segunda-feira, 4 de junho de 2012

POEMA DE MINHA AUTORIA

   3                SONHO 



Faço um castelo na areia molhada, e vou construindo um poema, devagar…
Nas torres de névoa e pontes levadiças da indecisão inacabada,
Sei que palavra a palavra formo um verso…
Vejo a areia escoar-se, lentamente, na ampulheta dos séculos,
E permaneço indecisa, não sei como acabar o poema…
Um exército de ondas rompe as linhas do horizonte, derrubando os muros do amanhã…
Então, peço-te ajuda, deito-me na cama e puxo o teu corpo para mim,
Dispo-o de palavras ate te ver…
Ficamos assim, pois é tudo do que precisamos de dizer…
Lentamente, chamamos o amor para acabar o poema …



                    4                      sonho 2


São nesses muros invisíveis feitos de frases fragilizadas e soltas,
Onde as palavras se vão amontoando, lentamente e letra a letra
Que vejo o sopro do nosso amor vagueando… sobre as torrentes do tempo
Grito por ele pois quero aprisiona-lo nessa fortaleza intocável onde só o sonho é permitido…
Mas a neblina que sempre o cercou… apropria-se do encantamento que o preenche
Esmagando-o, sufocando-o e desfazendo-o… ficando apenas uma réstia na areia molhada.
São nesses sentimentos firmes pelos tropeços do destino e que ficam demasiado sombrios
Onde descobrimos a firmeza que os sustenta.

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