quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SÊR AMIGO

Ser amigo é sentir o coração do outro bater mesmo que o outro esteja distante. 
Ser amigo é ser um  confidente, um ombro onde se possa chorar.
Ser amigo é esquecer distâncias, é saber que mesmo a milhares de quilômetros está alguém a pensar em si.
Ser amigo é incutir no outro a esperança, é relevar o erro, é apontar o caminho certo, é aliviar a dor.
Ser amigo é um ofício difícil, pois ninguém é perfeito. Mas a amizade pressupõe amor. Para ser amigo, é preciso saber amar. E o amor é algo tão difuso, indefinido, abstrato, que torna difícil definir o que é a verdadeira amizade.
O fato essencial é que a amizade demanda amor. O fato essencial é que a amizade demanda carinho e dedicação. O fato essencial é que a amizade demanda lembrança, mesmo que os contatos pessoais ou telefônicos não sejam frequentes.

É oferecer carinho e não raiva.  Ser amigo é ser fraterno.
Ser amigo é ter a consciência do desprendimento, da dedicação total.
Ser amigo é saber que o outro é  importante  e que, por isso, você deve usar todas as suas forças para que ele seja feliz.
Ser amigo é tentar fazer com que o outro absorva as coisas boas que você tem para transmitir. É tentar evitar que ele se desvie para o caminho do mal, ou que opte por alternativas ruins, que lhe impliquem complicações e horrores diversos.
Ser amigo é poder abraçar e beijar, sem a menor vergonha. É poder dar a mão. Ser amigo é uma bênção. Ser amigo é ser solidário. 
Ser amigo, é, simplesmente, ser amigo, e esse “simplesmente” é tão bom, que eu acho que não preciso escrever mais nada. Desta forma, saiba que sou seu  amigo sempre, milhões de beijo. 

sábado, 24 de setembro de 2011

O PERFEITO DO IMPERFEITO parte24

 PARA QUEM SEGUE O MEU LIVRO, O PERFEITO DO IMPERFEITO, SENDO TALVEZ UM BOCADO DURO MAS MUITO REALISTA, AQUI FICA MAISUMA PARTE.


   Filipa tinha conquistado quase tudo para ser feliz, faltava-lhe o principal, o que infelizmente era impossível dominar, ou seja, a saúde. Embora estando no início, estava consciente das dificuldades que esta doença lhe traria muito lentamente, era esse o motivo principal pelo qual a sua adolescência tinha sido tão pavorosa, repleta de indecisões, e amadurecendo sempre na expectativa dum amanhã melhorado, de um amanhã ausente dos enormes medos e angustiantes incertezas.
    Havia sempre um fiozinho de receio amargurado no seu coração, escondido logo por detrás de onde habitava o brilho incessante do amor. O principal sinal estava rodeado de indecisões e dúvidas constantes. Dúvidas que davam origem ao fracasso e à insegurança, as que ninguém desejava aceitar nem desvendar.
   Viu-se sem qualquer obrigação para acabar os seus estudos mas desejou concluir esse objectivo, porque o futuro é incerto, talvez viesse a precisar um dia mais tarde. O amanhã é sempre imprevisível.
   Filipa ficou sozinha na vida, os laços familiares extinguiram-se.
   Restou da sua família um primo da parte do pai, que neste momento se encontrava internado num lar para deficientes motores, pois as suas capacidades eram mínimas.
   Chamava-se Jaime e era filho do irmão mais velho de seu pai. Filipa não o chegou a conhecer. Tinha pouco mais de dois anos, quando o pai de Jaime pôs termo à vida, tudo por desgosto, porque perdeu a mulher, ao dar à luz uma menina, imensamente desejada.
   Tudo isto aconteceu há quase dezassete anos, quando Jaime vivia os dezasseis anos de sua existência já bastante dolorosa, pois sentia-se culpado por esse desgosto, sem o ser. Jaime era um menino muito meigo e obediente, ficando ao cargo de sua avó paterna, na casa que os viu nascer.

   Aconteceu no auge da adolescência de Jaime quando esta maldita doença se começou a manifestar, e a ocupar lentamente o corpo de Jaime, cheio de vitalidade e optimismo, deixando-o inseguro e revoltado.
   Perto dos cinco anos de idade encontrava-se Filipa, sempre atenta a tudo isso, pois começava a despertar o seu interesse abrindo o apetite à vida.
   Lembra-se vagamente, do primeiro e único grande amor de Jaime, com dezasseis anos apaixonou-se perdidamente por uma jovem da mesma idade. Soube que ela foi “forçada” pelos pais a terminar o namoro, para desgosto dele, e viu-se obrigado a lançar a amada para os braços de outro, sendo forçado a “casar” com a doença.
    Oito meses depois, a tragédia bateu novamente à porta e exactamente da mesma maneira. Sua mãe morreu ao oferecer ao mundo mais uma vida, e seu pai quis seguir o mesmo caminho que ela, para não deixar a oportunidade em vão, aquela de se reencontrarem “numa vida melhor”, dizia ele, com toda a certeza.
   Deixando então Filipa órfã, aos cuidados de sua querida mãe, aquela que repentinamente viu a escuridão da vida a penetrar por todas as frestas da sua casa adentro, e invadirem a privacidade alheia. Ela era a grande fortaleza da família, e tinha a certeza de que não a poderia ter entregue em melhores mãos.
   Pois foi a única avó que ela conheceu, já perto dos oitenta anos, adoeceu, apanhou uma enorme pneumonia que a levou à morte.
    Vendo-se com catorze anos e sozinha na vida. Filipa resolveu fugir daquele lugar, e dar asas ao acaso, refazendo a vida longe dali, do sítio onde o azar fez o seu ninho e a infelicidade a sua cama.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PROVA DE AMOR

Numa tarde quente, um casal de namorados andavam a passear, resolveram descer a serra numa
moto em alta velocidade...
Quando a rapariga diz: - Devagar! Estou com medo...
Responde o rapaz: - Não tenhas! É divertido!
Rapariga: - Não é não! Por favor, estás-me a assustar!
O rapaz continua depois de uns segundos de silêncio: -.... Então dizes que me amas?
Rapariga: - Eu Amo-te muito!
Rapaz: - Então abraça-me bem forte!
E a Rapariga abraçou-o...
Quando o rapaz lhe pede: - Podes tirar o meu capacete e colocar em ti? Está me a
incomodar, quero sentir o vento no meu rosto...
E a Rapariga colocou o capacete.
No jornal do dia seguinte havia a seguinte notícia:
"Uma moto bateu na serra devido à aparente perda de travões ou
problemas no motor, um dos  jovens não possuía capacete e morreu na
hora, o outro, uma rapariga, está hospitalizado, mas passa bem".
A verdade é que descendo a estrada, o rapaz percebeu que os travões
tinham  falhado, e em seguida não funcionava mais, a queda era
eminente, mas ele não
queria que a rapariga soubesse e se desesperasse.
Ao invés disso ele fez com que ela dissesse que o amava e sentiu seu
abraço uma última vez, e a fez aceitar o seu capacete para que ela
pudesse viver, mesmo sabendo que por causa disso ele iria morrer.
pergunta-te:
E tu? A quem darias o capacete?

sábado, 17 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

V alorize as soluções e não os problemas. Se pensarmos com ponderação e calma, encontraremos com certeza, a saída para uma situação difícil. --








 " O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem... Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."


domingo, 11 de setembro de 2011

PEDRAS


Nunca desvalorizes ninguém...
Guarda cada pessoa perto do teu coração...
Porque um dia podes acordar...
E perceber que perdeste um diamante....
Enquanto estavas muito ocupado(a) coleccionando pedras. 
 
Por falar em pedras...
...lembrei-me agora daquele poema lindíssimo de Fernando Pessoa

que não resisto a enviar novamente (e devia ser lido todos os dias... e em voz alta, para o "ouvirmos" melhor!):  
" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
 Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

                                             (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MAIS UM POEMA DE MINHA AUTORIA

 A CADA PASSO

 A cada passo que dou, dentro de minha ansiedade…
  Descubro um sentimento novo com sensações de saudade.
  Cada vez que minha esperança te toca e te cerca…
  Entregas-me a tua doce paixão com a sensação de perda
  Adormeço contigo no pensamento e beijo a tua ausência macia…
  Pois essa aventura é só nossa e talhada  para a nossa alegria…
  Amo o meu romance contigo, onde habitas com calor…
  Moras dentro de mim como a luz que acompanha meu sonho de amor
  Não sei viver sem ti nem amar sem ser amada…
                       só sei que te amo como(sou) a tua namrada.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O PERFEITO DO IMPERFEITO parte 23



          Uma adolescente chamada Filipa




   Entrou em casa, cansada de subir aquela pequena rua tão bem conhecida, percorreu-a vezes sem fim quando ainda era criança. Ambicionava um futuro, bem melhor do que aquele que lhe tinha sido destinado pela providência. Aquela era a estrada da vida indesejavelmente esperada por ela. Mas infelizmente traçada para ela.
   Noutros tempos, esse mesmo caminho parecia-lhe demasiado fácil, enorme e ao mesmo tempo cheio de vida, ela meramente corria nele parecendo um pássaro leve e livre, aqui brincava várias vezes ao dia e gostava da sensação de liberdade. O desejo de continuar assim eternamente acompanhava-a sempre, até parecia adivinhar o que a pouca sorte lhe destinava.
   Ao fechar a porta, encostou-se a ela sentindo-se baloiçar com as pernas a tremer, o coração a querer saltar da boca de tanto cansaço. As dores de cabeça não a deixavam em paz, faziam-se sentir cada vez mais intensas. Sabia que dali em diante tudo seria diferente, sua vida seria muito mais pesada e severa em todos os sentidos e emoções.
   Embora no seu íntimo esperasse sempre por alguma notícia melhor, uma oportunidade agradável de mostrar ao mundo e a ela própria, o seu grandiosíssimo valor, o seu autêntico brilho, não se podia esquecer da realidade demasiado amarga que lhe turvava a transparência mais importante e definida.

   Chamava-se Filipa Guerreiro, tinha completado os dezanove anos na semana anterior e era simplesmente uma adolescente a quem se podia chamar linda. Dona de uns olhos enormes cor de mel, repletos de ternura e transbordando sensibilidade. Os cabelos eram ondulados, castanhos, com algumas madeixas quase louras a cobrir os ombros. O peso adequado à altura, pois herdou o corpo perfeito de sua mãe.
     O desespero interior de Filipa já fazia parte da grande infelicidade escondida no seu ser e nas pequenas coisas do quotidiano. Sim, porque normalmente é nestas idades, “no auge da vida” que nos são oferecidas as melhores oportunidades. Seria uma tremenda ingratidão e desperdício, não querer ou não “saber” aproveitá-las.
  Infelizmente não era o caso de Filipa, porque o que realmente queria era saborear as coisas boas, aquelas que a vida ainda estava disposta a oferecer-lhe. Alterar aquelas que a limitavam cada vez mais… aquelas que a faziam sentir cada vez mais impotente, pois os espinhos do destino cravavam-se-lhe pelo corpo adentro até chegarem à alma.
    Sendo uma pessoa mutuamente frágil e forte, sabia qual era o seu maior tesouro, e de quem herdou esta valiosa herança. A família “Guerreiro” possuía um nome que fazia sentido, como já lhe tinham dito várias vezes, era mesmo uma guerreira, uma jovem cheia de garra, permanecia ali… demasiado frágil em sentimentos…, facilmente se sentia perdida e derrotada, no entanto agarrava-se à vida e batalhava por ela.
    Deixava constantemente o coração dar o último palpite, e cedia-lhe quase sempre… só esperava nunca ser em vão, nunca ser inútil… ansiava pelo resultado, sempre positivo. Dizia a si própria, que o coração avalia sempre por último, obtendo a principal reacção.
   Então seguia o seu íntimo deixando-o navegar neste oceano da vida, onde por vezes as ondas das dificuldades se sobrepunham à normalidade, onde por vezes a vontade enfraquecia lentamente cedendo o lugar à obrigação…ou simplesmente, desfalecia ao ver actos de injusta gratidão…
   Filipa tentava entender, se a sensibilidade era um fracasso, ou uma fortaleza. Se lhe traria o sucesso ou a desgraça, mas sabia principalmente que era um dom, disso tinha a certeza. Um dom deixado especialmente para ela, uma herança bastante valiosa e pretendida por qualquer pessoa, mas também recusada.
    Por vezes deixava-se alcançar pelo pressentimento de que sua mãe lhe queria falar, então olhava atentamente em redor certificando-se de que era só imaginação. Mas mesmo assim tranquilizava-se pois sentia que ela a acompanhava sempre e lhe dava a coragem para seguir sempre em frente.
   Muitas vezes arrependia-se, por ceder ao “fazer tudo bem”. Assim aproveitavam-se dessa sua fraqueza, não para fazerem o bem nem o mal, mas simplesmente aproveitavam-se da oportunidade de exigirem sempre mais… e mais…, de quererem simplesmente satisfazer a própria vontade e assim fazendo nascer esse sentimento demasiado medíocre chamado egoísmo.