quinta-feira, 8 de março de 2012

HISTORIA INFANTIL

AQUI PUBLICO UMA  DAS MINHAS HISTORIAS EM TRÊS LINDAS
   DELICIEM-SE 
     O desejo de Margarida


   Margarida era uma linda criança, como tantas outras, com os seus cabelos pretos, sedosos e volumosos pelo meio das costas. Os olhos e pestanas eram igualmente negros. Caminhava nos nove anos de idade e frequentava a escola com alguns amigos daquela pequena vila.
   Mantinha-se tímida e bastante reservada, talvez devido ao facto de ser órfã de mãe. Esta perdeu, pois, a vida ao encaixa-la neste mundo. Ficou, assim, a viver com seu pai e avó paterna, os quais lhe davam bastante carinho. Porem, apesar de tudo, não se sentia muito feliz, antes pelo contrário, o vazio dentro dela tornava-se cada vez maior.
   Quase todos os dias, sempre que regressava a casa vinda da escola, encontrava a mesma vazia, ou seja, sem ninguém. Por essa razão, ela dirigia-se instantaneamente para o quintal, que ficava logo atrás da sua casa. Ali podia desfrutar duma linda paisagem, que, embora sendo já bem conhecida, continuava a revelar-se encantadora e calma após um dia vulgar de muita agitação.

   Numa dessas tardes normalíssima dirigiu-se ao local, que era costume frequentar. O pôr-do-sol estava lindo, com um maravilhoso arco-íris a envolve-lo, pois tinha estado a chover. Também, por essa razão, a lama era imensa.
   Margarida fez um pequeno desvio, com o único intuito de escolher um sítio mais seco. Viu então algo a espreitar da terra enlameada e que brilhava ao ser embatido pelos raios de sol, que já eram fracos.
    Lentamente baixou-se para apanhar o objecto que lhe chamara a atenção e que ainda continuava meio escondido nessa terra lamacenta. Puxou-o, então, um pouco para o conseguir arrancar e sacudiu-lhe a terra molhada que o envolvia.
   Era um objecto redondo, grande e com uma certa cavidade, que ela imaginou ser de ouro. Seria, talvez, uma enorme tigela ou um vazo antigo? Estaria ele ali enterrado já há muito tempo? Sim, só podia ser e tudo denunciava esse facto.
   Limpou-o cuidadosamente e agora o pensamento de Margarida foi o de estar defronte da Lâmpada Mágica de Aladin. Assim, como era uso, pediria três desejos. Só que os três desejos dela resumiam-se num só: a vontade louca de conhecer sua mãe.
   Margarida deixou-se invadir por essa ambição e sentiu que a esperança a preenchia pouco a pouco. A única foto que ela conhecia da sua querida mãezinha, continuava exposta na parede do seu quarto. Ela era parecidíssima com a mãe, até nos cabelos. Todas as pessoas lhe diziam a mesma coisa e Margarida orgulhava-se desse facto. bolso do casaco, mantinha o pensamento no maior
   E enquanto continuava a esfregar o objecto em questão com um lenço de papel, que encontrara no anseio que albergava em seu coração.
   E eis que, de repente, o viu concretizar-se!... Ela ficou imóvel ao ver nascer dentro do reflexo, que emanava do vaso, uma imagem.
   Margarida olhava aquela maravilhosa visão, que parecia um sonho ilusório e que, pouco a pouco, se tornava mais nítida e autêntica. Sim, era precisamente igual à sua foto de estimação… aquela que ela guardava como sendo o seu tesouro mais valioso: a sua Mãe, a sorrir-lhe!

   A vontade tão acalentada por Margarida acabava de se concretizar, ou seria simplesmente uma fantasia!? Fosse o que fosse, não importava! O que era fundamental, naquele momento tão precioso, é que ela tinha o enorme prazer de estar a ver sua Mãe e com um lindo sorriso.
   Margarida continuava deveras atenta, como que hipnotizada por aquela magia… estava até, de certo modo, com medo de desviar o olhar, não fosse ela esconder-se. Quando, neste mesmo instante, ouviu estas palavras:
  - Acredita que, mesmo sem me estares a ver, eu continuo sempre contigo!    
  Repentinamente ela sentiu a humidade nos olhos e as lágrimas a quererem irromper, mas cerrou as pálpebras, recusando-se a deixa-las sair. E, quando as abriu novamente, a imagem tinha sumido… tal como ela temera.

   Então ouviu uma voz bem conhecida, que a chamava repetidamente. Era sua avó, que tinha acabado de chegar a casa, com uma cesta de maçãs.
   O crepúsculo aproximava-se lentamente e Margarida abraçou aquele objecto, que já era especial para ela. Sorriu para si própria e seguiu em direcção ao local onde era esperada. A escuridão avançou pela noite adentro e isso só ajudou Margarida a omitir aquilo que os olhos queriam revelar.
  - Olha que vaso tão brilhante! Onde o achaste? Deixa--o ficar, que amanhã planto aí uma flor, disse a avó ao estender-lhe uma maçã.
  Seu pai notou a súbita felicidade dela e quase lhe perguntou o porquê, mas felizmente que não o fez, pois, se isso acontecesse, Margarida não conseguiria esconder-lhe a verdade. Mas ele mostrou-se contente, simplesmente por vê-la assim.
  Nessa noite ela dormiu suavemente, embalada com a doçura da maravilhosa visão…

   No dia seguinte, quando regressou das aulas, deparou-se com uma planta já colocada no vaso que ela descobrira: era uma roseira branca, que a sua avó plantou para ela.
   Margarida adorou aquela surpresa, pois era uma óptima razão para que esse vaso permanecesse eternamente com ela.
  Os dias passavam e Margarida continuava a olhar o vaso atentamente, na esperança que lhe revelasse algo mais, mas ele nada dizia. Porém, mantinha acesa aquela suave recordação…

 



EM ALEMAÕ 

                                  Marguerites Wunsch


  Marguerite war ein hübsches Mädchen wie viele andere. Ihre schwarzen, vollen Haare fielen weit über ihren Rücken und aus ihren ebenfalls schwarzen Augen schimmerte eine grosse Sanftheit.

   Sie war gut neun Jahre alt und ging zur Schule wie die Freunde und Nachbarskinder ihres kleinen Dorfes auch.

   Marguerite war sehr scheu, vielleicht weil sie ihre Mutter verloren hatte. Sie war gestorben, als sie Marguerite das Leben schenkte, so dass Marguerite allein mit ihrem Vater und der Grossmutter zusammenlebte.

  Fast jeden Tag, wenn sie aus der Schule kam, stand das Haus leer, und sie spürte das Fehlen der Mutter immer stärker. Sicher, der Vater gab ihr zwar, was sie benötigte, aber was sie besonders brauchte, konnte er ihr nicht ersetzen: Die Mutter.
Oft begab sich Marguerite an einen Ort, den sie besonders liebte: Es war ein verborgenes Plätzchen, an dem sie ihre Umgebung bestaunte und die Stille des Tages genoss.

   Eines Nachmittags, als sie von der Schule kam, eilte sie wie immer in ihr kleines Versteck.

   Es hatte geregnet und deshalb war der Boden noch nass; Marguerite musste sich deshalb den Weg zwischen den Pfützen hindurch suchen. Am Himmel war ein wunderschöner Regenbogen erschienen.

   Da sah sie plötzlich auf dem nassen Boden etwas glänzen. Sie wurde sehr neugierig und liess sich von diesem Gefühl führen.

  Marguerite bückte sich, um das leuchtende Etwas aufzuheben, das sie leise zu rufen schien.

  Es war ein recht grosses, rundes Ding … - war es eine Vase? Eine Schale? -, … das da in der feuchten Erde steckte. Marguerite musste sich ordentlich anstrengen, um es in die Hand zu bekommen. Dann reinigte sie es mit einem einem Schoss ihrer Jacke.

  Mit einem Mal sah sie einen hübschen, wunderbar bunten Schmetterling, der aus dem Regenbogen schwebte und ihr zuraunte:

  „Du hast einen Wunsch frei! Schau aber gut auf das, was du in den Händen hältst.“
Sie fuhr weiter, den Gegenstand zu reinigen, den sie gefunden hatte, und wünschte sich, ihre Mutter endlich wiederzusehen.

  Und kaum hatte sie den Wunsch geäussert, sah sie, wie sich ihr grosser Traum erfüllte: Das Gesicht ihrer Mutter … erschien langsam in der Schale, die sie in ihren Händen hielt.

   Ja, es war das Gesicht, das sie von der einzigen Fotografie her kannte, die sie von ihrer Mutter hatte.

   Marguerite betrachtete ungläubig das wundervolle Bild, das nach und nach immer deutlicher wurde. Sie sah sich ihrer Mutter gegenüber, die lächelnd zu ihr sprach:

 „ Sei versichert, obschon du mich nie siehst, bin ich immer mit dir.“

  Als sie diese Worte hörte, spürte sie die Tränen aufsteigen, da schloss sie die Augen; sie wollte die Tränen nicht aufkommen lassen.

Als sie die Augen wieder öffnete, war die  schöne Erscheinung verschwunden. Marguerite hörte nur die Stimme der Grossmutter, die nach ihr rief.

 Das Mädchen presste die kostbare Schale, die für sie einen so unermesslichen Wert hatte, ganz fest an ihr Herz und wandte sich nach Hause. (Niemandem, selbst der Grossmutter oder dem Vater würde sie je ihr Geheimnis verraten.)

  Der Nachmittag verging sehr langsam, das half Marguerite, die Enttäuschung über das verschwundene Bild, aber auch die Freude über die Erscheinung zu verbergen.
Als sie zur Grossmutter kam, die ihr mit einem rot glänzenden Apfel wartete, sagte diese:

„Was für eine schöne Schale! Hast du sie gefunden? Sie scheint alt zu sein, lass sie hier, ich werde dir eine Überraschung bereiten.“

   Der Abend war ganz gewöhnlich wie alle Abende, aber Marguerite war sichtlich glücklicher als sonst.

  Zum Glück fragte ihr Vater sie nichts, sie hätte nicht den Willen aufgebracht, ihm nicht alles zu sagen. Aber er bemerkte ihr plötzliches Glück, das sich in ihren Augen spiegelte. Darüber war er einfach froh, fragte nichts, und so konnte Marguerite ihr Geheimnis bewahren.

  In der folgenden Nacht schlief sie ganz ruhig ein, in der Hoffnung, dass die Schale noch einmal zu ihr sprechen würde …

  Am folgenden Tag, als Marguerite aus der Schule kam, fand sie die Schale mit einem kleinen weissen Rosenstrauch bepflanzt. Eine wunderbare Idee! So war die Schale immer in ihrer Nähe.

  Sie sah sie jeden Tag, in der Hoffnung, dass die Schale ihr wieder etwas enthüllen würde; aber sie sagte nie mehr etwas



 A MESMA HISTORIA EM FRANCES

LE SOUHAIT DE MARGUERITTE


  Margueritte était une belle enfant, comme beaucoup d’autres, avec ses cheveux noirs et volumineux qui lui couvraient tout le dos. Ses yeux également noirs brillaient de plein de douceur.
  Elle avait déjà ses neufs ans et allait à l’école, avec ses amis et voisins de son petit village.
  Marguerite était très timide, peut-être, parce qu’elle était orpheline de mère. Elle est morte, juste au moment ou elle lui offrit la vie, alors Marguerite vécut avec son père et sa grand-mère.

  Presque tous les jours, quand elle arrivait de l’école, elle trouvait la maison sans personne, alors le vide qu’elle sentait de sa mère devenait de plus en plus grand. Bien sûr que son père lui donnait tout ce qu’elle méritait, mais pas ce qu’elle avait le plus besoin : sa mère.
  Souvent, Marguerite, se dirigeait vers l’endroit qu’elle aimait le plus, c’était dans ce coin, ou elle aimait contempler le paysage et savourer le calme de la journée.
  Une après-midi, lorsqu’elle arriva de l’école, elle se dirigea instantanément, et comme d’habitude, vers sa petite cachette.
  L’arc-en-ciel était merveilleux, car il avait plu, et justement pour cette raison, la terre était trop mouillée, donc, Marguerite se vit obligée de changer un peu le chemin, pour trouver le plus sec.
  Quand, elle vit quelque chose qui brillait dans la terre mouillée, sur son passage. La curiosité remplit son esprit et elle se laissa commander par ce sentiment trop curieux.
  Marguerite se baissa pour ramasser l’objet lumineux qui l’appelait silencieusement.
  C’était un objet assez grand et rond, pour… peut-être un vase, ou un saladier… et là il continuait, aux même endroit, enfoncé dans la terre mouillée. Marguerite fit un petit effort pour le prendre dans ses mains et le nettoyer un peu, avec sa petite veste.
  Soudainement, elle vit un joli papillon, très colorée, qui sortit de l’arc-en-ciel et lui murmurât:
- fait un voeu, et regarde bien ce que tu as entre tes mains.
  Alors, elle continua à nettoyer ce qu’elle venait de trouver, pendant qu’elle faisait son vœu : celui de voir sa mère.
  Lorsqu’elle vit son rêve se concrétiser : le visage de sa mère… apparaissait lentement dans ce qu’elle tenait entre ses mains.
  C’était la même image qu’elle connaissait et, aussi, la seule photo qu’elle gardait de sa mère.
  Marguerite regardait stupéfaite cette merveilleuse image qui, petit a petit, devenait, plus authentique. Elle voyait sa mère, qui lui souriait en disant.
-Rappelle-toi, que même si tu ne me vois jamais, je t’accompagnerai toujours.
 En entendant ces paroles, elle sentit l’humidité voulant sortir de ses yeux, alors, elle les fermât pour empêcher les larmes de sortir.
  Quand elle les ouvrit de nouveau, cette belle image avait disparue. Et elle entendit, au loin, la voix de sa grand-mère qui l’appelait.
   Marguerite serra très fort, contre son cœur, cet objet si précieux, qui avait déjà une valeur inestimable et se dirigea, vers sa maison.
  La fin de l’après-midi avançait très lentement, et cela aidait Marguerite à cacher sa déception, mais aussi son bonheur.
  Après avoir rejoint sa grand-mère qui l’attendait avec une belle pomme rouge dans sa main, elle la lui tendit en disant :
   - Quelle jolie et simple pièce, viens-tu de l’a trouver ? Elle semble vieille, laisses-la ici et demain je te ferais une surprise.
  Cette même soirée tout c’est passé normalement, au mieux, comme tous les jours, mais Marguerite était visiblement plus contente.
  Heureusement, que son père ne lui avait rien demandée, sinon, elle n’aurait pas eu le courage de lui mentir. Mais il s’est rendu compte de son soudain bonheur qui se voyait dans ses yeux. Simplement il s’est montré satisfait, et comme ça, elle a réussi à cacher son secret.
  Cette nuit là, elle s’est endormie, avec la douceur et l’espérance que l’objet, en question, lui dise quelque chose de plus... 

  Le jour suivant, quand Marguerite est revenue de l’école, elle a trouvée une rosière blanche plantée dans le vase qu’elle a découvert. Une excellente idée, pour l’accompagner pour toujours.
 Ce beau souvenir a suivi Marguerite, et tous les jours elle regardait le vase, avec l’espérance qu’il lui révèle quelque chose de plus, mais il n’a plus rien dit …




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