Sonho
Faço um castelo
na areia molhada
E vou
construindo um poema devagar...
Nas torres de
nevoa e pontes levadiças
De indecisão
amedrontada
Sei que palavra
a palavra formo um verso…
Vejo a areia
escoar-se lentamente
Na ampulheta
dos séculos
E permaneço
inerte e indecisa
Sem saber como
acabar o poema…
Um exercito de
ondas chega repentinamente
Rompendo
as linhas do horizonte longínquo,
Derrubando os
muros do amanhã...
Então...
Pedindo-te
ajuda deito-me na cama,
feita de areia
puxo o teu corpo
e dispo-o de
palavras até te ver…
Ficamos assim…
pois é tudo o que precisamos dizer
Suavemente
chamamos
o amor para
acabar o poema…
Fredy 2011
Sonho
dois
Mas nesses
muros invisíveis
Feitos de
frases inacabadas e soltas,
Onde as
palavras se vão amontoando,
Lentamente e
letra a letra
Pressinto o
sopro do novo amor ausente,
Vagueando sobre
as torrentes do tempo…
Grito por ele e
quero aprisiona-lo
Nesta fortaleza
intocável...
onde só o sonho é permitido
Mas a neblina
que sempre o rondou
apropria-se do encantamento
que o sustenta...
E engana-o...
Sufocando-o e
desfazendo-o
Ficando apenas
uma réstia de luz
Na areia
molhada…
São nesses
sentimentos firmes,
Leves e
sombrios
Onde
descobrimos
a firmeza que
os sustenta…
FREDY 2011
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