O SONHO DA JOANA
Joana era uma linda criança que caminhava
harmoniosamente nos seus oito anos de idade. Era bastante alegre, reservada e
pobre. Não deixava, porém, de transbordar doçura e encantamento.
Com os seus cabelos loiros, cheios de
caracóis, suas faces rosadas e olhos azuis, vivia feliz, simplesmente por
existir.
Morava numa casa pequena e repleta de
simplicidade, com os seus pais, cinco irmãos e avó que lhe contava
variadíssimas histórias, as quais ela adorava ouvir.
Estávamos no final da Primavera e, como era
costume, Joaninha fazia sempre questão de acompanhar suas irmãs quando iam
regar a horta, que ficava um pouco distante de sua casa.
Pois deliciavam-se ao passearem debaixo das
árvores, nas suas sombras onde ao mesmo tempo comiam as frutas da época, viam e
ouviam o chilrear dos passarinhos e respiravam a brisa refrescante e perfumada,
vinda desse ar tão puro e tranquilo, que só a natureza sabia oferecer.
Inclusivamente, gostavam de apanhar todo o
tipo de flores campestres, para se embelezarem a elas próprias ou levarem para
enfeitarem a casa, ou única e simplesmente sentirem o prazer de as apanhar e
cheirar.
Sim, regar a horta, era algo que elas também
adoravam compartilhar, pois deliciavam-se com a frescura da água corrente, que
provinha duma nascente, seguindo em direcção à horta ressequida pela quentura
do sol, a qual suavizava esse bafo quente, normal da estação. A água, ao passar
pelos regos, absorvia-se na terra, transformando esta em lama debaixo dos seus
pés descalços e que elas patinhavam gostosamente.
- Queres também que te lave uma cenoura
tenrinha para comeres? Perguntou-lhe a sua irmã mais velha, enquanto as
escolhia e arrancava.
- Que bom, que maravilha! Sabem tão bem!
Prova uma, dizia a outra irmã, enquanto se deliciava ao dar pequenas
dentadinhas na cenoura, acabada de lavar.
- Sim. Vou experimentar também. Deve ser
bom…, respondeu Joaninha, com a curiosidade à flor da pele.
E, quando deu a primeira dentada, não
desgostou do sabor, talvez um pouco agridoce…mas fresquinho e apetitoso.
De repente olha fixamente para a rama verde e
murcha das cenouras, feijões e alfaces e vê sobressair uma cana nascida no meio
delas, igual às que estavam a segurar os feijões e tomateiros ainda verdes, mas
já bastante altos e com os rebentos crescidos.
Defronte dela, Joana contemplava, imóvel e
boquiaberta, as pequenas vagens que continham os feijões e que lentamente se
transformavam em flores de todas as cores: eram papoilas vermelhas, lírios
roxos e até os malmequeres, brancos ou amarelos, iguais aos que elas adoravam e
com que se deliciavam a fazer colares estavam lá e cresciam juntamente.
De repente, aparecendo do céu, ela viu uma
linda andorinha colorida a voar à sua volta, a qual lhe segredou:
- Joaninha voa, voa, segue-me, dá asas ao teu
sonho!
E assim, ela deixou-se fascinar e guiar por
aquele maravilhoso pássaro, vindo misteriosamente do nada...
Joaninha admirada e com bastante receio deu
um passo em direcção à paisagem, que crescia lenta e maravilhosamente na sua
frente.
Em primeiro lugar sentiu o medo preencher o
seu coração, mas recusou-se a fazer-lhe a vontade não o deixando entrar.
Então, ela seguiu o impulso e a curiosidade
abriu a porta ao seu sonho… e assim acompanhou a linda andorinha que a
esperava.
Sentiu-se leve e deixou-se flutuar nesta
autêntica magia... e entra, lenta e cuidadosamente, quando, inesperadamente, um
aroma esquisito e agradável ao mesmo tempo a invadiu: era húmido e quente com
um ligeiro cheiro a sal. E deixou-se conduzir sem saber por quem, talvez pela
simples vontade de conhecer algo de que só tinha ouvido falar.
Joana
deparou-se com uma paisagem parecida com aquela que tinha desenhado alguns dias
antes na escola: era uma enorme praia, com areia branca e o mar infinito de um
azul transparente. Ali podia, inclusivamente, apreciar todo o tipo de peixinhos
a passear e como que a chamá-la...
Ela sentiu que a vontade a preenchia pouco a
pouco e, assim, num impulso deixou-se conduzir por esse desejo infinito de
mergulhar nessas águas límpidas, frescas e apetitosas. Continuou em direcção a
uma estrela-do-mar, que lhe sorria e a chamava.
Já dentro da água salgada, brincou com os
peixinhos, andou às cavalitas de um cavalo-marinho, chapinhou com suas irmãs,
jogou com as conchinhas na areia e voou com as borboletas, gaivotas e até com
um golfinho, que saltava e mergulhava nessa água com sabor a sal.
Ao fim de um certo tempo, quando o cansaço
começou a tomar conta delas, deitaram-se na areia quente, enquanto desfaleciam
de tanta estafa. Fechando os olhos, deixou-se embalar pelo sonho acabado de
viver.
- Joana, acorda! Vem, temos que ir embora já
é tarde... ouviu ela inesperadamente. Sendo as vozes bem conhecidas das suas
irmãs, que a chamavam.
Enquanto Joana tentava abrir os olhos, sente
repentinamente cair em cima do seu colo um pêssego, vindo do pessegueiro onde
permanecia sentada e encostada, que se juntou aos outros que já estavam no chão
ao seu redor.
- Adormeci?! Interrogava-se Joana admirada…
E as suas irmãs continuavam ali imóveis ao
seu lado, olharam fixamente umas para as outras como digerissem a magia do mesmo
sonho.
Caminharam as três, silenciosamente, em
direcção ao pequeno e estreito caminho que as levaria a casa, pensando em tudo
o que acabavam de viver.
E assim, ficou o encantamento, mas também,
mais enriquecidas nos seus sentimentos e ilusões...
Il était une fois, une petite fille qui
s’appelait Joanne, elle était la plus jeune des cinq frères et sœurs. Avec sa
chevelure blonde et pleine de boucles, elle résidait avec sa famille dans une
maison très pauvre.
Joanne avait sept ans et allait á l’école,
comme ses amies et voisins de ce petit village. Elle habitait, avec ses parents,
ses frères et sa grand-mère, aussi, qui lui racontait des histoires. Alors ils
se sentaient très heureux, simplement pour être vivants.
On était en fin de Printemps, et le soleil
devenait trop chaud pour la saison, donc, c’était déjà bien agréable de se
promener sous les arbres dans leurs hombres, ou sentir la brise, si douce,
caressant leurs visages.
Joanne aimait beaucoup accompagner ses deux
sœurs, un peut plus âgées, pour aller dans les champs et ainsi cueillir des
fruits, des fleures et des légumes. Ou pour, simplement, les arroser avec de
l’eau si fraîche du puis qui existait dans ses champs.
Joanne regardait attentivement, sa sœur plus
âgée, qui arrachait quelques carottes de la terre si sèche. Les lavant ensuite,
dans l’eau si pure et si fraîche, de cette source naissants dans leurs terres.
« Tien, mange c’est bon, tu vas aimer »
lui disait sa soeur en partageant avec la troisième. Se serait la première fois
que Joanne goûterait une carotte qui sortait directement de la terre.
Le goût, un peut acide, peut être, mais aussi un peut sucré, n’était pas mal, il
refermait un peut de fraîcheur et douceur…
Soudainement, elle vit une belle colombe qui
volait autour d’elle et lui disait en secret: « viens, suis moi,
donne des ailes a ton rêve. »
Alors, Joanne, sans hésitations a suivit cette
belle colombe qui est venue du rien. Elle a vu, aux milieux des feuillages fanés
des carottes, des haricots vers et des tomatines le dessin qu’elle avait fait à
l’école.
C’était le même dessin, celui, oú elle avait
dessinée une belle plage, et qui grandissait lentement et merveilleusement
devant elle.
Doucement, elle pose un pied dans cette extraordinaire
image, et puis l’autre… et comme ça, elle se laisse emportée par le désir de
voir plus…
Joanne a vu ses pieds, nues, qui se posaient,
sur le sable chaud, blanc et humide. C’était très agréable de sentir la
fraîcheur sous cette chaleur. La première foi qu’elle sentirait cette douceur,
comme c’était beau…
Quand elle s’est aperçu q’une étoile de mer
l’appelait, en souriant, alors, quand Joanne s’est dirigée vers elle… elle a vu
l’immensité et la beauté de la mer.
Joanne, a vite courue vers la mer, elle a plongée
avec ses soeurs, dans cette merveilleuse eau salée. Elle a jouée avec les
petits poissons, elle a sautée avec les dauphins et elles ont construit des
châteaux dans le sable mouillé.
Quelques heures après, quand le soir ne se
faisait pas tarder, et le soleil devenait de plus en plus faible. La fatigue
s’est installée dans leurs corps et elles se sont endormies sur le sable chaud.
Quand elle a entendue une voix, bien connue,
tout prêt de son oreille, qui l’appelait doucement : « Joanne, il
faut qu’on y aille, le soleil va bientôt se coucher.»
Joanne a ouvert ses yeux, très lentement, lorsqu’elle
vit tomber, devant elle, une belle pêche bien rose. Elle s’est rendu compte
qu’autour d’elle il y avait plusieurs, peut-être trop mûres. Puisqu’elles étaient
déjà écrasées contre sa petite robe.
Je me suis endormi? Se demanda Joanne
ensommeillée et étonnée de se voir couchée, contre le tronc de cette belle
l’arbre de pêche.
Quand elle a bien ouvert les yeux, rien
n’était plus là, alors, elle s’est rendue compte que, tout ça, se qu’elle a vécu,
ça n’a été qu’une très belle illusion…
Après avoir racontée son rêve á ses deux
sœurs, elle les a écoutées dire, qu’elles ont vécu, exactement, la même songerie.
Alors, pleines de bonheur, elles ont suivies
le petit chemin qui les ramènerait á leurs maison. Pendant que le fantasme de
celle illusion continuait…
Es war einmal ein kleines Mädchen. Es hiess
Joanne. Sie war die jüngste von fünf Brüdern und Schwestern, hatte blondes Haar
voller Locken und lebte mit ihrer Familie in einem sehr armseligen Haus.
Sie war sieben Jahre alt und ging wie ihre
Freunde und die Nachbarskinder in die Schule. Sie, ihre Eltern und die
Geschwister lebten mit der Grossmutter zusammen, die ihr Geschichten zu
erzählen pflegte. Alle zusammen freuten sich ganz einfach ihres Lebens.
Der Frühling ging eben zu Ende, die Sonne
schien, und es war etwas heiss für die Jahreszeit, aber es war sehr angenehm,
dass man bereits unter den Bäumen spazieren gehen konnte, in deren Schatten
einem ein kühlendes Lüftchen über das Gesicht strich.
Joanne begleitete überaus gerne ihre älteren
Schwestern, um mit ihnen Früchte zu sammeln, Gemüse zu ernten oder Blumen zu
pflücken oder diese auch nur mit
frischem Wasser aus den Brunnen auf den Feldern zu begiessen.
Joanne schaute ihrer ältesten Schwester
aufmerksam zu, als sie einige Rübchen aus der trockenen Erde zog und sie dann
mit dem frischen, klaren Wasser wusch, dem die Rübchen ihr Wachstum verdankten.
„Hier, iss nur, das ist etwas Feines, du
wirst sie mögen“, sagte ihre Schwester zu ihr, die mit der dritten Schwester
teilte. Es war das erste Mal, dass Joanne eine Karotte, direkt aus der Erde
gezogen, kostete.
Der Geschmack, ein bisschen bitter, aber auch
zuckersüss, hatte soviel Frische und
Süsse zugleich…
Da sah sie plötzlich eine schöne Taube
heranfliegen, die sie umkreiste und ihr zugurrte: „Komm, folge mir, verleih
deinem Traum Flügel.“
Joanne folgte dem sanften Vogel, der wie aus
dem Nichts gekommen war, ohne jegliches Zögern. Da sah sie unter dem welken
Kraut der Rübchen, der Bohnen und Tomaten, die Zeichnung, die sie in der Schule
gemacht hatte.
Es war die Zeichnung, auf der sie einen
schönen Strand gemalt hatte, der sich nun langsam auf wundersame Weise vor ihr
auszubreiten begann.
Behutsam stellte sie erst den einen Fuss auf
das ausserordentliche Bild, dann den anderen … und liess sich weitertragen vom Wunsch, mehr zu
sehen…
Joanne sah ihre nackten Füsse im weissen,
warmen, feuchten Sand. Es war so angenehm, seine Frische zu spüren. Zum ersten
Mal spürte sie etwas so Feines wie den Sand des Meeres. Wie schön das war!
Mit einemmal sah sie, wie ein Seestern sie
lachend zu sich rief, und als sie zu ihm hinging … bemerkte sie die
Unendlichkeit und Schönheit des Meeres.
Joanne hüpfte hinein ins Meer und planschte mit
ihren Schwestern im wunderbaren, salzigen Nass. Sie spielte mit den kleinen
Fischen, sprang mit den Delfinen und baute schliesslich eine Burg aus dem
feuchten Sand.
Nach einigen Stunden, der Abend nahte heran
und die Sonne wurde zunehmend schwächer, spürten die Schwestern die Müdigkeit
in ihren Gliedern und waren bald im warmen Sand eingeschlafen.
Mit einem Mal aber hörte Joanne ganz nah an
ihrem Ohr eine sanfte Stimme, die ihr leise zurief: „Joanne, es ist Zeit zu
gehen, die Sonne wird bald untergehen.“
Ganz langsam öffnete sie die Augen und sah,
dass vor ihr ein schöner rosa Pfirsich am Boden lag. Sodann bemerkte sie, dass
um sie herum noch weitere lagen, alle vielleicht etwas überreif. Sie waren
teilweise sogar auf ihren Rock gefallen.
„Bin ich denn eingeschlafen?“, fragte sich
Joanne noch ganz schläfrig und erstaunt darüber, dass sie am Stamm eines
Pfirsichbaumes lehnte.
Als sie ihre Augen richtig geöffnet hatte,
war aber nichts mehr von all dem da, was sie gesehen hatte; und langsam wurde
ihr klar, dass alles nur eine sehr schöne Vorstellung gewesen war…
Als sie ihren Schwestern aber von ihrem Traum
erzählte, berichteten diese, sie hätten genau dasselbe erlebt, die gleiche
Traumwelt!
Voller Glücksgefühle folgten die Drei dem
Pfad, der zu ihrem Haus führte, während die Erinnerung an die schöne
Vorstellung in ihnen weiterlebte …
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