quinta-feira, 20 de junho de 2013

SER DEICIENTE MOTOR


   O ser deficiente motor, presentemente, continua a ser uma verdade deveras difícil de aceitar, simplesmente porque a maioria das pessoas, fingem não reparar, ignorando as diferenças ou, simplesmente, dificultam os acessos mesmo que involuntariamente.

O depender de uma cadeira de rodas, não é fácil, o estar na terceira idade e andar a arrastar os pés, também não é fácil, mas ao subirmos uma rampa e encontrarmos um degrau de15 cm, nasce um grande problema.

 Preferem viver na ignorância desta nossa sociedade, ou fazermos o necessário para melhorar as diferenças num mundo de faz de conta?

 Vamos tentar melhorar para ajudaremos a minimizar o sofrimento alheio que nos afeta de alguma maneira. Vamos lutar contra as diferenças e dificuldades, a todos os níveis, divulgando o que vemos, porque as ignorâncias ainda nos distanciam, apesar das pequenas barreiras arquitetónicas, que para muitos de nós se transformam em enormes obstáculos. Principalmente, em certas atitudes incorretas, porque, todos deveriam pensar que nada acontece por acaso e o pior não atinge só aos outros. 

Estamos vivos, por isso, tudo pode acontecer a qualquer um, todos somos iguais. Sim! Mas todos temos as nossas diferenças, muitas vezes, involuntárias.

Por esta razão, muitas vezes digo: Gostaria que todas as pessoas passassem alguns tempos numa cadeira de rodas. Posso estar a ser injusta, mas esse é o principal motivo de sentirem na pele e na alma, o peso da injustiça e ingratidão, a imperfeição do corpo na, quase, perfeição da mente. Pois só assim compreenderiam, um pouco, o que é viver numa prisão de porta aberta e somente assim, ganhariam consciência das dificuldades e da injustiça, da vida ou destino, que somos obrigados a suportar, quando sentimos constantemente o peso do desânimo.

Quantas palavras ou atitudes, nos fazem sentir inferiores, quando a perfeição do corpo é avaliada em primeiro lugar, esquecendo que a mente é a principal função corporal e sentimental. Esta é a mais pura verdade, porque os sentimentos são a única coisa que possuímos verdadeiramente.

 

 

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