quarta-feira, 4 de junho de 2014

POEMAS MEUS...

Sonho

Faço um castelo na areia molhada
E vou construindo um poema devagar...
Nas torres de nevoa e pontes levadiças
De indecisão amedrontada
Sei que palavra a palavra formo um verso…

Vejo a areia escoar-se lentamente
Na ampulheta dos séculos
E permaneço inerte e indecisa
Sem saber como acabar o poema…

Um exercito de ondas chega repentinamente
Rompendo as  linhas do horizonte longínquo,
Derrubando os muros do amanhã...

Então...
Pedindo-te ajuda deito-me na cama,
 feita de areia
                          puxo o teu corpo
e dispo-o de palavras até te ver…

Ficamos assim…
 pois é tudo o que precisamos dizer
Suavemente chamamos
o amor para acabar o poema…

Fredy 2011




                           
                                  Sonho dois


Mas nesses muros invisíveis
Feitos de frases inacabadas e soltas,
Onde as palavras se vão amontoando,
Lentamente e letra a letra
Pressinto o sopro do novo amor ausente,
Vagueando sobre as torrentes do tempo…

Grito por ele e quero aprisiona-lo
Nesta fortaleza intocável...
 onde só o sonho é permitido
Mas a neblina que sempre o rondou
 apropria-se do encantamento
que o sustenta...
E engana-o...

                         
                      Sufocando-o e desfazendo-o
Ficando apenas uma réstia de luz                  
Na areia molhada…

São nesses sentimentos firmes,
Leves e sombrios
Onde descobrimos
a firmeza que os sustenta…


FREDY 2011



Sem comentários: