sábado, 26 de março de 2011

POEMA ENPRESTADO

A Luz

Hoje começou tudo onde um dia tudo acabou e fez-se luz
A luz que entrou dos outros em palavras para sair de mim inspirada
Para irradiar de todos os poros da minha pele um cheiro luzidio
E transparecer a minha alma no espelho da minha cara

Consigo erguer a vida encerrada dentro de mim com distinção
Num sopro de um peito acolhendo um coração perfeito de desilusão
Jogando com a vida, que devota derrotada, inflama em sonante ressurreição
Ao congeminar um plano surreal, de real diferença, a reclamar a libertação

Para poder um dia aclamar a todas as latitudes que a perseverança venceu
Contra todas as instituições da injustiça instauradas em golpes de maldade
Camuflados nessas instâncias do poder abusivo o silêncio da soberba
Destronando-os pelo murmurinho do mundo escondido dessa podridão

Alcançarei primeiro o raiar do amanhecer do meu retorno para assombrar
As almas malditas personificadas em imagens retorcidas e repugnantes
Desmistificando seres de ego gigante e carácter pérfido e indigno do valor
E condicionarei a direcção do mundo no glorioso e elevado plano do bem      

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