O SONHO DO RICARDO
Era uma vez, uma linda criança que se chamava
Ricardo e que morava numa casa pequena e repleta de simplicidade, juntamente
com os seus pais e três irmãs mais novas, Beatriz, Susana e Júlia.
Ricardo caminhava alegremente nos seus dez
anos de idade, bastante satisfeito, reservado e pobre, vivia feliz,
simplesmente por existir.
Pois sendo uma família humilde e ele o mais velho
dos irmãos, por essa
razão, sentia a obrigação de ser o responsável.
Estávamos no princípio do Verão e como era
costume, Ricardo fazia sempre questão de levar suas irmãs quando iam regar a
horta, que ficava um pouco distante de sua casa.
Pois deliciavam-se ao passearem debaixo das
árvores, nas suas sombras, onde ao mesmo tempo comiam as frutas da época. Eram
as amoras, as pêras, os morangos, os pêssegos e, até, já as uvas.
Ricardo, gostava de apanhar todo o tipo de
fruta, e partilhá-la com Júlia, Beatriz e Susana, ao pé do riacho com água,
fresca e sempre corrente, onde eles comiam gostosamente.
Quando nessa tarde, depois de estarem os
quatro, sentados, debaixo das árvores e prontos para satisfazerem aquela
vontade de comer, as frutas da época. Ricardo olha, fixamente, para o vermelho
dos morangos acabados de lavar e que mantinha nas mãos, quando vê nascer algo
pequeno, mas que crescia lentamente.
Parecia a imagem do pai natal que
vagarosamente se mostrava defronte deles.
Ricardo admirado e com bastante receio fez um
pequeno esforço, ao abrir os olhos que se recusavam a abrigar o que estava na
sua frente, e viu uma paisagem cheia de neve. Mas, no fundo desse desenho
existia, um pinheirinho de Natal, com algumas lâmpadas coloridas a enfeitá-lo e
todo coberto de algodão branco a imitar a neve.
Este
era idêntico ao que habitualmente lhe enfeitava a casa, na época Natalícia. Ao
lado dele aparecia também uma mesa repleta de doces que continha todo o tipo de
bolos, chocolates e guloseimas concebidos pela sua imaginação, mas que nunca
teve a oportunidade de provar. Ao lado da mesa encontrava-se a lareira, com
labaredas bem vivas, que, ao mastigarem os troncos de madeira, a transformavam
num saboroso borralho. Era igual àquele que permanecia em sua casa e junto do
qual se aqueciam nas noites frias de Inverno.
Quando de repente, vê ao pé da chaminé, o mesmo
homem vestido de vermelho, com barbas e cabelo branco, que só podia ser o pai
Natal. Este sorria-lhe ao estender-lhe o saco de presentes e dizia-lhe
baixinho:
- Toma, tens aqui os presentes que tanto
ansiavas! São teus! E Nunca te esqueças de fazer o que o teu coração te mandar.
Ele é o principal motor da tua felicidade! Ao dizer estas palavras evaporou-se
deixando uma magia no ar… e o saco com os presentes no chão, defronte deles.
Depois de saborear todos aqueles maravilhosos doces,
e distribui-los com suas irmãs, dirigiu o seu apetite atenção para o saco que
permanecia na sua frente, e suas irmãs ao lado, a contemplar aquele cenário.
Ricardo e suas irmãs avançaram na direcção do
saco e começaram a tirar e a admirar os presentes nele contidos: havia três grandes
e lindas bonecas, algumas roupas de Verão, camisolas de Inverno e até livros o
saco continha, alem dos carrinhos dedicados a ele.
- Olha que linda boneca! Dizia Beatriz, a
mais nova enquanto dava um passo em frente.
- Repara só que lindas! Só podem ser para
nós! Dizia a irmã mais velha, com a felicidade à flor da pele.
Repentinamente Ricardo sente uma forte emoção,
pois tudo o que ele sonhou permanecia ali. As bonecas que ele sempre desejou oferecer as
suas irmãs estavam ali, ate livros com histórias lá se encontravam.
Então olharam uns para os outros, sem saber
o que dizer e como se digerissem uma magia com um sabor inesgotável… Encolheram
os ombros bastante admirados e cheios de alegria.
Viveram a beleza da neve em pleno Verão e
onde toda a felicidade inundava a pureza das suas almas.
Aprenderam que a magia do Natal é todos os
dias, e que não existem datas precisas para se oferecer a quem mais precisa…
Ficaram com a brisa fresca e perfumada da natureza, os frutos e com as suas
almas mais enriquecidas em sentimentos, sonhos e aspirações...
Richards Traum
In einem ärmlichen Haus lebte ein kleiner Knabe mit seinen Eltern und seinen drei Schwestern Béatrice, Susanne und Julie. Er hiess Richard, und mit seinen 10 Jahren, fühlte er sich verpflichtet, für seine Familie zu schauen.
Richard war sehr stolz, dass er für seine Schwestern verantwortlich sein durfte. Er führte sie gerne auf die Äcker, um ihnen von dem wenigen, das sie angepflanzt hatten, zu essen zu geben. Das konnten schöne Früchte sein, aber auch wilde Gemüse, die in der guten Erde gediehen.
Richard pflückte ihnen Trauben, Pfirsiche, Birnen, Erdbeeren und Brombeeren. Das machte ihm Freude, es bewahrte sie vor dem Hunger, denn sie lebten in schwierigen Zeiten.
Es war mitten im Sommer, und die Hitze hatte nicht auf sich warten lassen. So war es sehr angenehm, wenn ein kühler Hauch zu spüren war, der direkt aus der Erde strömte, wenn sie feucht war vom Wasser des Flusses, der nahe dem Grün floss.
Eines Nachmittags, als sich die Vier unter einem der Bäume auf ihrem Land hingelegt hatten und gerade die Frische der Erdbeeren kosteten, sah Richard etwas in einer roten Farbe wie die Erdbeeren nach und nach aufsteigen: Ein Bild, das sich langsam formte, immer deutlicher und klarer wurde.
Es war das Bild eines sehr alten Mannes in roten Kleidern mit weissem Bart und weissem Haar, der ihn anlächelte. „Sicher der Weihnachtsmann“,dachte Richard. Gleichzeitig sah er langsam ein Tännchen erscheinen, einfach, ja armselig geschmückt. Es war ein Tännchen, wie er es in der Weihnachtszeit jeweils schmücken half.
Ein kalter, aber angenehmer Wind streifte sein Gesicht, und er schloss seine Augen und liess sich von einer wundersamen und angenehmen Erscheinung entführen, um mehr zu erleben.
Als Richard die Augen wieder öffnete, bemerkte er, dass die Landschaft um ihn sich völlig verändert hatte, alles war mit Schnee bedeckt, und nach und nach erschien vor ihm ein Tisch mit allem, was er sich nur vorstellen konnte: Es hatte viele Leckereien … alle Sorten Schokolade, Bonbons und Kekse, wie er sie nie gesehen hatte …
Richard hatte grosse Lust, einmal von dem zu essen, was er nicht einmal in seinen Träumen je gekostet hatte. In seiner Vorstellung oder besser seiner Fantasie teilte er auch alles mit seinen Schwestern …, das machte er gerne und bereitete ihm Freude.
Da hörte er eine Stimme hinter sich, er wandte sich um und sah den alten Mann, den Sankt Nikolaus, der aus dem Kamin trat und ihm zuraunte:
„Sieh, ich schenke dir alles, was du dir je gewünscht hast“, … er übergab ihm einen vollen Sack und verschwand wieder.
„Oh, was für eine schöne Puppe“, rief seine kleinste Schwester Béatrice voll Freude, streckte ihre Hand danach aus und wollte die grosse, schöne Puppe in die Arme nehmen.
Als die beiden andern Schwestern den Schnee mitten im Sommer bemerkt hatten, schauten sie aufmerksam, auf das, was da geschah; sie waren sehr verwundert und sagten nichts, sie staunten einfach auf die wunderbaren Geschenke im Sack.
Es hatte drei so schöne Puppen, wie Richard sie seinen Schwestern immer schon hatte schenken wollen, aber nie die Möglichkeit gehabt hatte. Es hatte kleine und grössere Wägelchen, mit denen er herumfahren konnte, und Zeichenblocks und kleine Bücher mit spannenden Geschichten.
So verbrachten sie den Nachmittag, sie hatten Weihnachten erlebt! Mitten im Sommer! Wie sie sich es nie hätten vorstellen können.
Weihnachten ist immer, es gibt keinen besonderen Tag, um Glück schenken, besonders für diejenigen, die es am nötigsten haben.
LE RÊVE DE
RICHARD
Il
vivait une fois, dans une maison très pauvre, un petit garçon qui habitait avec
ses parents et ses trois sœurs, Béatrice, Susanne et Julie. Richard, comme il
s’appelait, avec ses dix ans, était le plus âgé des enfants, alors il se
sentait obligé de surveiller la famille.
Richard
était très orgueilleux, de se sentir le responsable pour elles. Il aimait
beaucoup amener ses sœurs dans les champs, pour leurs donner à manger le peu
qu’ils cultivaient. Soit des fruits si bons et si naturels, soit même, les
quelques légumes existants dans ces merveilleuses terres.
Richard
leur ramassait du raisin, des pêches, des poires, des fraises et des mûres. Ça
lui donnait du plaisir et les empêchait d’avoir faim, puisqu'ils vivaient dans
des temps très difficiles.
On
était en plein été, donc la vraie chaleur ne se faisait pas attendre. Et
c’était normal et, aussi, très agréable de sentir cette brise qui venait
directement de la terre, quand celle-ci devenait mouillée et rafraîchie par
l’eau de la rivière qui coulait tout prés des feuilles vertes.
Un
après midi, lorsqu’ils étaient couchés, tous les quatre, sous les arbres qui
existaient sur leurs terres, et pendant qu’ils dégustaient la fraîcheur que les
fraises renfermaient, il a vu naître dans la couleur rouge des fraises qu’il
avait dans ses mains, quelque chose qui, petit a petit, grandissait. Une image,
qui lentement se transformait et peu à peu devenait plus authentique et pleine
de beauté.
C’était
l’image d’un homme, assez vieux, qui lui souriait, il portait des vêtements
rouge, avec cheveux et barbes blancs. «Sûrement le Père Noël» pensait il. Quand
soudainement, il voit le petit sapin, si pauvre et si simplement décoré qui,
lentement, se faisait montrer. C’était le même qu’il aidait a décorer, à
l’époque de Noël.
La
savoureuse et convenable brise fraîche lui caressa le visage et il ferma les
yeux, se laissant emporter par une magique et agréable sensation de découvrir
plus.
Lorsque
Richard ouvrit les yeux, il s’aperçut que le paysage avait changé, et
doucement, il vit naître devant lui une table avec tout ce qu’il aurait pu imaginés.
Il y avait beaucoup de gourmandises… tous les chocolats, les bonbons et les
gâteaux qu’ils n’auraient jamais remémorer...
Richard
eut très envie de manger un peu de ce qu’il n’avait jamais pu goûter, même dans
ses rêves. Il avait eu seulement la chance de voir, dans la fin du chemin de
son imagination ou même de son illusion, et bien sur, de les partager avec ses
sœurs… et il l’avait fait, très volontiers et avec satisfaction.
Subitement,
il entendit une voix derrière lui, il se tourne et voit le vieil homme, le père
Noël, qui sortit de la cheminée et lui dit secrètement:
-
Tiens, je t’offre les cadeaux que tu a toujours eu envie, mais jamais eu la
chance d’avoir… et il lui tendit un sac plein de choses, pendant qu’il
disparaissait.
-
Oh, quelle jolie poupée… dit sa sœur
Béatrice la plus jeune, et pleine de joie, elle lui tendit les mains, et voulut
prendre la belle et grande poupée dans ses bras.
Ses
deux autres sœurs, après avoir vu la neige en plein été, observaient
attentivement cet épisode, très étonnées et sans rien dire, après avoir trouvé
toutes les merveilles offertes dans le sac.
Il
y avait trois belles poupées, qu’il avait toujours eu envie d’offrir a ses
sœurs, mais n’avait jamais eu l’occasion. Des petites et grandes voitures avec
lesquelles il voulait s’amuser et même quelques petits livres, soit pour faire
des dessins ou, simplement, pour lire des merveilleuses histoires.
Ils
ont passé un après midi de rêve, ils ont vécu Noël, au milieu de l’été comme
ils n’auraient jamais eu la chance d’imaginé.
Parce
que Noël c'est tous les jours, et il n’existe pas une date précise pour donner
du bonheur, surtout a qui en a le plus besoin.
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