quarta-feira, 27 de outubro de 2010

POEMAS


                   VESTIGIOS  DE  MIM


Aproveitei a embalagem rasgada e, feita de retalhos multicolores
Para embrulhar os restos de sentimentos e senssações que ainda
Existiam no fundo do meu eu... 
E assim... dar cor aos recantos mais sombrios, perdidos e escondidos
Para além da imaginação
Bebi da fonte de todas as emoções para saciar a vontade, deveras faminta...
De recusar florescer em mim vestígios de tristezas, melancolia e desgostos
E despejei todos os resíduos de mágoa e despreso
Que teimavam em ficar presos nos sonhos mais variantes...
Só para renascer de novo em mim a vontade
De continuar a aceitar o meu despertar... e saber diferenciar e avaliar as diferenças da vida, por vezes tão injusta.

VIDA  INGRATA


Tudo o que vejo é real
Tudo o que pensas é ilusão
Tudo o que ouves é verdade
E tudo é traição

A vida tem um caminho
Onde penso eu morar
Esperando que o destino
Me dê somente um lugar

Um lugar na vida alheia
Onde tudo é maldade
Querendo seguir caminho
Para encontrar a verdade

Mas só vendo desespero
Sofrimento e solidão
Perdi a vontade de viver
Só vendo ingratidão

Mas tendo que viver assim
Encontrando só desgraças
Crianças sem alegrias
Sem comida e descalças

Pessoas desiludidas        
Por outras serem falhadas
É o que eu concluo da vida
Onde nós fomos talhadas






2 comentários:

Anónimo disse...

Aprecio e admiro imenso o que escreves com tanto sentimento e talento.
Gosto que escrevas com um sorriso, pode ser?
Beijinho grande

Anónimo disse...

palavras bonitas d uma pessoa sensível sobre as fealdades deste mundo onde vive
Mário