo-lhe:

   - Mãos ao ar, rápido ou disparo! Nisto ouviu a gargalhada cheia de felicidade, lançada ao ar pela criança. Ela sorriu e ao mesmo tempo deu um pequeno passo para se voltar para ele, quando ouviu e sentiu exatamente no mesmo instante um disparo em que tudo parou, a luz da sua memória apagou-se. Sentiu uma dor tão profunda ao ressuscitar aqueles momentos, que a fizeram estremecer de medo. Helena esticou-se na tentativa de conseguir alcançar o peluche azul que estava na sua cama. Quando satisfez a vontade olhou-o bem como se lhe perguntasse:-que significa a tua presença aqui?

   Sim, ela lembrava-se perfeitamente bem, quando e a quem, tinha oferecido aquela prenda, só não percebia o que fazia ali e agora. Abraçou-o tão fortemente como se quisesse aliviar o pavor que iria sentir, ou buscasse nele a tranquilidade pretendida e a paz interior.

   Já era manhã, talvez perto das nove calculava ela, visto ser hora do pequeno-almoço, altura em que foi ajudada, a ajeitar-se melhor, tanto em higiene como em posição de meia-sentada, com varias almofadas pelos lados e atras, sentia-se muito mais confortável, foi também obrigada a comer um pouco de cereais e a beber um copo de leite quentinho.

    Quando o Dr. Rui Rodrigues, como estava escrito na etiqueta exposta no peito da sua bata, entrou pelo quarto dentro, com o ar bem-disposto, reservado e seguro de si, mas continuava bonito e cheio de charme. Cumprimentou-a alegremente, verificou a única máquina, aquela que ainda estava ligada, puxou a cadeira solitária de madeira nova que se encontrava ali e sentou-se ao seu lado. Helena pode apreciar e avaliar melhor todos os seus gestos, inclusive até sentir o suave cheiro da loção que usava.

    Ela sentia-se muito melhor física e moralmente, até sentiu vontade de lhe sorrir ao dizer: -bom dia, como esperava que fosse, mas continuava sem sentir as pernas e com a cabeça cheia de perguntas, mas com bastante receio de saber qual seria o resultado. Sentiu, também, a grande necessidade de conhecer a cruel verdade, por mais amarga que fosse.

 

    Helena ouviu e pediu respostas sinceras durante horas. Respostas intensas e desejadas por ela, algo que levou o Dr. Rui, a ficar com a sua paciente, largos minutos. Quando acabou de lhe comunicar o relatório medico, retirou-se prometendo-lhe voltar brevemente na expectativa de a encontrar mais animada e mais esperançosa. Saiu dali com os olhos repletos de lágrimas querendo espreitar, deixou Helena sozinha a seu pedido, para esta chorar à vontade, pensar sobre o futuro amedrontado e meditar sobre a triste tragédia que lhe tinha sucedido.

   Finalmente, ela ficou a conhecer as respostas às suas perguntas. Sim, Helena estava consciente do horrível acidente sofrido e da decepção crescente, a cada segundo, do seu presente incompleto. Era demasiado perverso o sentimento que se via obrigada a sustentar. Como seria o seu dia-a-dia no futuro? Não imaginava, nem queria sequer pensar, no pavor que iria sentir ao encarar o seu destino, ou melhor, que já estava a sentir. Como enfrentaria o seu amanhã? Foi alvejada por uma arma, sim… Foi uma criança a puxar o gatilho imaginando uma brincadeira, sim… Duas pessoas, um acto repleto de fatalidade. Uma jovem de vinte e um anos ficava assim paraplégica para o resto da sua vida.

   Não, a verdade não podia ser tão cruel, ela só podia estar no meio de um pesadelo prestes a terminar. Mas infelizmente a realidade estava ali, bem à sua frente, nua e crua, como ela fez questão de saber. E seu corpo denunciava bem o facto, disso ser bem real.

 

   Era uma vez uma criança, que brincava na calçada, como se sentia muito só e pretendia ocupar melhor o tempo, resolveu ir buscar sabendo onde, a arma do seu pai, uma verdadeira caçadeira. De repente, chega uma jovem conhecida dessas paragens, uma amiga do Luizinho, um menino de seis anos. Até aqui tudo bem! Não tivesse ele a infeliz ideia de apertar o gatilho, com o impulso do disparo e com o peso da arma, o menino cai, bate violentamente com a nuca no degrau de cimento, e fica-se instantaneamente, assim acontece o pior dos pesadelos.

   Foi um momento simplesmente igual aos outros, mas que trouxe consequências tão grandes. Durou apenas uns segundos, mas a tragédia permaneceria por toda a vida, seriam enormes feridas para permanecerem no seu destino. De quem seria a culpa? Talvez unicamente do acaso. De quem era a responsabilidade? De ninguém em especial e de todos ao mesmo tempo. A culpada seria, única e simplesmente, da previdência.

   Quanto ao pai de Luizinho, além de ser um viúvo, comum, com a irresponsabilidade de não esconder, devidamente, a arma de caça, era também um homem solitário e magoado com a vida, afogando as suas decepçoes no alcool. Vivia num mundo completamente isolado de tudo, daí deixar uma arma ao acaso, acessível às brincadeiras de um filho. Deparando-se assim, de repente, com mais esta dor tão profunda, sentindo-se em simultâneo demasiado culpado e desesperado.

 

   Helena chorava cada vez mais, abraçada ao peluche azul que agora lhe pertencia, lembrava-se do sorriso estampado no rosto da criança, dos enormes olhos negros, brilhantes que lhe transmitiam raios repletos de paz e doçura, as bochechas risonhas e fofinhas que denunciavam a sensação de felicidade, simplesmente por estar vivo, e poder desfrutar disso. Tudo se desmoronara, era crueldade a mais.

    Deu liberdade às lágrimas para lhe rolarem pelo rosto, desejava afogar nelas toda a infelicidade que lentamente a consumia, nem sequer sentia acanhamento, nem timidez, procurava a paz interior que, bem recôndita, ainda habitava nela, e lhe roubava a serenidade.

    Sentia-se revoltada com Deus, com o seu destino ou com o acaso? Demasiadamente ferida e magoada perguntou-se em voz alta: - Porque é não me levas-te no lugar de Luizinho? Teria sido muito melhor! Teria sido muito mais fácil a uma criança superar tal acidente, talvez porque tinha toda a sua vida pela frente!

   A opção foi muitíssimo mal concedida, pensou ela! Porquê meu Deus ficar numa vida inacabada, numa vida incompleta nos caminhos do destino? Lançada ao acaso somente porque a imperfeição me quis e me alcançou? Devias ter decidido levar-me, agora que estava despedaçada pelo provir, agora que seria irremediavelmente remediável…

   Assim o sofrimento seria menor!? Terá sido justo levar uma vida principiante e completamente sã? Deixando a outra suficientemente rasgada e perdida? Questionava-se Helena desesperada e injustiçada. Abraçada à única lembrança linda e palpável deixada por aquele que involuntariamente a atirou para um futuro imperfeito.

   Mas a maior dor, a mais profunda e a mais pesada era a invisível, aquela sentida no centro do coração, aquela que lhe tocou inesperadamente na alma e que a acompanharia em todos os momentos da sua vida, a que seria injustamente obrigada a carregar. Seria deveras difícil sentir-se despedaçada e ter que encarar a triste realidade! Ser obrigada a carregar esse fardo pela vida fora! Era uma existência demasiado injusta e realmente cruel!

   Seria castigo de Deus? Seria por ter feito algo errado? Seria por ter cancelado uma vida sem pedir licença? Sem pedir permissão, ao colocar um ponto final na linha de uma vida? Seria este o preço a pagar?

 

 

 

 

 

 

domingo, 9 de dezembro de 2012

EU TAMBEM QUERIA


Na minha próxima vida, quero viver de trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar  40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bébé inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois - "Voilá!" - desapareço num orgasmo ...

Woody Allen
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

POEMA DE MINHA AUTORIIA



Bolas de sabão


Desenhei  o meu mundo
Numas bolas de sabão
O sopro que as pintou
Saiu-me do coração

Deixei-o divagar
Sobre as asas do vento
Enchi-o de paixão
Com as cores do tempo

Uma após outra
Viajavam em vão 
Para logo explodiram
Ao tocar no chão

A doçura do encanto acabou
 Mas a beleza da magia ficou!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012


las Crianças - Fabuloso!!!!
 
Vale a pena ler tudo ...
 
«Quando a minha avó ficou com artrite, não se podia dobrar para pintar as unhas dos dedos dos pés. Portanto o meu avô faz sempre isso por ela, mesmo quando apanhou, também, artrite nas mãos. Isso é o amor.»
Rebeca, 8 anos

«Quando alguém te ama, a maneira como pronuncia o teu nome é diferente. Tu sentes que o teu nome está seguro na boca dessa pessoa.»
Billy, 4 anos

«O amor é quando uma rapariga põe perfume e um rapaz põe colónia da barba e vão sair e se cheiram um ao outro.»
Karl, 5 anos

«O amor é quando vais comer fora e dás grande parte das tuas batatas fritas a alguém, sem a obrigares a darem-te das dele.»
Chrissy, 6 anos

«O amor é o que te faz sorrir quando estás cansado.»
Terri, 4 anos

«O amor é quando a minha mamã faz café ao meu papá e bebe um golinho antes de lho dar, para ter a certeza de que o sabor está bom.»
Danny, 7 anos

«O amor é estar sempre a dar beijinhos. E, depois, quando já estás cansado dos beijinhos, ainda queres estar ao pé daquela pessoa e falar com ela. O meu pai e a minha mãe são assim. Eles são um bocado nojentos quando se beijam.»

Emily, 8 anos    rsssssssssssssss


«O amor é quando dizes a um rapaz que gostas da camisa dele e, depois, ele usa-a todos os dias.»
Noelle, 7 anos

«O amor é quando um velhinho e uma velhinha ainda são amigos, mesmo depois de se conhecerem muito bem.» (nem Sócrates, Descartes ou Freud diriam algo mais certo...)
Tommy, 6 anos


«A minha mãe ama-me mais do que ninguém. Não vês mais ninguém a dar-me beijinhos para dormir.»
Clare, 6 anos

«Amor é quando a mamã dá ao papá o melhor pedaço da galinha.»
Elaine, 5 anos

«Amor é quando a mamã vê o papá bem cheiroso e arranjadinho e diz que ele ainda é mais bonito do que o Robert Redford.»
Chris, 7 anos

«Amor é quando o teu cãozinho te lambe a cara toda, apesar de o teres deixado sozinho todo o dia.»
Mary Ann, 4 anos    tão querida


«Quando amas alguém, as tuas pestanas andam para cima e para baixo e saem estrelinhas de ti.» (quanta arte!)
Karen, 7 anos


«Nunca devemos dizer 'Amo-te', a menos que seja mesmo verdade. Mas se é mesmo verdade, devemos dizer muitas vezes. As pessoas esquecem-se.»
Jessica, 8 anos

E a última? O autor e conferencista Leo Buscaglia falou de um concurso em que ele teve de ser júri. O objectivo era encontrar a criança mais cuidadosa.
A vencedora foi um rapazinho de quatro anos, cujo vizinho era um velhote que perdera recentemente a sua esposa. Depois de ter visto o senhor a chorar, o menino foi ao quintal do velhote, subiu para o seu colo e sentou-se. Quando a mãe  perguntou o que dissera ao vizinho, o rapazinho disse:
"Nada, só o ajudei a

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


                                      ABRAÇO

Abracei a saudade
Numa noite ao relento
O luar penetrou-me
Até ao pensamento

Viajei até ti
Envolvi-te em saudade
E o que senti
Foi mais que amizade

Uma carícia pura
Um gesto de protecção
De quem ainda procura
Metade do seu coração

Quisera estar contigo
Juntinho ao meu peito
Pode ser como amigo
Se não for de outro jeito


                                                                                             FREDY   2012

domingo, 18 de novembro de 2012

poema de minha autoria


SAPATOS DE SALTO ALTO

Fingindo distribuir muito carinho
Com sapatos de saltos altos
Envernizados com jeitinho
Como as máscaras de um assalto

Sapato de bico bem fino
Com aparencias de modas
Quase que fazem o pino
E tudo corre sobre rodas

Tentam envernizar o salto
Sem tocar no pó do chão
Mas ao caírem de tão alto
Descobre-se-lhes a podridão

Fazem querer o que não são
Como o sapato bem fino
Mas a finura da alma
É polida de pequenino
E reflete-se no nosso espirito

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O PERFEITO DO IMPERFEITO 1ª PARTE


Aqui publico o meu livro que foi alterado, para melhor, deixo-vos apreciar...


            CAPITULO UM

 

           Uma jovem chamada Helena


    Despertando da longa viagem, o corpo que até agora estava calmo e inconscientemente indefeso, pouco a pouco regressou ao mundo, inconstante, dos vivos. Retomou a realidade que a raptou por uns tempos indefinidos e voltou à certeza, que a rejeitou, para um presente “imperfeito”. Mas principalmente à vida serena, que a tinha esperado em todos os instantes e momentos incertos. Fazendo despertar e florescer nela, toda a beleza e encanto, resplandecendo em cada minuto e em cada segundo, os quais eram simplesmente passados despercebidos, e onde a sua ingenuidade e juventude foi conservada. Mas agora eram resgatados, inteiramente.
   O corpo mantinha-se anestesiado, Helena tentou mexer-se e tudo permanecia intacto, só a mente começava a despertar. O lado físico continuava dormente e tudo ao seu redor era silêncio. Só ouvia repetidamente, envolvido na calmaria, o som da máquina que permanecia ao seu lado e fazia baixinho bip… bip... bip…
   Tentou abrir os olhos, lentamente, mas eles teimavam em fechar-se, o motivo era a claridade que calmamente se fazia notar. Helena continuava com dores, sem saber de onde provinham, exactamente.
   Sentia-se completamente perdida, sem vontade sequer para pensar, como se acordasse de uma embriaguez, igual à que provou em criança quando quis saborear o gosto proibido. Depois de abrir os olhos, com bastante custo, olhou ao seu redor e viu que se encontrava num lugar desconhecido, completamente alheio ao seu raciocínio. Com as paredes recentemente pintadas de branco e a cama ao lado que estava vazia, só com uma colcha a cobrir o colchão, parecia igualmente novo.
   O seu corpo permanecia imóvel e delicado, pesado e leve em simultâneo. Como se acabasse de acordar de uma ressaca, de uma tareia ou talvez de um desmaio! Helena continuava desorientada e perdida. Principalmente sem saber onde estava, nem qual o motivo de lá permanecer.

   Como se tivesse dormido uma eternidade, e deixado tudo para fazer à ultima hora. Despertava agora de um, intenso, sono e sem perder mais tempo tentou pôr as ideias em ordem. Exactamente como se encontrasse a casa numa completa desarrumação após uma ausência longínqua, sem saber por onde começar, pois tudo se acumulava na sua cabeça.
   Ora se amontoavam os diversos pensamentos, ora não encontrava nenhum, quer as ideias eram repletas de felicidade quer ficavam vazias e transparentes. Tudo se confundia, dentro de si e à sua volta, parecendo um total remoinho, precisava de pensar mas ao mesmo tempo não queria, pois nem descobria forças para tal.
   Passado uns minutos, sem saber ao certo quantos, apareceu uma moça vestida de branco, talvez alertada pelo som da máquina, à qual ela estava ligada. Abriu a porta e entrou, parecia apressada ou seria apenas imaginação dela? Tentou abrir os olhos e fixos nela, pouco a pouco, eles habituaram-se à pouca intensidade da luz finalizando o dia.

   - Olá… como se sentes? estás bem disposta?
   Perguntou a moça de branco, bem perto dela, lançando-lhe um lindo sorriso carinhoso e cheio de simpatia, onde Helena pode apreciar seus dentes brancos, os quais, sobressaíam por entre os lábios vermelhos e carnudos.
  Aproximou-se das máquinas que estavam em seu redor para as observar melhor e desligar a que já não era necessário.  
   Helena esforçou-se para conseguir responder-lhe: como é que achas que me sinto, bem? Mas limitou-se a pensar, pois o som não queria sair.
   Olhou admirada para a moça de branco, com uma expressão interrogativa, enquanto ela desviava o olhar para o relógio. Já era final de tarde pois o tempo começava a escurecer. Ainda se diferenciava bem, o lindo ramo de flores, que se destacava em cima do pequeno e único móvel, que permanecia no quarto. A moça olhou novamente para ela e sorriu outra vez. Helena sentia-se a naufragar no vazio incompleto, sem força nem disposição para nada, nem para perguntar o que a afligia tanto.
   - Onde estou eu? Que faço aqui? Quem é a senhora? - Conseguiu ela pronunciar com algum esforço.
   - Calma, estás em boas mãos, não te preocupes, não vale a pena entrares no desassossego, vamos começar do princípio, sim? Respondeu ela com outra pergunta. Então o ar de simpatia e carinho que lançou a Helena fê-la sentir-se mais tranquila, por fim pegou-lhe na mão fria e respondeu dizendo:
   -Chamo-me Elsa e sou enfermeira, como deves ter percebido estás no hospital, a recuperar de um acidente que sofreste há dias … acabando de dizer isto calou-se instantaneamente.
   O sorriso que a moça de branco lhe transmitia ficou de repente mais triste e sombrio. Então acariciou-lhe, de novo, a mão agora mais quente e enviou-lhe um olhar, como se necessitasse de lhe transmitir algo. Helena sentiu uma tremura na voz e, dentro da sua cabeça só ouvia repetidamente estas palavras: há dias, há dias… há quantos? Perguntava-se ela.
   De repente, sem ter tempo de falar mais, entra um bonito homem de bata branca, cabelo encaracolado preto e com o ar de bom humor, acendeu a luz do tecto provocando-lhe um impacto à visão, mas também onde ela pode apreciar o quanto ele era atraente, e disse:
   - Viva!… até que enfim que acordaste, venho eu aqui todos os dias à tua cabeceira, e tu nada! Isso não se faz! Diz ele com um sorriso.
   Reconhecia aquela voz, sim, parecia vinda do fundo de um sonho distante e vago, era aquela mesma voz que ouvia tantas vezes ao longe, e ao mesmo tempo tão perto. Era a voz mais meiga e carinhosa que ouvira até agora. Brincava com ela, fazia-lhe perguntas, até lhe contava anedotas. Ela tentava responder, mas em vão, pois qualquer resposta ou pensamento adormecia antes de chegar à meta. Helena esforçava-se por lançá-los pela boca, mas de nada valia, eles morriam antes de chegarem ao destino, seus lábios já não obedeciam aos seus sentidos. Então ouvia como se fosse um eco, vindo sem saber de onde, talvez do fundo do nada, só ouvia esse eco que preenchia a solidão do vazio onde ela mergulhara.
   Helena sem conseguir responder, ficava na dúvida se essa pessoa era verdadeira, ou se era apenas um sonho, querendo-o projectar para a realidade.   
   Agora sabia que realmente existia e ofereceu-lhe um belo sorriso repleto de gratidão e carinho. A única coisa que realmente lhe pertencia. Algo que era só e unicamente seu, sabia poder partilhar com quem quisesse, principalmente com essa pessoa, esse alguém que a renovou.
   - Que faço aqui e onde estou? O que se passou e desde quando estou aqui? Perguntou ela outra vez! O desassossego começava a fazer-se notar dentro de si.
   - Calma. Respondeu-lhe ele, direccionando-lhe um lindo olhar e sorriso, carinhosos e inquietos.
    Então, ela olhou para as máquinas, depois para a enfermeira e viu o seu ar amargurado, depois outra vez para o homem de branco e esperou pela resposta.
   Ele expressou um ar mais sério e nessa troca de olhares repentinos, entre ele e Elsa, brilhou algo que transmitiu um sinal. Então perguntou à enfermeira se já lhe tinha molhado os lábios, ao que ela respondeu com um sinal negativo de cabeça.
   - Queres beber um pouco de água? Perguntou-lhe ele com amabilidade, Helena acenou-lhe que sim, pois sentia a garganta ressequida, talvez depois ficasse mais descontraída e mais forte.
   Então ele colocou umas gotas de um líquido amarelo, do frasco que a enfermeira lhe estendeu. Pegando-lhe na cabeça, levantou-a um pouquinho com delicadeza, e levou-lhe o copo com água à boca. Helena olhou para o recipiente, desconfiada e receosa pois parecia conter água suja, água acastanhada e ouviu ele dizer-lhe…
   - Não te preocupes que este líquido é apenas vitaminas para melhorares, nem te esforces por falar mais, por agora chega. Descansa hoje que amanhã falamos e farás as perguntas que quiseres, está bem? Dizendo estas palavras virou-se na direção da porta e saiu.
    Helena bebeu um gole e acenou com a cabeça, tinha um sabor esquisito, misturando o doce e o amargo. Mas soube optimamente bem sentir um líquido a escorregar de novo pela garganta, quando viu, aos pés da cama, sentado, o bem conhecido ursinho de peluche. 
   Depois de saborear o líquido, fechou os olhos e ouviu os passos da enfermeira a sair, cedeu à tentação de dormir outra vez, de entrar novamente num mundo alugado pela realidade e desafiando o destino, deixou-se levar.

 
continua...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


A cada passo

 

A cada passo que dou,

dentro de minha ansiedade…

Descubro um sentimento novo

com sensações de saudade.

 

Cada vez que minha esperança

te toca e te cerca…

Entregas-me a tua doce paixão

com a sensação de perda…

 

Adormeço contigo no pensamento

e beijo a tua ausência macia…

Pois essa aventura é só nossa

e talhada para a nossa alegria…

 

Amo o meu romance contigo,

 onde habitas, com calor…

Moras dentro de mim

 como a luz que acompanha meu sonho de amor

 

Não sei viver sem ti

nem amar sem ser amada…

só sei que te amo

                                  como tua namorada.                  Fredy 2011

 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ANEDOTAS



 Também há loiros....

José era louro, estúpido e muito tímido, mas arranjou uma namorada num dia de inspiração.
Um dia, saíram de carro para um passeio pela Costa da Caparica.
Depois de andarem alguns kms, o José ganhou coragem e pôs a mão nas pernas dela.
E ela disse: se quiseres, podes ir mais longe...
Animado, José foi até à Fonte da Telha.


QUANDO É QUE UM HOMEM PERDE 90% DE SUA INTELIGÊNCIA?

Quando fica viúvo! E os outros 10% quando o cachorro morre ...




Anedota do dia

O marido sente-se muito doente e não vai trabalhar, ficando
de cama bastante atrapalhado.
À hora do almoço, chega o filho mais novo e diz:
- Ó mãe... cheira a porco queimado ....
- Tá calado rapaz.... é o teu pai que tá a arder em febre  !!!
ehehheheh....
 
Um homem assistia ao futebol pela TV mas mudava de canal a toda hora: do canal de desporto para um filme de sexo que mostrava um casal em plena acção.

-NÃO sei se assisto ao filme ou se vejo o jogo - disse ele à mulher.

-Pelo amor de Deus! Assiste ao filme - respondeu ela. Futebol já tu sabes jogar.

domingo, 28 de outubro de 2012


ABRAÇO

 

Abracei a saudade

Numa noite ao relento

O luar penetrou-me

Até ao pensamento

 

Viajei até ti

Envolvi-te em saudade

E o que senti

Foi mais que amizade

 

Uma carícia pura

Um gesto de protecção

De quem ainda procura

Metade do seu coração

 

Quisera estar contigo

Juntinho ao meu peito

Pode ser como amigo

Se não for de outro jeito