sábado, 18 de abril de 2015

AQUI DEIXO MAIS UMA PARTE DO MEU LIVRO... 5ª PARTE.

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- Não te é permitido desistires agora! Nunca te deixarei, porque nada volta atrás. Tudo o que passou simplesmente voou, deixando as marcas,
por vezes invisíveis, na alma e na memória. Nunca
te esqueças que ficarei contigo, acredita que tudo pode acontecer. Dizia-lhe aquela voz de criança, bem conhecida.


De repente, Francisca abriu os olhos e aquela pequena imagem estava ainda demasiado viva dentro dela. Foi maravilhoso ouvir  aquelas palavras de duas pessoas tão queridas. Tentava reconfortar-se e mentalizar-se com este sonho repentino.
- Terá sido algum sinal ou seria pura ilusão? Pensava ela receosa, ao lembrar-se da primeira e


única vez que se apaixonara. Chamava-se João e tinha um ano de diferença. Quando alguém se apaixona, pela primeira vez, como lhe aconteceu, pensa que aquele amor é único, o mais verdadeiro, o maior e melhor de todos.
A verdade é que não existe pior cego do que aquele que o quer ver o que é bem visível. Aquele que pensa saber tudo é, por norma, o que menos
sabe, sem querer aprender mais.


Recordou-se da primeira saída, apaixonada, como namorados. Estava ansiosa à espera do Jo! Tinha escolhido as suas roupas preferidas, umas calças de ganga e uma blusa verde que condizia com os seus olhos. Decidiu vestir um conjunto de lingerie preta, pois nunca se sabe o que pode acontecer, pensava ela. Cabelos longos e soltos, castanhos-claros, com um risco de lápis preto nos olhos e para finalizar um toque de perfume e um pouco de batom transparente.
Passados alguns minutos chegou ele, com um sorriso rasgado, aproximou-se dela poisou-lhe um beijo nos lábios.
-Olá, como vais? Estás linda, como sempredisse ele, sem nunca abandonar o sorriso.
- Obrigada, tu também! Sim.. ele estava atraente nas suas calças escuras e camisa branca.
Nesse fim de tarde foram ao único cinema da vila, pois o tempo, ainda fresco, convidava a isso mesmo. Ao saírem do cinema, chovia bastante, era uma chuva miudinha que caía cada vez mais forte e abundante. Deram uma corrida, de mãos dadas, sob a chuva que caía a potes. Abrigaram-se debaixo de uma varanda, molhados, mas divertidos, rindo um do outro e um para o outro.


- O que nos havia de acontecer, raio de tempodepois de um filme tão romântico! Queixava-se Francisca, rindo e ao sentir-se encharcada.
- Mas a chuva também pode ser bem romântica, sabias? E depois estás tão linda, com a roupa colada ao corpo que me apetecia colar-me tamm… dizia-lhe  João  ao  ouvido,  ficando  mais
sério e procurando a sua boca. Beijaram-se novamente, com a paixão à flor da pele e com a noite a avançar
De repente, um pequeno ruído iluminou algo ao seu lado, despertando-os para a realidade. João foi o primeiro a reparar. Por cima deles, estava uma placa que acabava de acender as luzes vermelhas, onde se lia, RESIDENCIAL.
- Olha! Mesmo a calhar, que achas? Murmurou ele para Francisca, sorrindo e de olhos brilhantes.
- Sim por que não? Estou a sentir frio! Respondeu ela, a tremer, ao sentir vontade de experimentar a tal descoberta
Recorda a curiosidade que sentia e dos risos e comentários  das  amigas.  Era  um  acontecimento
pelo qual ansiava e, por isso, cedeu à  tentação
daquela noite. Pouco a pouco, a intimidade ganhava terreno, quando subiram para o primeiro andar, ao abrirem a porta. Era a primeira noite que passava fora de casa e ficou um pouco inquieta, mas logo se tranquilizou, porque não tinha satisfações a dar a ninguém. Rapidamente, tiraram as roupas molhadas para poderem secar e ficaram apenas em roupa interior e sexy.
Francisca recorda que conforme desapertava a blusa sentiu-se tímida, pois nunca passara por isso. João ajudou-a, fazendo-a sentir-se mais descontraída.


Acariciou a sua pela macia, mas ainda fria e humedecida pela chuva que caía.
- Estás linda e desejo-te tanto, tens a pele macia e apetitosa, vem que eu aqueço-te Disse-lhe ele com voz atraente e rosto sorridente, enquanto lhe tirava o resto da roupa. Ela não sabia se tremia de frio, de nervos ou de vergonha.
Quando ele a puxou para seus braços, beijou-a e acariciou-a por inteiro. Ela sentiu-se mergulhar num dos sonhos que tantas vezes sonhara. Ficaram os dois como tinham vindo ao mundo, explorando o corpo um do outro. Ansiando sempre, por mais e mais, e pelo que estava prestes a acontecer. Poucas palavras foram trocadas entre eles, quase o som dos gestos e gemidos tinham lugar ali, naquele quarto. Sentindo a sua ereção, entregou-se ao que viria a seguir, pois a excitação dos dois não era recente, desejavam-se!


Foi algo especial e único, algo que recordará com saudades, porque foi com o primeiro amor e feito com muito amor. Não disse o que devia ter dito, talvez porque se sentisse deveras ousada, mas tamm por ser uma experiência nova. Talvez isso se devesse ao facto da curiosidade estar bem visível e completamente receptiva pela novidade. Quando  ele  viu  sangue  no  lençol,  abraçou-a  e beijou-a suavemente
- Por que não me disseste que era a tua primeira vez? Poderia  ter sido ainda mais atencioso! Mas eu notei algo de diferente, como se de uma novidade se tratasse… Disse João, olhando-a com olhar apaixonado.
Francisca ficou sem palavras, sorriu e pouco depois respondeu:


- Porque estava curiosa e não achei necessário. Pensei que nem te apercebesses… e foram momentos tão bons que apeteceu ficar, assim, a sonhar contigoDisse-lhe ela, enquanto lhe beijava o peito e o acariciava, aconchegando-se mais a ele.
- Foi sim, uma noite inesquevel… a primeira de muitas mais.
Francisca lembra-se de ficarem assim, abraçados, na escuridão do quarto. Lembra-se tamm dos sonhos que chamou, antes de dormir, pois esses sonhos acompanharam-na durante rios meses.

Recordou que num dos sonhos andava perdida, no meio do mato. De repente apareceu um cavalo com um vulto montado nele que, ao aproximar- se, se foi revelando o rosto da pessoa amada. Sem dizer nada, e com uma alegria contagiante, ele pegou-lhe na mão e, puxou-a para o assento junto de si. Cavalgando, saíram dali rumo a um campo de flores coloridas

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