quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O PERFEITO DO IMPERFEITO parte 29

 Publico aqui mais uma pequena parte do meu livro que imfelizmente  não chegou a ser públicado, talvez devido ao facto de falar abertamente de pessoas com deficiencia motora, mas é a sua realidade.

   Sendo também aos dezoito anos, altura em que Filipa teve o primeiro sintoma deste flagelo tão temido. Herdava também a doença incurável dos seus antepassados desconhecidos? Usufruía involuntariamente deste obstáculo na sua vida?
   Ninguém se apercebeu que este mal a consumia pouco a pouco, haveria tempo para se avistar essa doença, por enquanto só pensava e desejava ser feliz.
   Filipa decidiu refazer mais uma vez a sua vida, escolheu a liberdade como aliada. Sentiu-se com a energia e optimismo necessários, para refazer o seu caminho traçado pelo destino.
   Conseguiu um emprego comum mas honesto, simples mas com o ordenado fixo a cada fim de mês. Era só mais uma empregada de balcão numa das melhores pastelarias da grande cidade.
   Sentia-se isolada da vida, não encontrava outra alternativa senão de lutar pelo próprio bem-estar desejado e procurado na sua existência.


   Filipa sentia a sua vida desmoronar-se e o azedume de sua existência, lentamente preenchia e envenenava todos os sonhos diários que brotavam das suas fantasias. A certeza de um futuro risonho desfazia-se lentamente caindo por terra, sem haver ninguém para poder ajudar nem torná-los mais suaves. Sentia-se só no meio de tanta gente, e por única companhia o desespero de um futuro ameaçado pela amargura da insegurança.
   Filipa sentia-se perdida e fragilizada sem saber qual o caminho a seguir, vendo-se obrigada a prosseguir em frente. Tudo com que sonhara deslizava tal qual a corrente da água do rio, que era a sua vida. Água tão pura, tão transparente e tão frágil que podia ser cortada por qualquer coisa, mas ao mesmo tempo tão forte que afogava todas as ilusões prestes a nascer.

   Filipa sentia-se sem rumo, frágil e forte em simultâneo, despedaçada e abandonada no caminho que o destino lhe traçou. Mas via-se na obrigação de inventar forças, a qualquer custo, tinha que descobrir coragem e motivação para continuar na busca de um pequeno lugar ao sol.
   Via-se coagida a compor uma luz que iluminasse o seu caminho imaginário no meio da escuridão, onde encontrava o resto de coragem escondida, debaixo de seus sentimentos mais delicados, os quais eram a proa do seu navio que flutuava à deriva, tentando assim, a todo o custo, descobrir um caminho adequado na estrada da sua vida, só para fazer algum sentido.
   A vida era uma batalha… Filipa tinha a certeza absoluta disso, e estava consciente de ter que batalhar muito fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para se tornar uma “guerreira” vencedora.


1 comentário:

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


COMPARTIENDO ILUSION
FREDY

CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...




ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE SIÉNTEME DE CRIADAS Y SEÑORAS, FLOR DE PASCUA ENEMIGOS PUBLICOS HÁLITO DESAYUNO CON DIAMANTES TIFÓN PULP FICTION, ESTALLIDO MAMMA MIA, TOQUE DE CANELA, STAR WARS,

José
Ramón...