domingo, 9 de agosto de 2015

UMA HISTORIA INFANTIL DA MINHA AUTORIA

 O SONHO DA JOANA




  Joana era uma linda criança que caminhava harmoniosamente nos seus oito anos de idade. Era bastante alegre, reservada e pobre. Não deixava, porém, de transbordar doçura e encantamento.
  Com os seus cabelos loiros, cheios de caracóis, suas faces rosadas e olhos azuis, vivia feliz, simplesmente por existir.
  Morava numa casa pequena e repleta de simplicidade, com os seus pais, cinco irmãos e avó que lhe contava variadíssimas histórias, as quais ela adorava ouvir.

   Estávamos no final da Primavera e, como era costume, Joaninha fazia sempre questão de acompanhar suas irmãs quando iam regar a horta, que ficava um pouco distante de sua casa.
  Pois deliciavam-se ao passearem debaixo das árvores, nas suas sombras onde ao mesmo tempo comiam as frutas da época, viam e ouviam o chilrear dos passarinhos e respiravam a brisa refrescante e perfumada, vinda desse ar tão puro e tranquilo, que só a natureza sabia oferecer.
  Inclusivamente, gostavam de apanhar todo o tipo de flores campestres, para se embelezarem a elas próprias ou levarem para enfeitarem a casa, ou única e simplesmente sentirem o prazer de as apanhar e cheirar.

  Sim, regar a horta, era algo que elas também adoravam compartilhar, pois deliciavam-se com a frescura da água corrente, que provinha duma nascente, seguindo em direcção à horta ressequida pela quentura do sol, a qual suavizava esse bafo quente, normal da estação. A água, ao passar pelos regos, absorvia-se na terra, transformando esta em lama debaixo dos seus pés descalços e que elas patinhavam gostosamente.

  - Queres também que te lave uma cenoura tenrinha para comeres? Perguntou-lhe a sua irmã mais velha, enquanto as escolhia e arrancava.
  - Que bom, que maravilha! Sabem tão bem! Prova uma, dizia a outra irmã, enquanto se deliciava ao dar pequenas dentadinhas na cenoura, acabada de lavar.
  - Sim. Vou experimentar também. Deve ser bom…, respondeu Joaninha, com a curiosidade à flor da pele.
  E, quando deu a primeira dentada, não desgostou do sabor, talvez um pouco agridoce…mas fresquinho e apetitoso.
  De repente olha fixamente para a rama verde e murcha das cenouras, feijões e alfaces e vê sobressair uma cana nascida no meio delas, igual às que estavam a segurar os feijões e tomateiros ainda verdes, mas já bastante altos e com os rebentos crescidos.

  Defronte dela, Joana contemplava, imóvel e boquiaberta, as pequenas vagens que continham os feijões e que lentamente se transformavam em flores de todas as cores: eram papoilas vermelhas, lírios roxos e até os malmequeres, brancos ou amarelos, iguais aos que elas adoravam e com que se deliciavam a fazer colares estavam lá e cresciam juntamente.
 De repente, aparecendo do céu, ela viu uma linda andorinha colorida a voar à sua volta, a qual lhe segredou:
  - Joaninha voa, voa, segue-me, dá asas ao teu sonho!
  E assim, ela deixou-se fascinar e guiar por aquele maravilhoso pássaro, vindo misteriosamente do nada...

  Joaninha admirada e com bastante receio deu um passo em direcção à paisagem, que crescia lenta e maravilhosamente na sua frente.
  Em primeiro lugar sentiu o medo preencher o seu coração, mas recusou-se a fazer-lhe a vontade não o deixando entrar.
  Então, ela seguiu o impulso e a curiosidade abriu a porta ao seu sonho… e assim acompanhou a linda andorinha que a esperava.
   Sentiu-se leve e deixou-se flutuar nesta autêntica magia... e entra, lenta e cuidadosamente, quando, inesperadamente, um aroma esquisito e agradável ao mesmo tempo a invadiu: era húmido e quente com um ligeiro cheiro a sal. E deixou-se conduzir sem saber por quem, talvez pela simples vontade de conhecer algo de que só tinha ouvido falar.
  Joana deparou-se com uma paisagem parecida com aquela que tinha desenhado alguns dias antes na escola: era uma enorme praia, com areia branca e o mar infinito de um azul transparente. Ali podia, inclusivamente, apreciar todo o tipo de peixinhos a passear e como que a chamá-la...

  Ela sentiu que a vontade a preenchia pouco a pouco e, assim, num impulso deixou-se conduzir por esse desejo infinito de mergulhar nessas águas límpidas, frescas e apetitosas. Continuou em direcção a uma estrela-do-mar, que lhe sorria e a chamava.
   Já dentro da água salgada, brincou com os peixinhos, andou às cavalitas de um cavalo-marinho, chapinhou com suas irmãs, jogou com as conchinhas na areia e voou com as borboletas, gaivotas e até com um golfinho, que saltava e mergulhava nessa água com sabor a sal.
  Ao fim de um certo tempo, quando o cansaço começou a tomar conta delas, deitaram-se na areia quente, enquanto desfaleciam de tanta estafa. Fechando os olhos, deixou-se embalar pelo sonho acabado de viver.
   - Joana, acorda! Vem, temos que ir embora já é tarde... ouviu ela inesperadamente. Sendo as vozes bem conhecidas das suas irmãs, que a chamavam.
  Enquanto Joana tentava abrir os olhos, sente repentinamente cair em cima do seu colo um pêssego, vindo do pessegueiro onde permanecia sentada e encostada, que se juntou aos outros que já estavam no chão ao seu redor.
  - Adormeci?! Interrogava-se Joana admirada…

  E as suas irmãs continuavam ali imóveis ao seu lado, olharam fixamente umas para as outras como digerissem a magia do mesmo sonho.
  Caminharam as três, silenciosamente, em direcção ao pequeno e estreito caminho que as levaria a casa, pensando em tudo o que acabavam de viver.
  E assim, ficou o encantamento, mas também, mais enriquecidas nos seus sentimentos e ilusões...


                   LE RÊVE DE JOANNE
  


  Il était une fois, une petite fille qui s’appelait Joanne, elle était la plus jeune des cinq frères et sœurs. Avec sa chevelure blonde et pleine de boucles, elle résidait avec sa famille dans une maison très pauvre.
  Joanne avait sept ans et allait á l’école, comme ses amies et voisins de ce petit village. Elle habitait, avec ses parents, ses frères et sa grand-mère, aussi, qui lui racontait des histoires. Alors ils se sentaient très heureux, simplement pour être vivants.

  On était en fin de Printemps, et le soleil devenait trop chaud pour la saison, donc, c’était déjà bien agréable de se promener sous les arbres dans leurs hombres, ou sentir la brise, si douce, caressant leurs visages.
  Joanne aimait beaucoup accompagner ses deux sœurs, un peut plus âgées, pour aller dans les champs et ainsi cueillir des fruits, des fleures et des légumes. Ou pour, simplement, les arroser avec de l’eau si fraîche du puis qui existait dans ses champs. 

  Joanne regardait attentivement, sa sœur plus âgée, qui arrachait quelques carottes de la terre si sèche. Les lavant ensuite, dans l’eau si pure et si fraîche, de cette source naissants dans  leurs terres.
  « Tien, mange c’est bon, tu vas aimer » lui disait sa soeur en partageant avec la troisième. Se serait la première fois que Joanne goûterait une carotte qui sortait directement de la terre.
  Le goût, un peut acide, peut être,  mais aussi un peut sucré, n’était pas mal, il refermait un peut de fraîcheur et douceur…
  Soudainement, elle vit une belle colombe qui volait autour d’elle et lui disait en secret: « viens, suis moi, donne des ailes a ton rêve. »
  Alors, Joanne, sans hésitations a suivit cette belle colombe qui est venue du rien. Elle a vu, aux milieux des feuillages fanés des carottes, des haricots vers et des tomatines le dessin qu’elle avait fait à l’école. 

  C’était le même dessin, celui, oú elle avait dessinée une belle plage, et qui grandissait lentement et merveilleusement devant elle.
  Doucement, elle pose un pied dans cette extraordinaire image, et puis l’autre… et comme ça, elle se laisse emportée par le désir de voir plus…
  Joanne a vu ses pieds, nues, qui se posaient, sur le sable chaud, blanc et humide. C’était très agréable de sentir la fraîcheur sous cette chaleur. La première foi qu’elle sentirait cette douceur, comme c’était beau…

  Quand elle s’est aperçu q’une étoile de mer l’appelait, en souriant, alors, quand Joanne s’est dirigée vers elle… elle a vu l’immensité et la beauté de la mer.
  Joanne, a vite courue vers la mer, elle a plongée avec ses soeurs, dans cette merveilleuse eau salée. Elle a jouée avec les petits poissons, elle a sautée avec les dauphins et elles ont construit des châteaux dans le sable mouillé.

  Quelques heures après, quand le soir ne se faisait pas tarder, et le soleil devenait de plus en plus faible. La fatigue s’est installée dans leurs corps et elles se sont endormies sur le sable chaud.
  Quand elle a entendue une voix, bien connue, tout prêt de son oreille, qui l’appelait doucement : « Joanne, il faut qu’on y aille, le soleil va bientôt se coucher.»

  Joanne a ouvert ses yeux, très lentement, lorsqu’elle vit tomber, devant elle, une belle pêche bien rose. Elle s’est rendu compte qu’autour d’elle il y avait plusieurs, peut-être trop mûres. Puisqu’elles étaient déjà écrasées contre sa petite robe.
  Je me suis endormi? Se demanda Joanne ensommeillée et étonnée de se voir couchée, contre le tronc de cette belle l’arbre de pêche.
  Quand elle a bien ouvert les yeux, rien n’était plus là, alors, elle s’est rendue compte que, tout ça, se qu’elle a vécu, ça n’a été qu’une très belle illusion…

  Après avoir racontée son rêve á ses deux sœurs, elle les a écoutées dire, qu’elles ont vécu, exactement, la même songerie.
  Alors, pleines de bonheur, elles ont suivies le petit chemin qui les ramènerait á leurs maison. Pendant que le fantasme de celle illusion continuait…


                             Der Traum von Joanne



  Es war einmal ein kleines Mädchen. Es hiess Joanne. Sie war die jüngste von fünf Brüdern und Schwestern, hatte blondes Haar voller Locken und lebte mit ihrer Familie in einem sehr armseligen Haus.

  Sie war sieben Jahre alt und ging wie ihre Freunde und die Nachbarskinder in die Schule. Sie, ihre Eltern und die Geschwister lebten mit der Grossmutter zusammen, die ihr Geschichten zu erzählen pflegte. Alle zusammen freuten sich ganz einfach ihres Lebens.

  Der Frühling ging eben zu Ende, die Sonne schien, und es war etwas heiss für die Jahreszeit, aber es war sehr angenehm, dass man bereits unter den Bäumen spazieren gehen konnte, in deren Schatten einem ein kühlendes Lüftchen über das Gesicht strich.

  Joanne begleitete überaus gerne ihre älteren Schwestern, um mit ihnen Früchte zu sammeln, Gemüse zu ernten oder Blumen zu pflücken oder diese auch nur  mit frischem Wasser aus den Brunnen auf den Feldern zu begiessen.

  Joanne schaute ihrer ältesten Schwester aufmerksam zu, als sie einige Rübchen aus der trockenen Erde zog und sie dann mit dem frischen, klaren Wasser wusch, dem die Rübchen ihr Wachstum verdankten.

  „Hier, iss nur, das ist etwas Feines, du wirst sie mögen“, sagte ihre Schwester zu ihr, die mit der dritten Schwester teilte. Es war das erste Mal, dass Joanne eine Karotte, direkt aus der Erde gezogen, kostete.

  Der Geschmack, ein bisschen bitter, aber auch zuckersüss, hatte soviel  Frische und Süsse zugleich…

  Da sah sie plötzlich eine schöne Taube heranfliegen, die sie umkreiste und ihr zugurrte: „Komm, folge mir, verleih deinem Traum Flügel.“

  Joanne folgte dem sanften Vogel, der wie aus dem Nichts gekommen war, ohne jegliches Zögern. Da sah sie unter dem welken Kraut der Rübchen, der Bohnen und Tomaten, die Zeichnung, die sie in der Schule gemacht hatte.

  Es war die Zeichnung, auf der sie einen schönen Strand gemalt hatte, der sich nun langsam auf wundersame Weise vor ihr auszubreiten begann.

  Behutsam stellte sie erst den einen Fuss auf das ausserordentliche Bild, dann den anderen … und  liess sich weitertragen vom Wunsch, mehr zu sehen…

  Joanne sah ihre nackten Füsse im weissen, warmen, feuchten Sand. Es war so angenehm, seine Frische zu spüren. Zum ersten Mal spürte sie etwas so Feines wie den Sand des Meeres. Wie schön das war!

  Mit einemmal sah sie, wie ein Seestern sie lachend zu sich rief, und als sie zu ihm hinging … bemerkte sie die Unendlichkeit und Schönheit des Meeres.

  Joanne hüpfte hinein ins Meer und planschte mit ihren Schwestern im wunderbaren, salzigen Nass. Sie spielte mit den kleinen Fischen, sprang mit den Delfinen und baute schliesslich eine Burg aus dem feuchten Sand.

  Nach einigen Stunden, der Abend nahte heran und die Sonne wurde zunehmend schwächer, spürten die Schwestern die Müdigkeit in ihren Gliedern und waren bald im warmen Sand eingeschlafen.

  Mit einem Mal aber hörte Joanne ganz nah an ihrem Ohr eine sanfte Stimme, die ihr leise zurief: „Joanne, es ist Zeit zu gehen, die Sonne wird bald untergehen.“

  Ganz langsam öffnete sie die Augen und sah, dass vor ihr ein schöner rosa Pfirsich am Boden lag. Sodann bemerkte sie, dass um sie herum noch weitere lagen, alle vielleicht etwas überreif. Sie waren teilweise sogar auf ihren Rock gefallen.

  „Bin ich denn eingeschlafen?“, fragte sich Joanne noch ganz schläfrig und erstaunt darüber, dass sie am Stamm eines Pfirsichbaumes lehnte.

  Als sie ihre Augen richtig geöffnet hatte, war aber nichts mehr von all dem da, was sie gesehen hatte; und langsam wurde ihr klar, dass alles nur eine sehr schöne Vorstellung gewesen war…

  Als sie ihren Schwestern aber von ihrem Traum erzählte, berichteten diese, sie hätten genau dasselbe erlebt, die gleiche Traumwelt!

  Voller Glücksgefühle folgten die Drei dem Pfad, der zu ihrem Haus führte, während die Erinnerung an die schöne Vorstellung in ihnen weiterlebte …


Sem comentários: